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Mãe de menino morto no Alemão nega perdão a policial suspeito de atirar em seu filho

  • cortejo-corrente-3.jpg Foto: Wilson Filho/Cidade Verde
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  • corrente-velorio-13.jpg Terezinha, mãe de Eduardo, emocionada no velório do filho no bairro Vermelhão, em Corrente-PI
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  • corrente-velorio-12.jpg Terezinha com o filho Leonardo que mora em Cristalândia e acompanha o velório do irmão
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  • corrente-velorio-5.jpg Terezinha se emociona ao ver um vídeo em homenagem a Eduardo no celular
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  • corrente-velorio-3.jpg Corpo de Eduardo é velado na casa da tia, no bairro Vermelhão, em Corrente-PI
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A mãe do menino Eduardo de Jesus Ferreira, morto na última quinta-feira (2) no Conjunto de Favelas do Alemão, no Rio de Janeiro, disse na tarde desta segunda-feira (6) que não perdoa o policial responsável por disparar contra o seu filho. Em Corrente, onde o garoto de 10 anos será enterrado, ela desabafou e garantiu que, após voltar ao Rio de Janeiro, só retorna ao Piauí depois de ver o assassino preso.

"Nunca vou perdoar esse maldito que tirou a vida do meu filho. Ele vai morrer sem o meu perdão", disparou Terezinha Maria de Jesus Ferreira durante o velório realizado na Igreja do Bairro Vermelhão, em Corrente, localizado 875 quilômetros ao Sul da capital Teresina.

Acompanhada do marido, o ajudante de pedreiro José Maria Ferreira de Sousa, Terezinha voltou a afirmar que o filho não foi vítima de bala perdida e revelou o que diria ao policial suspeito do assassinato caso ficasse frente a frente com ele.

"Não foi bala perdida porque não tinha troca de tiros. Ele atirou no meu filho de covardia. A primeira coisa que eu perguntaria para ele (policial) era se não tem filho, se é pai de verdade", disse.

Terezinha contou também que deve voltar ao Rio de Janeiro em breve, mas que não tem data para retornar ao Piauí. Firme, ela comentou que quer ficar cara a cara com o assassino do filho. "Vou voltar e ajudar nas investigações. Só vou sair de lá quando ver esse maldito atrás das grades. Quero estar cara a cara com ele. Já pedi até ao delegado para me colocar cara a cara com ele".

Muito abalada, Terezinha revelou que vem recebendo ameaças e que a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Alemão aumentou os índices de violência. "Minha família está ameaçada. Já pedi segurança. Não volto mais para casa onde eu estava. Não posso mais nem pegar minhas coisas. Está tendo muito mais violência depois da instalação dessa UPP. Não só lá, como em outras comunidades. Só mata pessoas inocentes - crianças, idosos e pessoas que trabalham. Eles já entram atirando. Não querem saber quem está na rua".

Veja o vídeo na íntegra:

 

Enquanto tenta se recuperar do baque sofrido com o assassinato do filho, Terezinha recebe apoio de familiares e desconhecidos em Corrente. Nesta segunda-feira, cerca 500 pessoas passaram pelo velório do menino Eduardo de Jesus. Até uma tenda foi armada para receber o público. O corpo do garoto chegou à cidade por volta das 9h30 em meio a aplausos, comoção e desmaios - uma das tias da criança, identificada como Maria de Lourdes Lopes, desmaiou e foi internada após ser diagnosticada com pressão baixa.

Flash de Yala Sena
Redação de Flávio Meireles
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