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Fórmula 1 antecipa e estende férias por causa da pandemia do coronavírus

Foto: Mark Sutton / LAT Images / Pirelli

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou, nesta terça-feira, que vai estender o prazo de fechamento compulsório das fábricas das equipes de Fórmula 1. A paralisação que era de 35 dias passou para 63 dias.

As fábricas dos fabricantes de motores também teve um aumento no período de tempo que permanecerão fechadas, passando de 35 para 49 dias. As fábricas costumam ter um período de 14 dias de paralisação em agosto, quando acontecem as férias, mas este tempo foi antecipado e estendido (pela segunda vez) por causa da pandemia do coronavírus.

"Tendo em vista o impacto global do coronavírus, que atualmente afeta a organização dos eventos do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA, o Conselho Mundial de Automobilismo aprovou uma alteração no Regulamento Esportivo da FIA de Fórmula 1 - 2020, mudando o período de férias de julho e agosto, para março e abril, estendendo-o de 14 para 21 dias. Portanto, todos os concorrentes devem observar um período de paralisação de 21 dias consecutivos durante os meses de março e/ou abril", informou a nota.

Das 18 provas previstas para a temporada, três já foram canceladas (Austrália, Mônaco e França). Outras sete corridas foram adiadas. A expectativa é de que o campeonato tenha início em 5 de julho, com a disputa do GP da Áustria.

Fonte: Estadão Conteúdo

Dólar tem forte queda de 2,5% com realização de ganhos e fecha em R$ 5,51

O dólar teve um dia de forte queda, após a sequência de altas recentes que levou a moeda a se aproximar de R$ 5,74. Nesta terça-feira, 28, chegou a cair abaixo de R$ 5,50. O enfraquecimento da moeda americana no exterior, o ambiente político menos tenso nesta terça-feira e bancos diminuindo projeção de corte da taxa básica de juros em maio apoiaram uma realização de ganhos. Ao contrário dos últimos dias, o real foi hoje a moeda com melhor desempenho ante o dólar no exterior. O dólar à vista fechou em queda de 2,55%, cotado em R$ 5,5151, enquanto o dólar para maio fechou em R$ 5,4960 (-2,85%).

O Banco Central, que fez quatro intervenções ao todo nesta segunda, 27, e oito na sexta-feira, 24, hoje só fez a rolagem diária de swaps cambiais. Entre a máxima, R$ 5,63, e a mínima de hoje, a R$ 5,47, a moeda americana caiu 16 centavos. "O câmbio se recuperou hoje do exagero da subida dos últimos dias", afirma o chefe da mesa de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem.

Na reunião de política monetária de maio, o sócio da gestora Ibiuna Investimentos, Rodrigo Azevedo, ex-diretor do Banco Central, considera que o BC vai avaliar que tem condições de cortar os juros em ritmo mais forte, mas vai optar por reduzir em 0,50 ponto porcentual, por causa do câmbio. Os canais de transmissão via crédito e expectativas de inflação justificam cortes maiores, mas o dólar deve limitar este movimento. "O problema grande que temos é o câmbio", disse Azevedo em live da Genial Investimentos hoje.

A atuação do BC no câmbio, avalia Azevedo, tem sido "parcimoniosa". Considerando o tamanho das reservas brasileiras, a instituição poderia ser muito mais agressiva. A ação do BC tem sido muito focada em restabelecer as condições de liquidez e de formação da taxa de câmbio, e não para influenciar o nível dos preços do dólar. O ex-diretor do BC ressaltou que a moeda americana não está forte apenas no Brasil, mas na economia mundial, e a dúvida que persiste é se, quando a crise do coronavírus se acalmar, este apetite pela moeda americana vai continuar.

Apesar da relativa calmaria hoje no mercado, a avaliação das mesas de câmbio é que a volatilidade deve persistir no câmbio. Os estrategistas do banco Morgan Stanley não descartam que o dólar teste níveis acima de R$ 6,00 nas próximas semanas, na medida em que os riscos aumentaram, inclusive o político, e os juros estão em trajetória de queda. Para o banco, a economia brasileira deve ter desempenho pior que o anteriormente previsto este ano e encolher 5,1%. "O Brasil está enfrentando uma crise sem precedentes." O Asa Bank também elevou a projeção para o dólar ao final do ano, de R$ 5,30 para R$ 6,00.

