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Leandrinho revela ter testado positivo para coronavírus em março

Foto: Divulgação/LNB

Principal estrela do NBB, Leandrinho teve coronavírus em março. A estrela do Minas revelou a informação em entrevista ao New York Times, explicando ter se sentindo mal após um treinamento da equipe, apenas três dias após o seu último jogo antes da paralisação do campeonato nacional de basquete em função da pandemia da covid-19. Naquele momento, a sua esposa, Talita Rocca, estava prestes a dar à luz.

Ao jornal norte-americano, Leandrinho disse ter se sentido mal em 17 de março, à noite, depois de uma atividade do Minas. "Aquela noite foi a pior noite da minha vida", afirmou, também relatando quais sintomas sentiu. "Senti que ia morrer. Eu estava com muita febre. Minha cabeça estava doendo demais. Meu nariz parecia estar fechado. Senti muita dor nas costas, não consegui encontrar uma posição para me deitar", acrescentou.

Leandrinho revelou que nunca havia sentido um incômodo tão forte quanto o do coronavírus. "Eu já tinha febre. Eu já tinha dores de cabeça. Senti dor em todo o corpo quando estava doente, mas nada parecido com isso. O que quer que eu sinta, eu sempre luto. Isso é apenas algo que aprendi quando cheguei à NBA. Mas naquela noite foi algo difícil de lidar. Porque era diferente", afirmou.

O experiente ala-armador, de 37 anos, havia entrado em quadra pelo Minas em 14 de março, na derrota por 77 a 70 para o Corinthians. Em função da pandemia, aquela partida foi disputada sem a presença de público. E o camisa 19 da equipe de Belo Horizonte teve atuação apagada, com dez pontos, cinco assistências e três rebotes.

A situação foi dramática para Leandrinho porque sua esposa estava grávida, com previsão de dar à luz em 26 de março. Ele soube cinco dias antes que havia testado positivo, sendo que o exame tinha sido realizado em 19 de março. Diante disso, como não era possível saber se a esposa do atleta também estava infectada, a opção dos médicos foi realizar o parto imediatamente, no dia 22.

Em função da doença, Leandrinho passou duas semanas em quarentena, sem contato com a filha, que só foi conhecer ao fim do período de isolamento. "Eu não sabia o que fazer. Tudo o que fiz foi falar ao telefone: 'Escute, você terá que fazer isso sozinho.' Eu disse à minha esposa: 'Pense no bebê, não em mim'", relatou Leandrinho na entrevista ao New York Times. "Estamos todos bem agora. Nós estamos saudáveis. O bebê não tinha o vírus e obrigado, Deus", acrescentou.

O NBB foi paralisado em 15 de março. Os playoffs do campeonato podem ser disputados em um local isolado, somente com pessoas necessárias à realização das partidas. A liga avalia a possibilidade de retomar o campeonato em junho.

Fonte: Estadão Conteúdo

Piauí ultrapassa 400 casos de Covid em 52 municípios; veja a lista

Foto: Geraldo Bubniak/AEN-PR

Atualizada às 8h01 - 28/04/2020

O Piauí ultrapassou a marca de 400 casos confirmados do novo coronavírus. Foram 44 testes positivos no estado, na última segunda-feira (27) - a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) havia divulgado 60 casos confirmados no primeiro boletim do dia, mas a informação foi corrigida no painel epidemiológico do órgão horas depois. 

O número de municípios com pacientes infectados pelo novo coronavírus cresceu para 52. Barras, Corrente, Fartura do Piauí, Monsenhor Gil, Pio IX e Uruçuí entraram na lista. 

Os casos em Teresina subiram de 237 para 271 em apenas 24 horas - foram 34 novos testes positivos entre domingo e segunda-feira. 

Dos novos casos, 1 foi em São Raimundo Nonato, que chegou a 19 no total - e não 35 como havia sido divulgado anteriormente pela Sesapi. Ainda assim, o município é o segundo em testes positivos para o coronavírus, empatado com Parnaíba. 

Também foram registrados dois novos casos em Água Branca, um em Picos e outro em Oeiras. 

Em relação aos dados divulgados no domingo pela Sesapi, foi reduzido um caso de Demerval Lobão. São três pacientes monitorados pelas equipes de saúde do município - o boletim estadual havia divulgado quatro casos por erro no cadastramento de exames, segundo a prefeitura. 

