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Coluna 16/06/23

Quem vence: Fábio Novo ou Franzé Silva? As respostas! (e apostas)

Dependendo de com quem você converse na base (e na oposição, por que não?), se ouvem duas conversas distintas, uma sendo exatamente o oposto da outra: 

  1. Dificilmente Franzé Silva perde, pois tem o diretório municipal. Os petistas que perderam espaço no Karnak são os que mandam no diretório em Teresina: Magalhães, Dudu (tinha o Imepi), Deolindo (Juventude)...”.

2- “Impossível mesmo é o governador Rafael Fonteles perder, é ele quem tem perspectiva de oito anos de Governo. Está trabalhando pesado nos bastidores e todo dia comendo um pedaço do que foi o PSDB”.

Não pergunte à colunista qual das duas sentenças é a verdadeira. Como dizia o célebre Chicó, personagem de “O Auto da Compadecida”, do mestre Ariano Suassuna: “Não sei, só sei que foi assim!”.


O homem piaba

Um interlocutor petista sênior, das altas esferas, pediu que um filiado das fileiras juvenis sondasse o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, sobre o apoio dele na eleição municipal em Teresina: Fábio Novo ou Franzé Silva? A resposta de Wellington, segundo essa fonte, foi: “É tempo de plantar”. E não disse mais nada além disso.


Merlong com Fábio Novo

Surpreendendo todo mundo mesmo, a coluna apurou que hoje a tendência é que o deputado federal Merlong Solano, assim como o suplente Décio Solano, apoiem Fábio Novo e não Franzé Silva. Enquanto o anúncio não for feito, tudo é possível. O próprio Merlong disse ainda essa semana à coluna que vai até o fim das primárias do PT. E, aliás, até depois de anúncios realizados, já vimos que é possível voltar atrás. Ligações com DDD internacional estão sendo feitas. É aguardar.


Valha-me

De um franzesista (apoiador do presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva), ao ser questionado inocentemente pela coluna o que acontecerá se o pré-candidato defendido por ele não crescer nas pesquisas: “Pesquisa? Pesquisa não é parâmetro no PT. O parâmetro é força política e isso o Franzé tem. Se pesquisa fosse parâmetro, não tínhamos escolhido o governador como candidato no PT. Ele foi escolhido e eleito, queremos o mesmo tratamento para o Franzé”. Então tá.


Briga até nisso

Ah, os apoiadores de Franzé querem escolher o candidato do PT em Teresina apenas em setembro. Os fabistas (apoiadores de Fábio Novo) preferem julho e comemoram tanto novas adesões como o fortalecimento de Novo em levantamentos de intenção de voto encomendados pelo grupo.


Quem tem voto no diretório é ele

A deputada Ana Paula, que está com Fábio Novo, é do MDB, como todos sabem. E o MDB em Teresina significa duas palavras: Themístocles Filho. O vice-governador tem o comando do diretório, tem o filho Marcos Aurélio Sampaio como pré-candidato a prefeito pelo PSD e segue com diálogos constantes com nomes que vão de Enzo Samuel a Lucy Soares, passando por Paulo Márcio. É ouvido e respeitado. Decisões no MDB passam por ele, é o que a turma diz.


O vice de Fábio

O vice de Fábio Novo deve ser um político (ou política, mas a coluna nunca ouviu uma mulher ser citada para ser sincera), mais maduro e com ligação com o grupo político que fez parte da gestão de Firmino Filho em Teresina. O leitor arrisca citar nomes?


O fator Vinícius

Ao deixar a disputa e apoiar Fábio Novo, o deputado petista Dr. Vinícius deu o gás necessário para embalar Novo, cuja pré-candidatura estava sendo desacreditada até mesmo – ou principalmente – no PT. Os trackings (monitoramentos) da base, segundo fonte da coluna, mostram que Vinícius somou não apenas discursivamente numa narrativa de força para Fábio, mas em termos de números mesmo. Transferiu.


Quem sabe faz a hora

Um dos motivos que políticos enxergam para que Sílvio Mendes seja o candidato a prefeito de Teresina – seja pelo Progressistas ou União Brasil, seja com candidatura única da oposição, seja com fragmentação da estratégia de lançar ele e Bárbara em chapas separadas, ou outros cenários mais complicados, que a coluna poupa o leitor de citar – é o fator idade, além, é claro, de liderar todas as pesquisas. Sílvio tem 74 anos e, segundo esses políticos frisam, campanhas são desgastantes para qualquer um. A hora é agora.


