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Cinema, fotografia e oficina de turbante no cardápio do projeto "Fala, preta" - Domingo 28/08

Pelo canto  de Caetano Veloso visualiza-se a beleza negra materializando toda sua exuberância: “Quando essa preta começa a tratar do cabelo/É de se olhar/Toda a trama da trança/a transa do cabelo/Conchas do mar/Ela manda buscar pra botar no cabelo/Toda minúcia/toda delícia”. E embalado na belezura da estética afro, o grupo Matizes em parceria com Instituto Yabás* e o coletivo Salve Rainha promoveram “Oficina de Turbante” dia 28/08 às 17h no Parque Cidadania.

A exposição de um Ensaio Fotográfico também entra na cena cultural do Domingo no Parque. Estudantes do curso de  Fotografia e Identidades do Movimento Negro e Povo de Terreiro(UESPI) - promovido pela Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários da UESPI -   acompanharão Oficina de Turbante para narrar as  cenas do evento. 

O resultado das produções fotográficas  serão  apresentadas no telão para  público  do local. Essas  atividades integram  ações  do Projeto “Fala, preta”, executado pelo Matizes e financiado pela Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE) e SOS Corpo.

Carmem Ribeiro, ativista do Matizes e coordenadora do projeto, destaca que a valorização e resgate da estética negra representa um ato simbólico e político de resistência aos mecanismos de embraquecimento construídos pelo processo histórico-cultural.

Sobre o ‘Fala, preta’, Ribeiro ressalta: “um dos objetivos do projeto é fortalecer a identidade e autoestima de mulheres negras. E nós sabemos que trabalhar a vivacidade da estética afrobrasileira é um dos vieses para empoderar as protagonistas em suas ações sociais e cotidianas”.

Ainda no mesmo dia, o amor de iguais entre mulheres  será exibido com o filme  “A incrível história de duas garotas apaixonadas”. A apresentação da narrativa cinematográfica contempla a celebração do Dia Nacional pela Visibilidade Lésbica. 

*YABÁS: 

Organização política de mulheres negras atuando na missão institucional para combater racismo e sexismo bem como a eliminação das desigualdades, valorizando e promovendo o empoderamento de mulheres negras, em particular, da comunidade negra em geral.

O Instituto visa mobilizar e articular lutas para defesa da democratização, reforma do Estado, via desenvolvimento  do exercício da vivência democrática na gestão das políticas públicas para a população negra. Busca ainda pensar o desenvolvimento sustentável como norteador para a qualidade de vida, defesa, preservação e conservação ambiental. E coloca na sua agenda o incentivo ao empreendedorismo e modelos sócio-produtivo para geração de renda.

 

Por Herbert Medeiros

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