Por Altamiro Silva Junior
Estadão Conteúdo

Donald Trump volta destacar quadro 'difícil' no Brasil

Foto: Reprodução/ Instagram realdonaldtrump


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que, enquanto os especialistas acreditam que os piores dias da pandemia de coronavírus ficaram para trás, o país se prepara para a "segura e rápida" reabertura da economia americana. "Nossos esforços salvaram pelo menos 30 milhões de empregos", estimou, em pronunciamento durante cerimônia na Casa Branca sobre o programa de empréstimos a pequenas empresas (PPP, na sigla em inglês).

Segundo Trump, a demanda pelo instrumento está "extremamente alta", com a segunda etapa, iniciada ontem, tendo aprovado 450 mil empréstimos, totalizando mais de US$ 50 bilhões. Já na primeira etapa, foram concedidos US$ 349 bilhões em 1,6 milhão de concessões de crédito. "Pequenas empresas ficarão em boa posição após a pandemia", garantiu.

O republicano acrescentou que acredita que a recuperação será rápida e que o quarto trimestre do ano será "tremendo" em termos econômicos. "Acho que bateremos recordes no ano que vem. Espero que possamos voltar onde estávamos (antes da pandemia). Tínhamos a economia mais forte do planeta", disse, revelando que gosta da ideia de cortar impostos na folha de pagamento para impulsionar economia.

Trump também voltou a destacar a situação "difícil" da covid-19 no Brasil. Ele disse que, embora seja um "amigo muito bom" do presidente Jair Bolsonaro, entende que o País tem registrado avanço da doença. Segundo ele, o governo tem estudado a possibilidade de obrigar a realização de testes em todos os passageiros vindos de áreas fortemente afetadas pelo coronavírus "O Brasil está entrando nessa categoria", afirmou, criticando a China por não ter contido o vírus logo no início.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Firmino diz a vereadores que coronavírus está espalhado por todos os bairros de Teresina

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, se reuniu com os vereadores da capital nesta terça-feira (28) por meio de videoconferência e demonstrou preocupação com os casos da covid-19 na capital. Segundo ele, dados preliminares de uma pesquisa encomendada pelo município mostra que o coronavírus se espalhou por todos os bairros de Teresina, inclusive na zona Rural.

“Nós fizemos uma pesquisa na semana passada com o Instituto Opinar e fizemos essa semana de novo. Os dados estão chegando e devemos receber ainda hoje e publicar amanhã. Mas as poucas informações que nós temos é que já existe o espalhamento da infecção por toda a cidade de Teresina”, disse o prefeito.

A pesquisa envolve 900 pessoas e o objetivo é conhecer a situação da pandemia do coronavírus na cidade. 

Firmino também alertou para a explosão da doença nos estados do Ceará e Maranhão e que os reflexos já podem ser vistos em Teresina. Os dois estados juntos registram 9.446 casos e 548 mortes, segundo o boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde.

“A situação do Maranhão é a terceira do Nordeste. Isso nos preocupa. Lá houve um afrouxamento. Há duas semanas o governador manteve a quarentena apenas na ilha de São Luís e em Timon. O resto ficou a cargo de prefeitos, que cederam a pressão de empresários locais. Aqui em Teresina nós já estamos recebendo várias pessoas infectadas de Timon, de São Luís, de Lago da Pedra, de Balsas. Pessoas chegando do Maranhão para serem atendidas aqui”, disse o prefeito aos vereadores.

Firmino disse que Teresina é uma espécie de cidade maranhense também e cobrou mais empenho das autoridades do Maranhão. “A gente não pode deixar de ser solidário com o povo do Maranhão, mas eles precisam fazer a parte deles. Muitas pessoas chegam a Teresina para buscar atendimento. É necessário que a gente tenha uma conversa franca com o Maranhão. Nós estamos tentando uma conversa, enquanto isso nós colocamos reforço na barreira sanitária com Timon”, disse o prefeito, alertando para uma situação mais grave com a reabertura de determinados setores.

“A retomada de determinados setores pode fazer que a chegada de pacientes seja exponencial do Maranhão”, afirmou.