Melhor ser prefeito do que deputado

Ser prefeito de uma cidade do porte de Parnaíba, em termos de prestígio, recursos e poder, é até melhor do que ser um deputado, alguém duvida? Prova disso é que dois parlamentares trabalham para viabilizar os nomes na eleição de 2024: Florentino Neto, federal do PT, e Dr. Hélio, estadual do MDB. Mas o maior líder político da região segue sendo o popular prefeito Mão Santa. “E quem Mão Santa apoiará?”, é a pergunta que não quer calar.


Anota esse nome

Fontes direto do litoral apontam um nome que sai na frente no grupo de Mão Santa para a Prefeitura de Parnaíba. Seria Gil Borges, atual secretário municipal de Finanças. Sim, é verdade que o deputado Dr. Hélio tem a simpatia da forte deputada Gracinha Mão Santa (“Simpatia não é suficiente na política”, retrucou a fonte parnaibana). Também procede que uma candidatura de Florentino Neto abriria espaço para o ex-governador Wilson Martins na Câmara dos Deputados. 


Atentai bem

Em todo caso, a coluna lembra o discurso que Mão Santa fez em sua despedida do Senado em 2010 (clique aqui para ler): “O passado já é um sonho do qual não posso recuperar uma única palavra nem apagar qualquer ato. Não me angustiarei com o futuro.”. Os discursos antigos de Mão Santa são uma obra à parte, especialmente esse de despedida do Senado, recomendamos a leitura. A coluna, portanto, vai aguardar o futuro.


Estilo Firmino de formar chapa

O estilo Firmino Filho de governar o teresinense conhece e este parece saudoso para parte importante do eleitorado. Mas e o estilo Firmino de formar chapas? 1- Firmino chamava os formadores de chapinhas, designava o partido e dava as condições. Claro e objetivo 2 – Os candidatos maiores, ele ia costurando, apontando as siglas, dando as ajudas necessárias. Tudo com bastante antecedência. Coisa de um ano e meio antes da eleição.


Os formadores de chapa

Hoje, quem aprendeu com Firmino está, em parte com o Palácio da Cidade, em parte com o presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva. Com a PMT estão Sérgio Bandeira, Jeová Alencar, Ronney Lustosa. Com Franzé, os formadores de chapa são Celso Henrique, Nilson Cavalcante, Tiago Vasconcelos, Dilson Rezende e Evaldo Gomes. Há uma parcela com o Karnak, com Washington Bonfim, mas é preciso ter mais partidos, cauda e nomes.


Desenha pra mim

Os formadores de chapa são a espinha dorsal de uma campanha majoritária municipal em uma capital: eles criam um exército de lideranças e apoiadores com capilaridade, metas e possibilidade de convencimento. Os vereadores, suplentes e candidatos competitivos querem chapas e estrutura. É simples de entender.


Ouça as escolas e faculdades

Quem está por dentro as discussões da reforma tributária em Brasília é o deputado federal Átila Filho (Progressistas), que conversou essa semana com a coluna sobre o tema. Ele é coordenador de Acesso e Permanência da Frente Parlamentar Mista pela Inclusão e Qualidade na Educação Particular (FPeduQ) e tem levantando questões na Comissão de Educação sobre os possíveis prejuízos que a Reforma Tributária pode acarretar caso as demandas do setor particular de ensino não sejam consideradas. “A inclusão das necessidades do setor particular de ensino nesse processo é crucial para garantir a equidade e a qualidade educacional que almejamos”, pontuou Lira.


Foto do dia

As adesões de Fábio Novo miram os nomes que estavam do lado de Franzé (como o suplente de vereador Daniel Carvalho, que muitos apontavam como alinhado a Franzé). Detalhe: o anunciado apoio da deputada Ana Paula e de Daniel, seu filho, foi bastante comemorada pelos apoiadores do pré-candidato de Rafael Fonteles, já que a votação de Ana Paula em Teresina foi de mais de 8 mil votos. Eles já antecipam que novas adesões virão.


Para ler, ver ou ouvir

Para quem ainda não está disposto a encarar a mega-biografia (tem 1200 páginas!) de Churchill, que tal começar com outra obra de qualidade do mesmo autor? Andrew Roberts escreveu “Liderança na Guerra: grandes lições de quem fez história” (Companhia das Letras), em que ele analisa em 230 páginas (ufa!) os perfis de grandes líderes que conduziram suas nações nas maiores guerras do mundo, ou seja, fizeram história: Napoleão Bonaparte, Horatio Nelson, Winston Churchill, Adolf Hitler, Ióssif Stálin, George C. Marshall, Charles de Gaulle, Dwight D. Eisenhower e Margaret Thatcher. Quais traços levam um líder político à vitória? O que culmina com o fracasso? Essa é a mágica que Andrew nos ajuda a decifrar.


A frase para pensar

“Minha regra é jamais escrever sobre uma pessoa algo que me impeça de almoçar com ela no dia seguinte”, James Relston (1909-1995), jornalista americano.

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