 

Óbitos
Pela manhã, a Prefeitura de Teresina anunciou a morte de um idoso de 95 anos, com histórico de hipertensão, morador da zona Norte da capital. Ele estava internado no Hospital Universitário. 

É o sexto dia seguido com registro de pelo menos um óbito de paciente infectado pelo novo coronavírus no Piauí. São 21 mortes em um intervalo de um mês: Teresina (9), Parnaíba (3), Piracuruca (2), Bom Princípio, Buriti dos Lopes, Itaueira, São José do Divino, São Francisco do Piauí, Pedro II e Picos (1). 

Internações e altas
A ocupação de leitos continua a crescer. São 158 pacientes internados, sendo 100 em leitos clínicos, 56 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e dois em leitos de estabilização. Até agora, 121 pessoas tiveram alta. 

Fábio Lima
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Se necessário, governo pode expandir auxílio 'por mais um tempo', diz Mourão

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que, se necessário, o governo pode expandir o auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais, inicialmente previstos pelo período de três meses. "Caso necessário, vamos ver, poderá ser mantida essa medida de auxílio a pessoas que estão desempregadas por mais um tempo", disse Mourão em videoconferência promovida pela Arko Advice.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro comentou que, no momento, não está prevista a ampliação do pagamento destinado aos informais que perderam renda com a crise provocada pelo novo coronavírus.

"São três parcelas de R$ 600. Não está prevista ampliação, até porque cada parcela está na casa um pouco acima de R$ 30 bilhões", disse o presidente.

Questionado sobre destinar o auxílio para outras categorias, Bolsonaro afirmou que, se for convencido e o governo tiver recursos, poderá estudar a medida.

Fonte: Estadão Conteúdo

 

Pandemia aumenta incertezas sobre continuidade da F-1 no Brasil

Foto: Zak Mauger / LAT Images / Pirelli

As muitas indefinições a respeito de como será a temporada 2020 da F-1, prevista para começar em julho, aumentam as dúvidas sobre quando o Brasil voltará a receber qualquer corrida da categoria.

A decisão sobre o futuro do GP no país, que tem se arrastado desde 2018, agora também depende dos desdobramentos da pandemia da Covid-19.

O contrato da prefeitura de São Paulo com a FOM (braço comercial da modalidade) vence neste ano, após a realização da prova em Interlagos, por enquanto ainda nos planos e prevista para novembro.

Após sete adiamentos e três cancelamentos de corridas por causa do coronavírus, a categoria espera anunciar em breve um novo calendário para a temporada 2020.

Os possíveis cenários a partir de 2021 são: a prefeitura da capital paulista renova o acordo e garante a permanência da corrida na cidade; o GP é deslocado para o Rio de Janeiro, que ainda tenta tirar um autódromo do papel; a prova deixar de ser realizada no país.

A força-tarefa criada em São Paulo, que envolve o governo do estado e a prefeitura, além da promotora do evento em Interlagos, a empresa Interpub, tenta convencer a FOM a assinar um novo contrato.

A empresa, sob a gestão do americano Chase Carey, não abre mão de receber a chamada "taxa de promotor", que pelo acordo assinado em 2014 a capital paulista está isenta de pagar. O valor não é público nem fixo, variando conforme o local do evento.
"As negociações estão adiantadas e temos certeza de que São Paulo continuará recebendo a categoria por muitos anos", afirma Tamas Rohonyi, dono da Interpub.

Em nota, a prefeitura disse que as negociações continuam. A assessoria de imprensa do governador João Doria (PSDB) informou que ele não se manifestaria sobre o tema.

Enquanto São Paulo ainda não demonstra avanços nas tratativas, a concorrência criada no Rio de Janeiro enfrenta dificuldades para tirar seu projeto de autódromo do papel.

Para isso, ainda busca aprovar o estudo de impacto ambiental (EIA) da obra antes de poder dar início à construção do autódromo sobre a Floresta de Camboatá, na região de Deodoro (zona oeste da cidade).

O consórcio Rio Motorsports, único interessado no processo de licitação, foi anunciado pela Prefeitura do Rio, em maio de 2019, como vencedor da concorrência para construir e administrar por 35 anos o autódromo em Deodoro.

Dias depois, o Ministério Público Federal ingressou com um pedido de liminar para suspender o processo licitatório até que seja apresentado e aprovado estudo prévio de impacto ambiental.

