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Justiça nega pedido de prisão domiciliar a jornalista acusado de matar a irmã

Foto: reprodução Facebook

O juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, da 2ª Vara da Comarca de Pedro II, negou o pedido de substituição de prisão preventiva por domiciliar do jornalista João Paulo Santos Mourão. Ele é acusado de matar a própria irmã Izadora Santos Mourão, 41 anos, em fevereiro do ano passado, na cidade de Pedro II, no interior do Piaui.  

Na solicitação, a defesa argumentou que o recolhimento do réu em casa se justificaria pela necessidade de cuidados do irmão que faz tratamento contra esquizofrenia, uma vez que a mãe deles e também ré no mesmo processo de homicídio, Maria Nerci dos Santos Mourão, estaria internada em um hospital em Teresina. 

" A declaração não traz maiores esclarecimentos acerca da enfermidade que acometeu a paciente, sobretudo, no que diz respeito a eventual tratamento ou limitações dela decorrentes, denotando sinais de reversibilidade do quadro", diz a decisão.

Foto: reprodução Facebook

Como argumentos, a defesa ainda alegou que o jornalista era o único que poderia cuidar do irmão, visto que não teria mais familiares próximos, o que se mostraria também no fato dele "nunca ter recebido nenhuma visita de familiares desde a sua prisão". A justificativa não convenceu o Ministério Público, nem a Justiça. 

"A declaração de que não existem pessoas cadastradas para a realização de visitas, não induz automaticamente a conclusão de que na falta temporária de sua mãe, o irmão do peticionário estaria desprovido de pessoas aptas a suprir seus cuidados necessários, inclusive, ao tempo da instrução processual verificou-se que vizinho a residência da família existem parentes próximos, além dopróprio município através de suas equipes multisociais", destacou o juiz. 

Com o indeferimento do pedido, o jornalista segue preso na Cadeia Pública de Altos à espera do julgamento. 

A morte de Izadora Mourão teve repercussão nacional. Ela foi assassinada, com sete perfurações de faca na região do pescoço e do peito, enquanto dormia. O homicídio teria sido motivado em uma disputa por herança.

 

Graciane Sousa
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