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Coluna 12/06/23

Força total do Karnak pró-Fábio Novo

Se alguém duvidada que o Palácio de Karnak entraria com os dois pés na campanha de Fábio Novo (PT)  à Prefeitura de Teresina (e a coluna pode citar uma dezena de políticos que ainda duvidava até ontem), são apresentadas provas em contrário: 1) Fábio deve ser um dos protagonistas do Orçamento Participativo do Estado, coordenando o maior programa de interligação de obras do Governo com as lideranças comunitárias de Teresina, 2) pré-candidatos estão sendo instados a apoiar Novo, no estilo: “Ou vai ou racha!”. Ah, só para sublinhar o óbvio, dificilmente alguém quer estar contra um governador popular. Tem surtido certo efeito. 


Triunvirato

Tudo indica que esse será o triunvirato de Fábio Novo na construção de sua candidatura à prefeitura de Teresina: coordenando a campanha, o deputado Dr. Vinícius, que desistiu para apoiá-lo. Na confecção do plano de Governo, esqueça os petistas raiz, os nomes são dos ex-tucanos Monique Menezes, superintendente de Parcerias e Concessões (Suparc) e Washington Bonfim, secretário estadual de Planejamento. Estão levando a sério.


Enzo, vice?

No meio do cabo de guerra entre Franzé Silva e Fábio Novo está o presidente da Câmara de Teresina, Enzo Samuel (PDT). Ele divide os votos da esquerda e com a visibilidade do cargo de presidente de um Poder, conseguiu em pouco tempo começar a imprimir uma marca política que tem lhe garantido espaço privilegiado em recentes levantamentos internos de partidos. Traduzindo: capital eleitoral. Fontes das duas alas do PT atualmente em disputa, indicam que há convite na mesa para Enzo ser vice de um dos petistas e do outro, apoio forte na formação da chapa do PDT, o que automaticamente o elegeria, pavimentando caminho para a reeleição na presidência da Câmara de Teresina. E agora, Enzo?


Ele fica

Nomes próximos ao presidente da Câmara de Teresina batem o martelo e dizem que o clima é esse: ele não desistirá da pré-candidatura já que em algumas simulações de cenários eleitorais, figura tão bem ou no encalço de nomes petistas. Fora isso, uma desistência nesse primeiro momento tão precoce da pré-campanha, inviabilizaria planos eleitorais maiores para o futuro de Enzo Samuel. Por enquanto, ele mantém-se pré-candidatíssimo.


Velha Guarda ou New Generation

Se Fábio Novo é o candidato do governador Rafael Fonteles e dos petistas da nova geração que entraram com ele no Governo – caso de Dr. Vinícius - Franzé Silva está sendo defendido por alas mais históricas do PT. Vale lembrar, para quem não sabe, que Franzé foi assessor da deputada federal falecida Francisca Trindade, nome de relevo na história da sigla no Piauí. Em tempo: o grupo mais próximo de Franzé é ligado ao senador e ministro Wellington Dias.


Vem aí

Uma adesão em grande estilo a ser comemorada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva, deve ser a do ex-governador e suplente de deputado federal Wilson Martins (PT), apostam aliados de Franzé. A ideia do petista é somar as adesões para mostrar força, equilibrando o poder do Palácio de Karnak (e ele tem condições para tanto), somado aos grandes eventos populares em Teresina. Na coordenação, o deputado Evaldo Gomes (SDD) está na linha de frente e tem entabulado as conversas.


Quentinhas

Todos os grupos políticos relevantes foram a campo na última semana ou irão na próxima em busca de medir a temperatura das últimas movimentações eleitorais em Teresina. Alguns levantamentos já recebidos, quando analisados em profundidade (em termos de rejeição e nível de conhecimentos dos candidatos) reforçam os motivos pelos quais grupos políticos - tais como o PSD/MDB, de Marcos Aurélio Sampaio - pretendem esperar mais antes de decidir o apoio a qualquer um no espectro político. Pelo menos é o que eles alegam.


Desiste aí pra eu ver um negócio 

É sabido que numa relação de poder, tanto aquele que pretende comandar, como o que se submete, fazem cálculos para maximizar as vantagens a serem obtidas, diminuindo delas os custos necessários. Quem apoia, avalia o que ganha e o que perde com a possibilidade de aliança. Faltando um ano e meio para a eleição municipal de 2024, o sentimento no mundo político é de que algumas hipóteses precisam se confirmar: Sílvio Mendes será candidato, e se não for, seu capital eleitoral vai para onde mesmo? Jeová Alencar disputa fora ou dentro do Palácio da Cidade? Qual a profundidade das cicatrizes na disputa entre Fábio Novo e Franzé no PT?