Em agosto, o Tribunal Regional Federal da 2ª região acatou o pedido e exigiu a aprovação do estudo. O relatório, com mais de 1.500 páginas, foi elaborado por uma consultoria contratada pela Rio Motorsports e apresentado em novembro.

O documento passou a ser contestado por um grupo de 16 profissionais, entre eles ambientalista, engenheiro, ecologista, geógrafo, urbanista e advogado, que lançaram o movimento SOS Floresta do Camboatá.

Com a mudança na rotina das instituições em meio à pandemia, o rito de aprovação está paralisado desde o começo de março.

O Instituto Estadual do Ambiente, órgão a quem cabe aprovar ou rejeitar a continuidade da construção, chegou a agendar uma audiência pública virtual para debater o caso. Na sequência, ela foi cancelada por orientação do Ministério Público do Rio de Janeiro.

As promotoras Gisela Pequeno Guimarães Correa e Julia Miranda e Silva Sequeira entenderam que a audiência pública realizada pela internet é necessária somente em casos urgentes "no momento em que os esforços dos poderes públicos e da população estão voltados para enfrentar a pandemia".

De acordo com elas, nem toda a população tem acesso à tecnologia e informação necessárias para acessar a audiência virtual, o que frustraria o debate comunitário.

Segundo o relatório da consultoria, o cronograma da obra é de 23 meses. Mesmo que seja aprovada, dificilmente o autódromo ficaria pronto a tempo do GP de 2021.

"Os efeitos da pandemia no mundo, por ora, não tiveram um impacto contundente no projeto da Rio Motorsports, principalmente do ponto de vista de cronograma", diz a nota enviada pela empresa. Ela não quis comentar o prazo de 23 meses de construção "por questões de compliance sobre processo que está sendo analisado".

Procurada pela reportagem, a organização da F-1 não se manifestou sobre as negociações até a publicação deste texto.

CARLOS PETROCILO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) 

 

Dólar à vista fecha estável após BC injetar US$ 2,1 bi; futuro sobe 1,27%

Em novo dia de estresse e volatilidade no mercado de câmbio, o dólar destoou do otimismo visto na Bolsa e levou o Banco Central a fazer três intervenções de dinheiro novo, injetando ao todo US$ 2,1 bilhões. A venda da moeda americana ajudou a conter o ritmo de valorização, mas no mercado futuro, que determina as cotações no mercado comercial, a moeda ainda subiu 1,27% e o real teve o pior desempenho no mercado internacional de moedas.

Preocupações com o ritmo de contração da economia doméstica, com o ambiente político e saídas de recursos externos ajudaram a pressionar o câmbio. Além disso, um movimento técnico de investidores estrangeiros e fundos no mercado futuro de dólar, elevando apostas contra o real, também ajudou a pressionar as cotações, de acordo com traders de câmbio. No mercado à vista, o dólar chegou a superar R$ 5,72, mas acabou encerrando o dia praticamente estável, em R$ 5,6596 (-0,03%). No mercado futuro, o dólar para maio chegou a encostar em R$ 5,73, mas fechou em R$ 5,6570, perto do fechamento na B3, alta de 1,27%.

O dólar acabou caindo no exterior ante divisas fortes e subiu em ritmo moderado em alguns emergentes. Na Turquia, por exemplo, avançou 0,55%.

"Há um conjunto de notícias que acaba não agradando", afirma o operador e economista da Advanced Corretora de Câmbio, Alessandro Faganello. Ele menciona o aumento da incerteza política e as dúvidas sobre o ritmo de contração da atividade econômica por conta da pandemia e das quarentenas, enquanto no exterior o clima é de mais otimismo, com as economias se preparando para a reabertura de suas atividades.

Para Faganello, as ações do BC logo pela manhã ajudaram a evitar piora ainda maior do dólar. Na primeira parte dos negócios, o BC atuou oferecendo swap cambial e dólar à vista, em operações que somaram US$ 1,1 bilhão. À tarde, vendeu mais US$ 1 bilhão via swap cambial, para tentar conter a forte piora do dólar futuro, que pouco antes subia mais de 2%.

O economista-chefe para América Latina do grupo ING, Gustavo Rangel, vê o dólar batendo no pico de R$ 5,80, mas caso o ministro da Economia Paulo Guedes saia do governo, a moeda americana iria para a casa dos R$ 6,00 a R$ 6,50. Caso Jair Bolsonaro queira preservar a âncora fiscal de seu governo, é essencial que Guedes fique no cargo, ressalta Rangel, em relatório.

