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Operação encontra corpo que pode ser de adolescente desaparecida e prende líder de facção em Pedro II

Por Redação

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Equipes do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) localizaram na manhã desta quinta-feira (08), durante a Operação Draco 143 no município de Pedro II, um corpo em uma fossa que pode ser de uma adolescente de 14 anos que está desaparecida desde o dia 22 de julho. Giovanna Maria de Oliveira teria sido vítima do "tribunal do crime".

O corpo estava ocultado na fossa de uma residência alvo de buscas. A perícia realizará a identificação do corpo e determinará a causa da morte. Durante a operação, um homem, considerado líder de uma facção criminosa atuante na cidade, foi preso.

"Essa residência já vinha sendo monitorada pelo departamento, foi alvo de busca e apreensão, e conseguimos identificar, no contexto dessa investigação, que aqui ocorreu um tribunal do crime. A jovem de 14 anos, Giovanna Maria, desaparecida desde o dia 22 de julho, foi vítima desse tribunal. Um dos criminosos executou a jovem com alguns disparos e ocultaram o corpo na própria residência", destacou o delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco. 

A operação teve como objetivo cumprir dez mandados de busca e apreensão em Pedro II, visando desarticular uma organização criminosa envolvida em diversos homicídios e no tráfico de drogas na região.

A investigação, iniciada no ano passado, resultou até o momento na prisão de duas pessoas, cumprindo os mandados por envolvimento com a organização criminosa. Também foram apreendidas armas, uma grande quantidade de entorpecentes e dinheiro.

Durante a operação, um suspeito conhecido como Cachoeira resistiu à abordagem policial e morreu durante o confronto. Além disso, outras duas pessoas envolvidas em homicídios na região foram presas.

A operação contou com a colaboração da Delegacia de Pedro II, do Batalhão Especializado de Polícia do Interior (BEPI), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), da Polícia Militar, da ROCAM de Teresina, da Guarda Municipal de Pedro II, do Corpo de Bombeiros Militar, do Instituto Médico Legal (IML) e da Perícia Criminal.

Quem é Wanderson?

De acordo com a polícia, Wanderson é integrante de uma facção criminosa, tendo sido batizado pela organização. Ele recebia ordens de um dos líderes da facção no Rio de Janeiro e controlava o tráfico de drogas na região de Pedro II, recebendo entorpecentes através do Ceará.

"Wanderson dava apoio logístico a comparsas como Cachoeira e Beira-Mar, os dois principais executores da facção na região. Ele alugava casas e fornecia armas para a realização dos crimes. Wanderson tinha uma posição de liderança na comunidade, organizando a célula da organização criminosa em Pedro II", informou a polícia em nota.

Quem é Cachoeira?

Cachoeira teria envolvimento em diversos crimes e homicídios no Piauí, especificamente em Pedro II. Ele também possuía uma extensa ficha criminal no Ceará.

"Sob ordens da facção, Cachoeira executava indivíduos rivais. Ele se baseava em Pedro II com o apoio de Wanderson, que fornecia drogas e armas de fogo para os crimes. Cachoeira era um indivíduo violento e frio, isolado em uma casa alugada por Wanderson. Ele saía apenas para cometer execuções de alvos pré-determinados, com base em uma lista de pessoas decretadas pela organização criminosa. Até o momento, foi apurado e confessado por cúmplices que ele esteve envolvido em aproximadamente cinco homicídios de membros de facções rivais", acrescentou a polícia.

Ainda segundo a polícia, ao ser abordado, Cachoeira resistiu à prisão, resultando em um confronto no qual veio a óbito. Ele foi encaminhado ao hospital e recebeu os primeiros socorros, mas não resistiu aos ferimentos.

Caso Giovanna Maria de Oliveira

A Polícia Civil relatou ainda que Wanderson confirmou informações já apuradas na investigação do desaparecimento de Giovanna Maria de Oliveira, de 14 anos. A adolescente teria sido executada com dois tiros na cabeça durante uma sessão do "tribunal do crime", e Wanderson confessou ser o autor dos disparos.

"Ele revelou que Giovanna foi vítima de um 'tribunal do crime' liderado por Cachoeira, Beira-Mar e Pirrolinha. O corpo de Giovanna foi ocultado em uma fossa na casa de Cachoeira, no bairro Boa Esperança, em Pedro II. O envolvimento de Cachoeira no homicídio de Giovanna foi confirmado pelas investigações do DRACO e pelos depoimentos do cúmplice Wanderson", informou a polícia.

 

 

 

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