Cidadeverde.com

Coluna 28/08/23

Bastidores intensos, bombeiros trabalhando e semana decisiva entre Franzé e Fábio

“Uma casa dividida não é capaz de subsistir”. A análise foi do ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln em retórica apaixonada proferida em 1858. Obviamente a coluna não está falando da Guerra Civil Americana, e sim do PT de Teresina e da semana decisiva que se avizinha. Enquanto o presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva, fez pausa por motivo de saúde familiar em viagem a São Paulo, o final de semana foi intenso em recados entre os dois campos.


Anuncio que fico até o fim

Até segunda ordem, Franzé deve fazer uma coletiva de imprensa entre quarta e quinta-feira, onde anunciará que vai esperar a decisão do diretório nacional do PT. A discordância dos critérios estabelecidos se dá sob o argumento de contaminação das pesquisas e, dessa forma, ele manterá sua pré-candidatura à Prefeitura de Teresina (volte uma coluna para entender). 


Clamando a God

Petistas já apelam para que o ministro Wellington Dias interfira junto a Franzé para evitar o ponto que consideram incontornável de ruptura e desgaste com Fábio Novo. Já Fábio Novo, pragmático e por via das dúvidas, coletou as duas últimas assinaturas no diretório municipal de Teresina no domingo: Maycon Danilo e Conceição Silva. 


Ordem em casa

Como todo mundo que vive ao redor da política sabe, unir o próprio partido é o primeiro passo, inclusive, para trabalhar a adesão de aliados. Se Fábio Novo for anunciado com pompa e circunstância como o candidato do PT daqui a três dias e se Franzé mantiver o nome, o PT está mais perto de repetir mais uma vez a própria história eleitoral na capital, ou poderá, dessa vez, escrever um novo capítulo? Com a resposta, o leitor! A coluna fica no ofício de fazer apenas as perguntas...


Mais próximo do CN do que Júlio Arcoverde

A coluna cometeu a ingenuidade de comentar que os progressistas André Fufuca (deputado federal do Maranhão) e Margarete Coelho (ex-deputada federal e ex-vice-governadora que deve ir para a Caixa Econômica Federal) são “muito próximos” do senador Ciro Nogueira, no contexto da mini-reforma que o presidente Lula fará essa semana para acomodar os novos aliados do dito Centrão. “Ora mais, se o Fufuca é mais ligado ao Ciro do que o Júlio Arcoverde”, rebateu enfaticamente – por telefone e antes das 8h da manhã - um parlamentar com bom trânsito em Brasília. 


Deixa o passado pra trás

“E a Margarete não foi quem deixou de acompanhar a irmã e o cunhado (Hélio Isaías) para apoiar o Ciro em 2022? Isso é a entrada total do Ciro no governo Lula. Wellington Dias perdoa, já o governador Rafael Fonteles, eu não sei não...”, argumentou a fonte, em off. Então tá.


Cifrada Por Um Fio

Um superintendente de uma importante Saad quase figura na parte de exonerados do Diário Oficial do Município na semana passada. Quase. Foi segurado nas últimas por um outro secretário municipal, segundo o próprio narrou à colunista. O motivo da (quase) queda não tem nada a ver com o desempenho do gestor, que tem se esforçado bastante, mas sim com a relação estremecida do Palácio da Cidade com o indicador do gestor. A turma do deixa deixo atuou para reverter – e reverteu! Um vereador, que tem base na mesma região do quase-exonerado, estava na expectativa. Fica para a próxima.


Foto do dia

Inevitável pontuar a situação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin. Nas últimas semanas atiçou a ira da esquerda por votar para não reconhecer a insignificância em furto de itens com valor de até R$ 100; oto contrário à equiparação de ofensas à comunidade LGBTQIA+ com injúria racial e voto contrário à descriminalização da maconha para uso pessoal. A decepção só pode vir de uma expectativa não confirmada. Mas Zanin enganou alguém? Consequência mesmo haverá na próxima indicação de Lula para o lugar da ministra Rosa Weber. A pressão sob Lula levanta uma chance, agora menos remota, de que seja indicada uma mulher progressista para a vaga. Sonhar não custa nada.


A frase para pensar

“Os fracos adquirem força por meio de seus atrevimentos”, Henry Kissinger, diplomata e especialista em geopolítica americano que serviu Secretário de Estado e Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos nos governos dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford.

Colunas anteriores