Na manhã desta segunda-feira, 27, Bolsonaro afirmou que "quem manda na economia" é Guedes, mas o ING alerta que ainda é cedo para saber mesmo se o ministro vai se manter como principal formulador da política econômica brasileira.

Por Altamiro Silva Junior
Estadão Conteúdo

Sesapi projeta pico da covid-19 para 16 de maio e alerta sobre uso de máscaras

O pico da contaminação por coronavírus no Piauí deve acontecer entre os dias 16 e 18 de maio. A projeção foi feita por epidemiologistas e anunciada nesta segunda-feira (27) pela Secretaria de Saúde do Estado. Segundo o superintendente de Atenção Integral à Saúde da Sesapi, Herlon Guimarães, nos últimos dias o estado já vivencia um aumento de casos considerável. 

“Nesse momento o estado do Piauí começa a entrar na projeção de maiores casos. Temos projeções feitas por equipes de epidemiologistas onde mostram que, por volta do dia 16, 17 e 18 de maio, a gente inicie o nosso pico”, disse em vídeo gravado pela Sesapi e divulgado à imprensa.

“Podemos observar que nas últimas semanas tivemos aumentos consideráveis. Muito é por conta da utilização dos testes rápidos. Nossos municípios já receberam estes testes e estão testando principalmente o público alvo, que são profissionais de saúde, segurança e os contactantes desses profissionais”, acrescentou.

O superintendente chamou atenção para a necessidade de reforçar as medidas de prevenção. Na semana passada, o governador Wellington Dias baixou decreto obrigando o uso de máscaras pela população quando estiver na rua.

“É extremamente importante que cada vez mais tenhamos medidas de prevenção. Fora a questão da limpeza das mãos, também temos o uso da máscara que é muito importante para evitar a contaminação em massa da população”, alerta o superintendente.

Retorno das atividades

O governo está elaborando critérios para incluir no plano de retomada das atividades, levando em consideração justamente o pico da doença no estado e a demanda de leitos. Segundo o Cidadeverde.com apurou, o governo está usando um cálculo matemático epidemiológico com base em dados da OMS e já adotado por outros países e estados, e que leva em conta também os casos confirmados, número de leitos e altas médicas.

Wellington Dias está conversando com setores empresariais, sindicalistas, equipe médica, Vigilância Sanitária e Segurança Pública. O governador aguarda ainda para quinta-feira, o resultado da pesquisa por amostragem com 5.000 pessoas que está sendo feita em 15 municípios. Os dados também serão levados em conta.

Yala Sena
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Bolsa fecha em alta de 3,86%, aos 78.238,60 pontos, em "Dia do Fico" de Guedes

A ebulição política em Brasília deu trégua nesta abertura de semana com o tom apaziguador do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que praticamente afastou a possibilidade de análise imediata dos pedidos de impeachment já apresentados, em momento, segundo disse, em que deve ser priorizado o combate ao novo coronavírus. O desdobramento veio no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ministro Paulo Guedes continuará a ser o único a "decidir" sobre a economia, dando o "norte" ao resto da administração, o que contribuiu para mitigar temor do mercado quanto a eventual perda do segundo pilar do governo, após a ruidosa e não antecipada saída de Sérgio Moro, da Justiça.

Dessa forma, o Ibovespa conseguiu recuperar parte das perdas da sexta-feira, 24, ao encerrar esta primeira sessão da semana em alta de 3,86%, aos 78.238,60 pontos, não tão distante da máxima, em dia de avanço dos mercados de Nova York e da Europa, apesar de nova queda acentuada do petróleo. O giro financeiro foi de R$ 24,1 bilhões com o principal índice da B3 oscilando entre mínima de 75.326,58 e máxima de 78.562,71 pontos na sessão. No mês, o índice acumula agora ganho de 7,15%, mas ainda cede 32,35% no ano. Na sexta, com o fator Moro, o Ibovespa fechou em baixa de 5,45%, acumulando perda de 4,63% na semana passada.

