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08/02/24

*A coluna não é de Carnaval, mas sabendo que o leitor é e em solidariedade soberana ao leitor, volta do recesso na quarta-feira 14/02. Juízo!

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08/02/24

O cronograma de Fábio Novo para avançar em Teresina

Como anda mesmo a pré-campanha do deputado estadual Fábio Novo (PT) nesse momento pós-adesão do deputado Marden Menezes (Progressistas) e pré-adesão do ex-deputado Luciano Nunes (PSDB)? Foco total na formação de chapas proporcionais para depois do Carnaval. “É duro, porque são oito chapas. Imagine aí, conversar e organizar 240 pessoas”, revelou um aliado de primeira hora que participa das tratativas (com o perdão do uso de uma das palavras preferidas do prefeito Dr.Pessoa). 

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A hora de reclamar é agora

É fato que as maiores queixas vêm dos próprios aliados sobre espaços e estruturas que almejariam receber e não está chegando neles. Um nome do núcleo duro de Novo rebate e diz que, independente do candidato, isso tudo é normal: “Não importa o escolhido, podia ser o Franzé, o Dr. Vinícius, iam chiar. Faz parte. Estrutura, só mais na frente”.

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O único que unia todo mundo

Com o perfil mais centralizador, o deputado tem tido uma agenda realmente exaustiva. Ajustes já estão sendo feitos, inclusive na construção da nova imagem pública de Novo, para mostra-lo menos como um representante do PT raiz (sua origem) e mais como alguém do novo PT, de Rafael Fonteles, com quem efetivamente divide a mesma geração. Um dos motivos da escolha de Fábio - outrora tão questionada na base aliada - foi o fato dele ser alguém que une os dois PT's, o PT antigo e o novo PT: "O que Dr. Vinícius e Franzé Silva não fariam", justifica uma fonte que participou das decisões.

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Ou é de um lado ou é do outro

Se a vinculação de Fábio Novo ao Governo Rafael Fonteles é um fato determinante na estratégia de fazer o líder do Governo na Assembleia Legislativa se tornar ainda mais conhecido de modo positivo pelo eleitorado, o impacto das operações da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pode reascender o clima Fla-Flu entre grupos políticos e trazer de novo ao centro do palco uma disputa Lula versus Bolsonaro, algo que o grupo de Sílvio Mendes (principal adversário de Novo) não quer nem ouvir falar.

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A hora das grandes reuniões

“E depois da Semana Santa, com os partidos feitos, começar as reuniões maiores com vereadores e candidatos, quatro por dia, com pelo menos 200 pessoas cada”, completa a fonte por dentro das organizações governistas. Engajamento total será cobrado. A turma do "corpo mole" deve se preparar. Em paralelo, Fábio tem que manter as agendas coladas às do governador Rafael Fonteles no Projeto de Regularização Fundiária Urbana Específica (PROUrbe) e Orçamento Participativo (Opa), programas estaduais. A meta é capitalizar os apoios recebidos, os que virão e transformar tudo isso em votos. Simples assim.

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Dia da onça beber água

Seja lá qual for o resultado da reunião do PSDB de Teresina no próximo dia 20, já se sabe que o vereador Edson Melo, presidente do diretório municipal, tem maioria para aprovar o que propor. E a proposta deve ser, segundo tucanos do lado de dentro, indicar o ex-senador João Vicente Claudino como vice de Sílvio Mendes (fato já antecipado mês passado pela coluna). E agora, Luciano?

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Buuum!

“Mas a decisão vai ser mesmo em Brasília”, refutou um aliado de Luciano Nunes, ainda pré-candidato a prefeito pelo PSDB e de malas prontas para apoiar o petista Fábio Novo. Nomes próximos de Luciano já se queixam que os tucanos ligados a Sílvio estão tentando desconstruir Nunes antes do anúncio (quase) inevitável de união com Novo. “O PSDB vai implodir dia 20”, resume um nome forte de Brasília sobre o desfecho da história. 

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Inflação

Um então candidato a vereador de Teresina que teve cerca de 2 mil votos (para mais ou para menos, para não identificar a fonte), lembra à coluna que gastou R$ 200 mil do próprio bolso na disputa de 2020. “Hoje, vejo que um marinheiro de primeira viagem deve gastar uns R$ 300 mil para ter alguma chance de ter 1,5 mil a 2 mil votos”. Ah, detalhe importantíssimo, o político foi eleito!

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Bala na agulha

Buscando o bom e velho jornalismo investigativo e aprofundado, a coluna foi perguntar a um pré-candidato a vereador de primeira viagem da capital se era isso mesmo. Resposta: “Quero ter uns 2 mil votos de estrutura com a ajuda do X (deputado federal) e do Y (pré-candidato a prefeito). Fora voto de opinião, R$100 mil do fundo partidário que me prometeram, R$ 60 mil extras e R$ 7 mil por mês até outubro”. 

