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COVID-19: a bola da vez se chama Ômicron

Já faz alguns dias que não escrevo sobre a pandemia de COVID-19. Mas esta semana o aparecimento de uma nova variante me incentivou a ler mais sobre o assunto e escrever para os leitores do Ciência Viva. Já até falei sobre o surgimento de novas variantes. Reveja aqui e aqui. Acho que com isso ajudo as pessoas a se prevenirem e a se tranquilizarem com as informações que temos até aqui.

Foi identificada na África do Sul uma nova variante do vírus SARS-CoV2. Inicialmente foi chamada de B.1.1.529 (códigos usados pelos pesquisadores para novas variantes do vírus). Ao se perceber que esta variante se espalhou em cinco países próximos e de forma rápida, a variante recebeu a denominação de Ômicron, a décima quinta letra do alfabeto grego, que corresponde ao “O”, no nosso alfabeto, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta variante apresentou a particularidade de reunir 50 mutações, sendo 32 nas proteínas “spike”, que formam aquela estrutura que interage com a superfície das nossas células e que permite o processo de contaminação.

Não há indícios que esta nova variante seja mais perigosa do que as anteriores, mas há a preocupação de que ela, de certa forma, drible o nosso sistema imunológico, sendo, portanto, mais hábil no processo de contaminação. Além dos seis países africanos (África do Sul, Zimbábue, Botsuana, Lesoto, Namíbia e Eswatini – ex-Suazilândia) onde a variante já circula com certa desenvoltura, ela já chegou a Europa, em países como Grã-Bretanha, Holanda, Bélgica e Israel e em outros continentes como Ásia (Hong Kong) e Oceania (Austrália). Isso fez com que alguns países já começassem a se mover para impedir a chegada de voos vindos do sul da África, especialmente da África do Sul que é o país mais proeminente da região, com voos para muitos países, como é o caso do Brasil que suspenderá voos a partir de amanhã (29/11), o que não adianta muito, porque se alguém se contaminou na semana passada lá e já veio para cá, o vírus já pode até está circulando por aqui. Cito a seguir algumas providências e cuidados que devemos tomar contra esta nova variante do SARS-CoV2:

1) Providencie urgentemente atualizar sua vacina. Se não tomou a primeira dose vá atrás. Se não tomou a segunda, não falte ao agendamento. Se precisa do reforço (terceira dose) não hesite em procurar os postos de vacinação.

2) Use máscaras, especialmente nos ambientes fechados. Se puder use também nos ambientes abertos. O vírus não escolhe locais para se disseminar.

3) Lave bem as mãos e reforce o uso de álcool gel. O álcool dissolve o envelope do vírus, seja da variante ômicron ou de qualquer outra.

4) Se possível, mantenha a distância e o isolamento social.

Opa! Você pode estar pensando: o que tem de diferente? Na verdade, nada. As formas de prevenção da doença são as mesmas independente da variante que a cause. Não podemos descuidar das preocupações e medidas adotadas anteriormente. A pandemia não acabou. A doença arrefeceu por causa do avanço da vacinação. Continuemos investindo em cuidados porque prevenir é sempre melhor do que remediar.

Boa semana para todos (as).

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