Quem serão os batedores de Fábio Novo e Sílvio Mendes?
Toda campanha negativa chamusca o adversário, é verdade. Mas também reflete em quem é o autor das ofensivas. É por isso que uma campanha que se preze tem que ter um batedor profissional, aquela pessoa que vai lá e fala tudo o que o candidato competitivo não vai se desgastar falando, o leitor entende… Ao lado de Fábio Novo, já atuam como batedores interinos o vereador Dudu e o deputado Cícero Magalhães. Mas o PT raiz deve mesmo ser escalado para colar sua imagem à de Fábio? É só uma pergunta, aliás. A coluna soube que a turma ligada a Silvio Mendes (União Brasil) já vasculha nos arquivos imagens de Fábio Novo usando a cor vermelha…
Que tal o Bonfim?
Uma fonte entendida de bastidores afirma à coluna que o assunto não foi definido no grupo petista. Nome bem lembrado no núcleo duro do PT, mas que sempre foi discretíssimo, é o do secretário estadual de Planejamento, Washington Bonfim. “É o único do grupo que pode contrapor o Sílvio (Mendes)”, acredita um petista ouvido em reserva pela coluna.
Kleber no ringue
Enquanto isso, ao lado de Sílvio Mendes, cotados estão entre os ex-secretários Kléber Montezuma e Charles da Silveira. “O Kleber perdeu pro Dr.Pessoa, né? Tem a turma que é contra. Não é consenso. Mas tem também muita gente que se arrependeu de não ter votado nele. Outra coisa: o Kleber foi escolha do Firmino (Filho)”, defende um apoiador de Silvio. Nesse jogo está proibida a entrada de amadores.
Duas mulheres na eleição da UFPI
Está aí uma eleição que movimenta as cabeças pensantes do Piauí, com fortes reverberações entre os formadores de opinião. Com as oposições se unindo na Universidade Federal do Piauí, o nome da ex-vice reitora da instituição, Nadir Nogueira, foi o escolhido para bater de frente com a situação na eleição pela reitoria. Ela entra no lugar de André Macedo, que decidiu permanecer como superintendente de transformação digital da secretaria estadual de Planejamento. “Foi considerado mais viável: mulher, já foi vice-reitora por oito anos, experiente, disputou o ultimo pleito”, elenca um apoiador de Nadir.
Consulta quente
Do outro lado, tudo indica que a concorrente é Livia Nery, diretora do Cead e nome próximo ao reitor Gildasio Guedes. A tendência já havia sido antecipada pela coluna. A eleição está prevista para o final de abril, mas ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Universitário (Consun) da Ufpi. A título de curiosidade, quem escolhe a lista tríplice da Ufpi é o Consun, que pode levar em conta ou não o resultado da consulta feita aos estudantes e professores. Sempre rende uma boa polêmica. Com o detalhe extra que essa é a primeira eleição para reitoria na gestão do presidente Lula. A conferir.
A medalha de Dr.Pessoa
Há muitas maneiras de aproximação e afastamento na política. Por exemplo, criar uma medalha e dar a ela o nome da ex-deputada federal do PT do Piauí, Francisca Trindade, é sinal de aproximação ou distância com o PT? É esse o possível nome da homenagem que o Palácio da Cidade cogita fazer às mulheres no próximo dia 08 de março. A ideia parece ter as digitais do filho do prefeito, João Duarte, o Pessoinha, próximo aos petistas no governo Rafael Fonteles.
Mantém ou recua?
Enquanto não for publicado no Diário Oficial, o nome da homenagem pode mudar até lá… Entusiastas querem a presença do governador ao lado do prefeito Dr. Pessoa, no evento. Como diz Dr.Pessoa, com tratativas republicanas, vai ter um café forte ou não?
Ninguém fala
“Nosso voto foi tirado do Firmino e não do PT. O prefeito (Pessoa), é candidato, com certeza, e se não tiver no segundo turno, creio que não apoia ninguém”, avisou uma fonte de ouvidos atentos à esfera de decisão municipal. O fato é que há sempre alguém a ser batido numa campanha, mas ninguém (exceto o pré-candidato do Novo, Tonny Kerley) parece querer colocar Dr.Pessoa no centro da artilharia pesada. Conclusões, o leitor já sabe: passe amanhã!
Os cotados para o Conselho Federal
Uma eleição de classe com caráter bastante movimentado, muito além dos cargos de presidente e vice, é a da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí. A coluna trouxe, dessa vez, nomes dos dois lados cotados para os importantes cargos de conselheiro federal. As informações são fruto de análises de bastidores e serão atualizadas, de acordo com os fatos, no decorrer do processo eleitoral. Continue lendo a coluna.
Do lado do candidato de oposição, o advogado Raimundo Júnior:
Sigifrói Moreno
Alyne Patrício
Lucas Villa
Germano Coelho
Andrea Araújo
Do lado da situação, o advogado Celso Barros:
Celso Barros (que também pode disputar a presidência da Caapi)
Wilson Gondim* (que também pode ser candidato a conselheiro do lado de Raimundo Júnior)
Antônio Augusto
Daniela Freitas
Welson Oliveira
É fato que um cargo de conselheiro federal, além das relevantes missões imbuídas na missão, permite aos seus detentores três anos de muito networking, visibilidade nacional e projeção na capital federal. Não é para todo mundo.