"Hoje foi praticamente o Dia do Fico do Guedes, e o mercado gostou disso. Mas a volatilidade deve persistir, com o coronavírus, a duração do distanciamento social, a incerteza sobre a retomada econômica e, agora, o risco político - que, sozinho, pode ser visto como uma volatilidade dentro da volatilidade. Assim, o excesso da sexta-feira foi corrigido em parte nesta segunda", diz Márcio Gomes, analista da Necton.

Além de Guedes, Bolsonaro esteve reunido logo pela manhã e falou, na portaria do Palácio da Alvorada, ao lado dos ministros da Agricultura, Tereza Cristina, da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vistos como os pontos de luz ainda remanescentes no governo - imagem que contribuiu também para amenizar a sensação de declínio iminente, após o desembarque de Moro, cujas declarações acenderam o alerta de impeachment, ao mencionar interferência política na Polícia Federal, no momento que a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal apuram manifestações contra a democracia e a disseminação de Fake News perto do poder Executivo.

Nesse contexto, o Ibovespa conseguiu se reacomodar na linha de 78 mil pontos, a mais frequente nos fechamentos desde o dia 8 de abril, favorecido também pelo dia positivo em Nova York, onde os três índices encerraram esta sessão com ganhos entre 1,11% (Nasdaq) e 1,51% (Dow Jones).

Na B3, a ação da Embraer se manteve na ponta negativa do Ibovespa ao longo da sessão, mas conseguiu limitar bem as perdas, que chegaram a dois dígitos durante o dia, para fechar em baixa de 7,49% após o naufrágio do acordo com a Boeing sobre a divisão de aviação comercial da companhia brasileira. Além de Embraer, apenas outras quatro ações encerraram o dia em terreno negativo: Qualicorp (-2,45%), Hypera (-2,27%), Smiles (-0,36%) e Cogna (-0,22%).

No lado oposto, destaque para Via Varejo (+18,65%), Braskem (+13,52%), BRF (+10,84%) e Totvs (+10,06%). Apesar do forte ajuste negativo do petróleo, Petrobras ON e PN subiram respectivamente 4,54% e 3,13%, após serem punidas na última sexta pelo risco político, que atingiu em cheio as ações do chamado "Kit Brasil". Os bancos também tiveram forte recuperação nesta segunda-feira, com destaque para Banco do Brasil (+5,72%) e Santander (+4,18%). Vale ON avançou 1,81%.

Por Luís Eduardo Leal
Estadão Conteúdo

Bolsas de NY fecham em alta com desaceleração do coronavírus e gradual reabertura

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 27, sustentadas pelo otimismo em relação à gradual reabertura da economia em vários países, incluindo os Estados Unidos. A percepção de que a pandemia de coronavírus está perdendo força nas regiões mais atingidas também impulsionou os negócios.

O índice Dow Jones encerrou em alta de 1,51%, a 24.133,78 pontos, o S&P 500 avançou 1,47%, a 2.878,48 pontos e o Nasdaq subiu 1,11%, a 8.730,16 pontos. Parte dos ganhos foi possibilitada pelo bom desempenho dos bancos, com o subíndice financeiro do S&P500 avançando 3,78%, enquanto o papel do Citigroup subiu 8,03%, o do Wells Fargo ganhou 5,52% e do JPMorgan cresceu 4,31%.

No domingo, o Deutsche Bank informou que espera lucro liquido no 1º trimestre maior do que o esperado, o que levou sua ação a saltar 12,35%.

No entanto, o bom humor foi verificado em quase todos os setores, na esteira do noticiário relativamente positivo sobre o coronavírus. Segundo dados compilados pela Universidade John Hopkins, o número de casos ultrapassou a marca de três milhões globalmente, mas as perspectivas de relaxamento das medidas de distanciamento social animou investidores.

Na Itália, a "fase 2" do combate à covid-19 começa na próxima semana, com abertura de parques públicos e permissão para funerais. Na Espanha, crianças puderam sair às ruas para brincar ontem. Já nos Estados Unidos, alguns Estados, como Georgia, Alaska e Oklahoma, já autorizaram a reabertura de alguns estabelecimentos.

Em Nova York, onde o número de mortes diarias ficou abaixo de 400 no final de semana, o governador Andrew Cuomo revelou que alguns condados poderão retomar algumas atividades em 15 de maio

"No fim de semana, os números globais do vírus continuaram a mostrar um quadro encorajador, com novos números de infecções, mortes e números de hospitalizações, todos em queda. O foco agora se volta cada vez mais para a fase de reabertura", avalia o Danske Bank.

