Wilson Filho/Cidade Verde

Derrotados no plenário, vereadores anunciam que buscarão a Justiça para derrubar o projeto de lei que contrata uma organização social (OS) para administrar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Renascença, zona Sudeste de Teresina (PI). 

Na manhã desta quinta-feira (30), apenas nove vereadores votaram contrários ao projeto, que aprovou a entrada da Associação Reabilitar como administradora da UPA e de três unidades básicas de saúde no Jacinta Andrade e Vale do Gavião. 

"Vamos mobilizar os sindicatos, o Ministério Público e entidades de saúde para ir à Justiça contra esse o projeto que quer privatizar a saúde. Somos contra tudo nesse projeto, tanto o texto original como as emendas. O poder público tem que defender o concurso público, quem estudou e quem estuda", disse a vereadora Teresa Britto (PV).

Inácio Carvalho observou que a Reabilitar já administra o Centro Integrado de Reabilitação (CEIR), ligado ao Governo do Piauí. "A lei que cria uma organização social diz que 30% do seu conselho de administração têm que ser composto por membros daquele ente que ela presta serviço. Mas a entidade Reabilitar já tem seus 30% preenchidos por representantes do Governo do Piauí por atuar na administração do CEIR. Como ela vai atuar agora para a Prefeitura, essa conta não fecha. Além de toda imoralidade da lei que não prioriza aqueles que estudaram e querem entrar no serviço público através de concurso", disse.

Além deles, votaram contra o projeto os vereadores Dudu, Gilberto Paixão e Rosário Bezerra (PT), Antonio José Lira (DEM), Cida Santiago (PHS), Paulo Roberto da Iluminação (PTB) e Dr. Pessoa (PSD). 

A Prefeitura defende que o projeto é uma experiência já bem sucedida no CEIR e o contrato é temporário. Além disso,  afirma não ter como contratar servidores no momento por estar perto do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. 

Da Redação
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