Reina a paz

Dr. Pessoa e Jeová Alencar estariam afastados? Se analisarmos o registro do sábado de manhã na residência do prefeito Dr.Pessoa, a resposta é um límpido e cristalino “não”. O prefeito posou com gestores municipais e vereadores, entre eles Roncallinho, Renato Berger, Lucas Pereira, Bruno Vilarinho, Gustavo Gayoso, Luís André, João Duarte Pessoinha e Jeová Alencar. Clima de harmonia, mas também de pressão. Ele pediu a todos mais celeridade na execução de obras na cidade. Rápido, rápido! 


Palavras ao vento

A questão é que a imagem Dr.Pessoa, do lado de Jeová, não deixa de ser uma resposta à intensa rodada de especulação que chegou aos ouvidos da coluna no final de semana, de pelo menos três fontes distintas e dos mais variados níveis de acesso, de que ambos não estariam mais falando a mesma língua. O motivo seria a tão propalada pré-candidatura de Jeová Alencar à PMT, o que, diga-se de passagem, Jeová nega publicamente. 


Em caso de necessidade, acione

Pelo sim pelo não, não custa perguntar com quem ficará o comando do Republicanos em 2024? Fontes de Brasília apontam articulação de interlocutores do Palácio da Cidade pelo comando de duas outras siglas, o Agir ou o Avante. O problema é que as legendas já possuem fortes compromissos firmados com outras lideranças piauienses, o que afunila o escopo de possibilidades em caso de ser necessário acionar um plano B. Mas, sempre é tempo de conversas em Brasília, que ao contrário do que disse Rui Costa, não tem nada de fantasia. 


Desabafo 

Um líder político piauiense está chateado. Ele esteve há algumas semanas com o governador Rafael Fonteles e, segundo relata à coluna, perguntou quem era o candidato do governador. Este teria respondido que não tinha nome de preferência e que o melhor nome dentro do PT, teria seu apoio. O líder político saiu de lá e fechou com Franzé Silva, compromisso firmado. Agora, não pretende se voltar contra o Karnak, mas afirma que não tem cara - nem condições - para romper a aliança com Franzé. Sinuca de bico.


Lealdade que chama

O comemorado apoio do vereador Venâncio Cardoso (ainda no PSDB) ao vereador Fábio Novo, confirma que ele tem o tapete estendido que lhe faltava para ingressar no PT e disputar uma cadeira à reeleição. Venâncio é ligado ao deputado federal Marcos Aurélio Sampaio (PSD) e tem bom trânsito com o presidente da Câmara, Enzo Samuel, mas ter sido o primeiro parlamentar a aderir a Fábio Novo – a próxima é Elzuila Calixto, que já está no grupo de Whatsapp “Vereadores com Fábio Novo”, apurou a coluna – é sinal da lealdade de Cardoso com o governador Rafael Fonteles.


Olha a chapa aí gente

No entorno do Progressistas, a aposta é essa: a deputada estadual Bárbara do Firmino seria a cabeça de chapa com um nome mais experiente, sênior, ex-prefeito da capital na vice. Errou quem falou Sílvio Mendes, pois a coluna ouviu de dois oposicionistas gabaritados que o ex-senador Elmano Férrer está em alta nos planos do grupo. O ato de filiação de Bárbara ao PSDB só deve ocorrer no final do ano. A festa promete ser grande.


Receituário

De que é feita uma campanha? Discurso (o que o candidato defende sempre está acima de quem ele é), organização (campanha bem planejada mira nos alvos certos, economiza tempo e dinheiro), marketing (bem-feito, ajuda a posição do candidato, do contrário, derruba) e recursos (já que quem não tem bala, não atira e ainda é o primeiro a ser morto).


Foto do dia

Frequentadores do Palácio da Cidade fazem um bolão para saber quem vão ser os candidatos a vereador do prefeito Dr. Pessoa. Sobem nas apostas o presidente da Fundação Wall Ferraz, Maycon Silva (que é uma indicação do PT e até então ligadíssimo ao vereador Dudu), o coordenador de asfalto da Eturb, Juca Alves (era unha e carne com o deputado Jeová Alencar. Era!) e o secretário de Assistência Social, Alan Cavalcante.


A frase para pensar

“O jogo agora é para profissionais”, Tancredo Neves (1910-1985), político, em 1984, ao vislumbrar a possibilidade de ser escolhido presidente da República.

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