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Custa caro

Já um pré-candidato grande, que sempre é bem votado, mas nunca foi eleito, deve gastar “uns três contos”(leia-se milhões), segundo os colegas. Só entra quem pode, amigos.

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Resposta do Caio

Após a nota da coluna sobre a situação eleitoral do presidente da Prodater, Caio Bucar, que tem encontrado resistência de partidos à sua filiação no Palácio da Cidade (motivo: ter tido voto demais em 2020), o pré-candidato respondeu à colunista: “O partido que o prefeito Dr.Pessoa for, vou estar junto. Não estou escolhendo partido”. Alguém avisa à turma do PRD?

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Só entro se for meu

Ilude-se quem pensa que o prefeito Dr.Pessoa está de malas prontas para o PRD. Um político que não está filiado à sigla, mas participa das reuniões do grupo dos vereadores Bruno Vilarinho e Marquim Costa, relata que só há um empecilho (enorme, por sinal) para Pessoa entrar na legenda: ter o comando total, de cabo a rabo. 

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Me entregue o comando

“O prefeito só vai para um partido que ele pode mandar”, resumiu a fonte. A coluna retrucou: “E no PRD, nada?”. “Aqui ele pode disputar, mas mandar não...”. A parte essas questões, o filho de Dr.Pessoa, o presidente da Eturb, João Duarte, o Pessoinha, promete se filiar ao PRD. A situação revela cenário de indefinição, que só será resolvido no final da janela partidária, em abril. 

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Jadyel em paz

No Republicanos, o deputado federal Jadyel Alencar (no PV, por enquanto) demonstra tranquilidade. Motivo: está com o comando dos diretórios do interior, onde tem trabalhado para montar palanques e aparentemente evitado entrar na briga entre o deputado Jeová Alencar e o prefeito Dr.Pessoa.

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Pequenas chances, mas reais

Fontes bem relacionadas em Brasília, no entanto, apostam que o prefeito Dr.Pessoa tem sim alguma chance de ainda ficar com o Republicanos após uma conversa presencial que deve ocorrer após o carnaval entre ele e o presidente nacional da sigla, Marcos Pereira.

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Palavra dada será cumprida?

 “Houve um acordo, eu fui testemunha, do Marcos Pereira deixar o partido com o Pessoa até o final de 2024. Não vejo que ele seja pessoa de tirar a palavra”, relatou uma fonte em reserva. E como ficaria Jeová Alencar, nessa remota hipótese? “O Jeová poderia ir para o PL, através de uma articulação do senador Ciro Nogueira, não é?”, ponderou a fonte. Mas teria que ter uma liberação bem segura do comando do Republicanos, já que Jeová é filiado lá e não tem janela aberta para mudar de sigla. É ou não é?

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Se conselho fosse bom

Ser bom em alguma coisa requer dedicar 110% do seu tempo e energia a isso. Você não será excepcional em duas ou três coisas. Enquanto se esforça para performar em tudo, no máximo você conseguirá ser mediano ou um completo fracassado em várias atividades. Dedique-se ao que você é bom, melhore nisso e se torne o melhor. “Ninguém é insubstituível” é uma falácia. Os melhores são disputados a tapa porque são 1 em 1 milhão.

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Cifrada dos Suplentes na Berlinda

A relação entre dois suplentes, que nunca foi boa, está cada vez mais quente (no sentido negativo). O titular ameaça um retorno extemporâneo. “Por que diabos eu vou ficar agradando Fulano? Quem é que vai ficar dando todo mês verba de gabinete pra esse povo? Eu mesmo não”, desabafou o político, em movimento ecoado por outros dois titulares de cadeiras afastados de suas funções. 

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Foto do dia

A operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, incluindo militares, deflagrada na última quinta-feira, 08, deixou Brasília em polvorosa numa véspera de Carnaval que já se mostrava esvaziada. Prender militares e apreender o passaporte do ex-presidente para evitar fuga, são sinais de que uma prisão do ex-presidente está no horizonte? Não agora. Provas, julgamentos e trânsito em julgado, com todas as idas e vindas da defesa, sim. O tempo do funcionamento das instituições políticas é lento, porque as decisões em um país continental e polarizado como o Brasil, precisam se solidificar em alguma base consensual mínima. É tempo de maturar.

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A frase para pensar

“O dia do benefício é a véspera da ingratidão”, Ulysses Guimarães (1916-1992), um político e advogado brasileiro, um dos principais opositores à ditadura militar.

 

 

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