A estratégia do Karnak para vencer Franzé
Como o Palácio de Karnak vai resolver o nó entre Franzé Silva e Fábio Novo na escolha do candidato a prefeito do PT de Teresina? Fontes que orbitam no lado rafaelista desenham dessa maneira: a popularidade do governador Rafael Fonteles e sua aprovação na gestão estadual serão transmitidas, em parte, para Fábio Novo, que cresceria mais nas pesquisas até o meio do segundo semestre. O mundo político (leia-se diretório do PT e aliados da base) convergiriam naturalmente, como um imã, para Novo, abandonando o barco de Franzé para seguir com a turma com maior expectativa de poder. Pelo menos na teoria, a ideia é essa: razão venceria. Será?
Não vou cobrir
Outra coisa: ninguém do grupo de Fábio Novo vai cobrir as propostas do lado de Franzé Silva ou do Palácio da Cidade a respeito da estrutura para formação de chapa. Os pré-candidatos e vereadores estão sim sendo chamados para aderir via argumento, o que eles rechaçam, claro. Ideias são boas, estrutura é melhor. “O entendimento é esse: de um lado, as estruturas. Do outro, o povo. No final, o lado que tem mais popularidade, vence”, refutou um importante interlocutor karnakiano, que também sabe das coisas.
Me poupe
A coluna sugere que o leitor pule longe de levar essa história para a turma de Franzé Silva. Eles contra-argumentam na mesma hora: “Ah... tá bom. O problema é que o Franzé está crescendo nas nossas pesquisas e o Fábio está estagnado. Então se o vencedor é quem estiver com tendência de crescimento, vai ser o Franzé”. Como se nota, a paz vai reinar um dia, mas esse dia não será hoje no PT.
O caos
Todo mundo faz pesquisa e, pela lógica, não deveria ser para se autoenganar. Os números impactam no ânimo de uma campanha e os políticos têm trocado entre si os dados mais díspares possíveis: é pré-candidato que tem 4 pontos em uma pesquisa e 11 pontos em outra. A diferença entre estar na casa de um dígito e ter entrado nos dois dígitos é a diferença entre água e vinho, só para registrar. Como cada um acha que só a sua pesquisa é a certa, e toma decisões baseadas nelas. Aí vira o caos.
A paz entre Enzo e Admilson
O presidente da Câmara, Enzo Samuel, e o secretário municipal de Administração, Admilson Lustosa já voltaram às boas e marcaram um café da paz após a tensa votação de reajuste salarial para categorias do município essa semana. A PMT não quer problema com a presidência da Câmara e Enzo, por sua vez, não é de briga desnecessária. Sem stress.
Don’t speak english
Quando prefeito, Firmino Filho tinha um grupo de Whatsapp com vereadores. Gostava de compartilhar links de artigos e leituras interessantes. Às vezes, em inglês. Todo mundo respondia apenas com um “legalzinho” e palminhas. Até que um super-sincero parlamentar quebrou o gelo e falou a verdade: “Prefeito, não sei nada de inglês, mas vou colocar aqui no Google Tradutor para ler sua indicação”. Firmino respondeu: “kkk”.
Chance zero
A respeito da chapa proporcional dos pré-candidatos secretários municipais em Teresina citada ontem pela coluna (volte uma coluna para ler), o secretário municipal de Defesa Civil, Carlos Ribeiro, disse o seguinte: “Colocaram meu nome na chapa dos secretários sem falar comigo. Não tem a menor condição de eu concorrer com vários nomes que alí estão, chance zero”. A coluna repassa o recado. Xiii…
Foto da discórdia
Na cabeceira, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Teresina, Iran Felinto, do lado esquerdo, Paulo Roberto da Iluminação, secretário municipal de Produção Agropecuária, Luciano Nunes, presidente estadual do PSDB no Piauí, o vice-prefeito Robert Rios. Do lado direito, o ex-senador João Vicente Claudino, o ex-prefeito Elmano Férrer (Progressistas) e o secretário de Esporte e Lazer, Renato Berger. Ou seja, tudo junto e misturado.
Calma, gente
A foto gerou discórdia em ala do Palácio da Cidade, que não viu com bons olhos a união (temporária, diga-se de passagem) de adversários tão ferrenhos (pretéritos ou futuros) do prefeito Dr. Pessoa. A coluna é pacífica e aposta que foi apenas um encontro casual, não havendo motivos para um secretário da cozinha do prefeito ter anunciado que cortaria relações com os presentes na foto. Não é para tanto.
De volta
O senador Ciro Nogueira e o deputado federal Júlio Arcoverde estão firmes e fortes na estratégia para 2024. Querem manter prefeitos e ampliar o leque de aliados. Teresina é crucial nessa perspectiva, mas cidades importantes do interior não fica de fora. No registro, Ciro e Júlio com o ex-deputado B.Sá. A coluna apurou que após um tempo off, pós-eleição, B.Sá voltará às atividades políticas, começando por visitas a São João da Varjota e Tanque do Piauí no final de semana.
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Foto do dia
O deputado federal Marcos Aurélio Sampaio (PSD) tirou muitas fotos, tomou café da manhã com lideranças da zona Sudeste e cumpriu agenda no Dirceu com lideranças comunitárias e o vereador Zé Nito, representante da região. Figurino de pré-candidato a prefeito de Teresina, check! Marcos Aurélio deve reforçar pontes com o PDT de Enzo Samuel, segundo apuração da coluna. A estratégia de ambos é manter os nomes postos, intensificar pré-campanha e buscar liga com o povo. Tudo isso independente da confusão do PT, claro.
Para ler ver e ouvir
Um livrinho curto (146 páginas) e com a leitura que flui proporcionalmente à profundidade das mensagens transmitidas pelo autor, o ensaísta, estatístico, e analista de riscos líbano-americano, Nassim Nicholas Taleb. ”A cama de Procusto” elenca uma série de aforismos e pensamentos que resumem as ideias de Taleb, autor de outras obras mais densas (e longas) como “A lógica do Cisne Negro” e “Antifrágil”. O título se refere ao mito grego de Procusto, um homem violento, que obrigava os hóspedes a caberem perfeitamente em sua cama de ferro: esticando ou cortando seus membros. É uma metáfora para a intolerância humana e aos que distorcem os dados da realidade para que se ajustem às suas hipóteses. Recomendadíssimo!
A frase para pensar
“Todos querem comer na mesa do governo, mas ninguém quer lavar os pratos”, Werner Finck (1902-1978), comediante alemão.