Chá de camomila
O telefone do deputado federal Jadyel Alencar não parou ontem. A turma de vereadores e suplentes do Palácio da Cidade queria saber do homem se teriam condições de ficar na chapa de vereador do partido com a iminente ida do ex-PV para o comando da legenda. Uma reunião marcada para o dia 22, em Brasília, deve dar o tom. Jadyel acalmou o povo, segundo informam emissários.
Plano D
Considerando que é preciso ter um plano A, um plano B e, por que não, um C, caso seja tirado de Jeová Alencar o comando do Republicanos, aliados acreditam que o deputado pode colocar o filho, Samuel Alencar, para disputar uma vaga de vereador no Progressistas. Já a companheira, vereadora Thanandra Sarapatinhas, pretende continuar onde está, no PRD. Mas, se não for possível, o União Brasil não seria má ideia?
O custo político
Os atos convocados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para o próximo dia 25 de fevereiro, devem ser um ponto de virada na correlação de forças em vários mundos: direita e esquerda, Judiciário e mundo político. Bolsonaro faz uma aposta alta na mobilização de apoiadores na avenida Paulista, sinalizando ao STF que o custo político de uma prisão dele no âmbito das investigações da PF sobre uma tentativa de golpe, será alto, se concretizado.
Pagar para ver
Mas, como política também é história, quando o então presidente Fernando Collor pediu que apoiadores saíssem de verde e amarelo nas ruas, em 92, encontrou milhares de pessoas de preto. Resultado oposto ao pretendido. Também o ex-presidente Lula estava em vias de ser preso pela Operação Lava Jato, deixava subtendido que o país entraria em conflagração se a detenção ocorresse. Lula foi preso, depois solto e o mundo continuou girando. Agora, é pagar para ver.
Senta que que lá vem história
Quando tinha 16 anos, a ensaísta norte-americana Susan Sontag escreveu em seus diários: “Pretendo fazer tudo”. E fez muito. Era infinitamente curiosa e chegava a ler um livro por dia. Nos anos 60, convidada para um jantar no Uper East Side, era tradição naquela época que os homens e mulheres se separassem após o jantar: homens numa sala, mulheres noutra. Susan ficou intrigada, como conta a biógrafa Sigrid Nunez: “Sem dizer nada à anfitriã, saiu de fininho para juntar-se aos homens”. Susan rompeu a tradição e nunca mais homens e mulheres foram separados naqueles jantares. A coluna entende a provocadora e genial Susan Sontag. Que aprendamos a lição de não nos contentarmos com os lugares impostos. Sempre se pergunte: “Por que não?”
Para ler ver e ouvir
A coluna é uma obcecada pela clareza (mesmo que falhe miseravelmente no intuito). Por isso, não hesita em indicar mais a obra que trata do tema: “A escrita dos líderes”, de Kenneth Roman e Joel Raphaelson. Num mundo cheio de ruídos, é difícil garantir que você seja realmente lido ou ouvido. A diferença entre sucesso e fracasso pode ser justamente conseguir transmitir o que você deseja que o seu interlocutor saiba, entenda ou faça. Uma das principais regras: a maioria das pessoas escreve mal, porque não consegue pensar com clareza. Use parágrafos breves, palavras curtas, escreva do jeito que fala e conheça o significado de cada palavra que você quer usar. Isso pra começo de conversa.
Se conselho fosse bom
Cuide com zelo da imagem que você transmite para os outros. Como ninguém sabe quem você é por dentro, só vale o que é visto. O que não é visto, conta como nada. Agora, não esqueça que aquilo que sai de você, deve ter como fonte uma reserva de força interior. Ter autoestima é possuir um senso inato de autovalor. Você não se acha melhor do que ninguém. É que você sabe, realmente, que não precisa se comparar.
Cifrada das Condicionantes
Está mais difícil conseguir um partido decente para disputar a eleição do que adotar um unicórnio. Em uma determinada sigla, a situação está nesse ponto: “Não vamos aceitar X. O homem se acha o mais rico do mundo”, disse à coluna um líder político sobre o inusitado motivo para refutar a entrada de político de muitos votos. “O outro, Y, fica manda recado besta. Ninguém vai aceitar ele”, elencou. Que recado besta? “Que pode ajudar a gente com a (direção) nacional. Ou seja, uma ameaça (?). Cara desses não resolve nem as coisas dele”. Daqui a pouco, se respirar oxigênio, você corre o risco de estar fora. Gente...
Foto do dia
Uma boa maneira de passar recados sem dizer que está passando recados, é tirando fotos. Não, leitor, não estamos falando de quando você tira e posta uma foto do seu prato de comida no Instagram ou da milésima selfie do dia. É algo mais no rumo do que fez o vereador Evandro Hidd (PDT) e o deputado Jeová Alencar (Republicanos). Evandro apareceu com Fábio Novo, dando a entender que a história de que o PDT não terá apoio para montar a chapa de vereador, está superada. Garantias foram dadas. Já Jeová, apertando a tecla SAP, mostra que a conversa com Júlio Arcoverde levará recados a Brasília sobre a viabilidade de uma candidatura majoritária da sigla. Será?
A frase para pensar
“Não tenho talento, então acordo mais cedo”, Henry Rollins, músico e ativista estadunidense.