A chapa dos secretários
Os secretários municipais que não possuem mandato em Teresina estão unidos pelo menos em um propósito: lançar uma chapa de vereadores. No caso, longe, bem longe do Republicanos. São eles: James Guerra da Semduh, Juca Alves na coordenadoria de asfalto da Eturb, Alan Cavalcante na Semcaspi, Roncallinho da Saad Centro, Ximenes da secretaria de Educação, Bruno Pessoa da Strans, Carlos Ribeiro na Defesa Civil e Karla Berger na secretaria da Mulher.
Vão pra onde?
A coluna perguntou a um dos membros da nova chapa sobre qual seria o destino partidário. O secretário disse que isso ainda está sendo definido. Por enquanto, uma certeza: não será no Republicanos. Motivo: gente demais, com voto demais e estrutura de gabinete na Câmara e na Prefeitura de Teresina. Consideram, portanto, a disputa desigual e, na nova chapa, acreditam poder disputar em pé de igualdade. Será que o pessoal que conta com eles para fazer quociente eleitoral no Republicanos vai chiar? É só uma pergunta!
Mais pra lá do que pra cá
Na oposição, há a percepção de que o deputado Dr.Thales está mais pra lá (Governo) do que pra cá (oposição). Conjunturas locais fazem parte da equação e já apontam para um distanciamento maior do parlamentar com o grupo do Progressistas.
Um vice para Sílvio Mendes
Nome jovem, de perfil com origem popular, o vereador Ismael Silva (PSD) está trabalhando sua pré-candidatura à reeleição, mas a coluna não pode deixar de compartilhar o fato de que ele também tem sido citado no entorno do ex-prefeito Sílvio Mendes como nome cotado para uma composição majoritária. No caso, vice-prefeito. Esse cenário, claro, contaria com duas conjecturas: Bárbara do Firmino não seria candidata a prefeita, ou seria candidata de um lado e Silvio do outro, com uma fragmentação de chapas da oposição. A conferir.
PMN com Franzé
Não é fácil ter um partido para formar chapa de vereador, imagine vários. Pois um dos principais pilares da estratégia de Franzé Silva e Evaldo Gomes é a construção de chapinhas de vereador. Evaldo e Franzé passam a quinta-feira fora do Piauí na consolidação do comando do PMN, em diálogo com a cúpula nacional do partido. A coluna apurou que a legenda ficará com Franzé. A presidência, no entanto, ainda será definida.
Esqueça isso
Fontes na Assembleia Legislativa apontaram para a possibilidade de que o atual presidente, Franzé Silva, pudesse ser contemplado, caso perca a disputa dentro do PT, com a permanência à frente do Poder Legislativo por mais dois anos. Há dois problemas: primeiro, o governador Rafael Fonteles é conhecido por não ser um político de duas palavras. O acordo é para Severo Eulalio e o MDB assumirem o próximo biênio. Segundo, legalmente, a reeleição dentro do mesmo mandato não é mais possível juridicamente. O problema continua.
Abaixo o status quo
Quando se trata de eleição há dois tipos de eleitores: quem quer votar no líder e quem não quer votar no líder. Aquele que está em segundo ou terceiro lugar, precisa apelar para a segunda categoria, óbvio. É preciso se apresentar como alternativa. Campanha é a entrevista de emprego em que o eleitor decide quem merece ser contratado. O candidato que interpretar melhor o sentimento do eleitor, fizer um diálogo com ele - e não um monólogo - de modo positivo, consistente e disciplinado, leva.
Voz da experiência
Conselhos do ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, para quem está ou pretende entrar na política:
1-Tenha sempre a iniciativa. Jogue com as brancas.
2-Não ataque diretamente. Use: ouvi falar, soube, dizem (na Tv) locutor ou testemunhas.
3-Discuta só o tema que você propôs. O proposto pelo adversário deve ser uma simples ponte para chegar ao seu.
Contra o marasmo
Quando os Aliados invadiram a Normandia na II Guerra Mundial, escolheram a praia com uma maré difícil e rochosa. Os alemães esperavam tudo, menos um ataque por ali. Funcionou. É o que se chama, na estratégia militar, de “a linha de menor expectativa”. O que funciona nas Forças Armadas, nesse caso, também funciona em política: a atitude inesperada e ousada. Ninguém prevê o futuro, mas é possível controlar as tendências. Os atentos observadores da política piauiense acreditam que mudanças fortes virão em breve…
Ou veta ou veta
De um ex-secretário municipal das gestões tucanas: “Ontem os vereadores jogaram para a plateia ao incluir outras categorias no reajuste. A Câmara não pode propor ou emendar projetos que gerem despesas para o Executivo. Ou seja , Dr. Pessoa vai ser obrigado a vetar”. Como política não se faz apenas com o que diz a lei, e vetos de reajustes são sempre impopulares, é bom aguardar.
Por via das dúvidas
Depois dos vários sustos que o Governo Lula tomou com a votação de Medidas Provisórias nas comissões mistas do Congresso, cabe ficar atento a tramitação da MP que aumentou o salário mínimo para R$ 1.320 a partir de 1º de maio de 2023. O deputado federal Merlong Solano (PT) foi designado relator da MP. A medida precisa ser votada até o final de agosto. É difícil algum parlamentar se posicionar contra o aumento do salário mínimo, é verdade, mas cada MP é também uma oportunidade de incluir os mais diversos “jabutis” possíveis.
Voo movimentado
A coluna encontrou o secretário estadual de Segurança Pública, Chico Lucas, no aeroporto de Brasília, vindo de Belém, onde participou do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Chico estava num papo animado com o deputado federal Átila Filho (Progressistas). Perguntado, inocentemente, pela coluna se seu nome pode ser uma opção no PT de Teresina, negou enfaticamente. “Não para essa eleição”. Mais à frente, o ex-senador João Vicente Claudino e o ex-deputado Luciano Nunes, também embarcavam de volta à Teresina após deliberações com a cúpula do PSDB na capital federal.
Pró-comunidades
A Câmara dos Deputados lança na próxima semana, quinta-feira, 29, a Frente Parlamentar Mista de Apoio às Rádios Comunitárias. O grupo, presidido pelo deputado federal Jadyel Alencar (PV/PI), assumirá a função de ser um canal de diálogo entre as emissoras, o parlamento e o governo. A Frente pretende debater as proposições do Congresso que buscam, por exemplo, a flexibilização da atual proibição sobre a veiculação de conteúdos publicitários.
Foto do dia
Registro de um governador e um ex-governador petistas: Rafael Fonteles e Wellington Dias. Na pauta, o programa “Piauí sem fome”, que contará com o apoio do Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Wellington. Se teve pauta política no meio, a coluna não sabe, mas adoraria saber. Rafael é Fábio Novo e Wellington não se manifestou publicamente a favor de nenhum candidato, mesmo sinalizando aproximação maior com Franzé Silva. Por enquanto, os dois maiores líderes do PT do Piauí parecem ter um grande desafio pela frente: a unificação. Essa tem sido a palavra de ordem e motivo de atenção na base.
A frase para pensar
“Eu não acredito que você possa fazer as coisas hoje com os métodos de ontem e continuar no mercado amanhã”, Nelson Jackson (1872-1955), médico e empresário americano.