O deputado Marden Menezes (PSDB) disse, hoje (25), que encaminhou denúncia ao Ministério Público Eleitoral e ao Ministério Público Estadual contra o promotor eleitoral de Piripiri, Nivaldo Ribeiro, que, segundo ele, mandou fiscalizar o transporte escolar daquele município com o objetivo de prejudicar a candidatura à reeleição do prefeito Luiz Menezes.

Marden Menezes afirmou que famílias do povoado Corrente disseram ter assinado, sem conhecer o seu conteúdo, documento utilizado pelo promotor para justificar a fiscalização realizada pela Polícia Rodoviária Federal, que resultou na apreensão de ônibus e detenção dos motoristas.

O parlamentar tucano declarou que, coincidentemente, uma equipe de televisão se encontrava no local no momento da fiscalização que, assinalou ele, precisaria ter sido realizada com base em uma ordem judicial.

"A medida causou revolta popular, já que as famílias ficaram aterrorizadas e os alunos assustados, enquanto a delegada de Piripiri não indiciou os responsáveis pelos veículos porque entendeu que nenhum crime tinha sido cometido", frisou ele.

Marden Menezes destacou que o Ministério da Educação determinou que o transporte de alunos na zona rural pode ser feito em veículos adaptados nos lugares de difícil acesso para os ônibus.

Acrescentou Marden Menezes que a mesma fiscalização não foi realizada em relação aos veículos contratados pelo Governo do Estado para fazer o transporte de estudantes.

"Queremos uma posição do procurador eleitoral Alexandre Assunção e da procuradora geral de Justiça, Zélia Saraiva, sobre esta questão", disse o deputado do PSDB. acentuando que deverá, também, encaminhar a denúncia ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O Cidadeverde.com procurou o promotor Nivaldo Ribeiro que afirmou ter recebido ordens da Procuradoria Geral da República para acompanhar a operação, que diagnosticou a existência de transporte irregular de estudantes.

"O deputado Marden está procurando é uma vítima para o pai dele, ele está jogando pra platéia. Eu mesmo solicitei à Polícia Federal que abrisse um inquérito para apurar se a operação tinha conotação política", afirmou o promotor.

Nivaldo acrescenta ainda que não há ligação entre a promotoria e o abaixo assinado feito nos povoados.