A ação da Boeing terminou em baixa de 0,23%, após a gigante da aviação americana cancelar o acordo para a compra do braço comercial da Embraer. Hoje, o CEO da companhia, David Calhoun, afirmou que o setor não deve se recuperar pelos próximos dois ou três anos. O American Depositary Receipt (ADR) da brasileira despencou 6,24%.

Já a ação da Apple teve leve alta de 0,07% depois de o Wall Street Journal noticiar, citando fontes, que a empresa deve atrasar a produção de iPhones por alguns meses, por conta do coronavíurs. Por outro lado, General Motors avançou 2,35%, mesmo com a suspensão do pagamento de dividendos também devido à doença.

Por André Marinho
Estadão Conteúdo

Covid-19: mais de duas mil sanitizações foram realizadas em 4 semanas

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Com o intuito de evitar que espaços públicos com grande circulação de pessoas se tornem foco de disseminação da Covid-19, a Prefeitura de Teresina já realizou mais de duas mil ações de sanitização com a pulverização de soluções de água com hipoclorito de sódio durante quatro semanas.

Do total de 2.203 ações, 616 foram realizadas em Unidades de Saúde, 367 em lotéricas e bancos, 169 em grandes supermercados, 89 em terminais de ônibus, 387 paradas abertas e integradas e 48 visitas em mercados municipais. Além desses pontos, shoppings, calçadões do centro, instituições públicas, cemitérios, delegacias, aeroporto, rodoviária, Polo de Saúde e outros espaços públicos que seguem em funcionamento durante a quarentena, recebem a visita dos agentes da prefeitura cerca de três vezes por semana.

De acordo com o Secretario Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marco Antonio Ayres, diariamente são utilizados 225 Kg de hipoclorito de sódio e 15 mil litros da solução é pulverizada por agentes utilizando bombas costais, caminhões pipas e carros fumaceiros, nos turnos manhã e tarde, de segunda a sábado.

“A prefeitura tem atuado com foco em evitar que os locais de funcionamento essencial para a população não se tornem ambientes de contaminação do coronavírus, mas reforçamos para a população que o nosso pedido principal é que fiquem em em suas residências, evitem reuniões com amigos em casa e sigam as orientações de higiene e proteção pessoal”, conclui o gestor.

Da Redação
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Brasil registra 338 mortes por coronavírus em 24 horas; total chega a 4.543

O Brasil registrou 338 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados atualizados nesta segunda-feira, 27, pelo Ministério da Saúde. Com isso, o total oficial de vítimas da covid-19 no País chegou a 4.543. Até domingo, eram 4.205 óbitos.

O número total de casos confirmados subiu de 61.888 para 66.501, sendo 4.613 novos casos registrados de ontem para hoje. A taxa de letalidade está em 6,8%.

É importante ressaltar ainda que esses números não incluem as subnotificações, ou seja, pessoas que morreram nos últimos dias com os mesmos sintomas causados pelo novo coronavírus, mas que não tiveram a causa da morte investigada ou concluída até o momento.

Foto: Erasmo Salomão/MS

Testes

Conforme mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, uma série de falhas e divergências entre os sistemas de registro de testes do Ministério da Saúde e dos Estados impede que o País saiba o número real de exames de coronavírus que foram realizados desde o início da pandemia. A falta de controle do governo brasileiro sobre o número de testados é um dos fatores que dificultam o entendimento do real alcance da epidemia no país.

Levantamento feito pela reportagem com as 27 secretarias estaduais da Saúde do País e com o Ministério da Saúde descobriu problemas como duplicidade de registros, números não informados por incompatibilidade de sistemas e até casos em que exames para outros vírus respiratórios, como o da gripe, estão sendo contabilizados como testes do novo coronavírus.

Até o dia 23 de abril, o número de testes de coronavírus contabilizados pelo Ministério da Saúde era de 151.463. Já o volume de exames informado pelos Estados para o mesmo período era de 178.345. Independentemente da fonte considerada, o Brasil tem uma taxa de testagem hoje de 29 a 13 vezes menor do que a da Alemanha, Itália, Estados Unidos e Coreia do Sul, países que vêm investindo na ampliação dos exames para monitoramento ou controle da pandemia de covid-19.

 

Por Vinícius Valfré e Anne Warth
Estadão Conteúdo

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