Com 277 casos e 9 óbitos, Firmino disse que Teresina ainda vive uma situação razoável. Ele também defende o não relacionamento com o Ceará no momento. “O grosso dos casos daqui foi através do Ceará. O Norte do Piauí é muito próximo ao Ceará. Boa parte dos óbitos tiveram relação com o Ceará. Não faz menor sentido, Fortaleza do jeito que está, a gente manter relações abertas. Não pode existir isso”, declarou, afirmando que a cidade está cercada de problemas, se referindo aos estados do Ceará e Maranhão.

“Estamos cercados de problemas, do lado tem o Ceará e do outro o Maranhão. O Norte do estado não está bem. Aqui em Teresina nós já temos multiplicação comunitária desse vírus. A zona leste foi onde começou, mas já se espalhou. Já existe infecção inclusive na zona rural”, afirmou.

Hérlon Moraes
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Procon faz reunião com escolas para discutir mensalidades

Foto: Arquivo CV

O Procon realizará nesta quarta-feira(29) uma reunião por videoconferência para discutir os contratos educacionais dos estabelecimentos de ensino particulares de Teresina, neste período de pandemia do novo coronavírus. 

 Devem participar representantes do sindicato das escolas particulares, dos pais de alunos, promotores do Grupo Regional de Promotorias Integradas de Saúde Suplementar e Relações de Consumo e entre outros. 

De acordo com o Ministério Público, o objetivo é chegar a um consenso referente às divergências sobre a educação à distância e os valores pagos nas mensalidades. 
 
Na reunião desta quarta(29), que ocorrer a partir das 9h30, será abordado temas  exclusivamente sobre a educação infantil.  E no dia seguinte, às 10 horas, a audiência será sobre ensino fundamental, médio e superior.

 “O Procon pretende alcançar a conciliação amigável do conflito, a fim de minimizar os efeitos negativos da pandemia para todas as partes e, consequentemente, preservar as relações de consumo”, informou o MP.

As aulas foram suspensas no dia 17 de março, com adiantamento das férias de julho por um mês. No dia 13 de abril retornaram de modo remoto, com aulas pela internet, mas o método tem dividido a opinião dos pais. 

 

Caroline Oliveira
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Com 474 novas mortes por coronavírus em 24 horas, Brasil bate recorde e ultrapassa China

O Brasil bateu um novo recorde de mortes registradas em 24 horas, com 474 óbitos, e ultrapassou a China no número de mortes causadas pelo novo coronavírus. O recorde anterior do Brasil era de 23 de abril, com 407 vítimas.

O país é agora o nono país com mais vítimas no mundo.

Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, ao todo 5.017 pessoas morreram por Covid-19. A China, por sua vez registra 4.637 mortos, a maioria em Wuhan, na província de Hubei (4.512).

No Brasil, os casos confirmados também estão mais concentrados em uma região, a Sudeste.

Os primeiros casos confirmados do novo coronavírus foram registrados em Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Já no início da pandemia o país determinou uma quarentena sem precedentes nas cidades afetadas. O isolamento, ao que tudo indica, levou a diminuição do número de novos casos confirmados por dia e culminou no relaxamento da quarentena no fim de março.

O recorde de mortes por coronavírus em 24 horas registradas na China aconteceu em 17 de fevereiro, após o país asiático adotar uma nova metodologia para confirmação de casos e vítimas.

A velocidade com que o vírus se alastra e causa mortes no Brasil é similar à observada na China. Ambos os países levaram cerca de dois meses para atingir os primeiros mil mortos após o registro do primeiro caso.

Os dados sobre mortes nos dois países desde o surgimento do vírus indicam que o Brasil ultrapassou a China devido à queda no número de novas mortes do país asiático. No intervalo de 18 dias, entre 29 de março e 16 de abril, a China registrou 42 mortes novas mortes. No mesmo período, O Brasil registrou 1.788.

Assim como na China, é possível que no Brasil haja subnotificação do número de pessoas infectadas e de mortes causadas pela Covid-19.

Foto: Genival Fernandez/Agência Pixel Press/Estadão Conteúdo

Em São Paulo, por exemplo, os cemitérios públicos têm recebido por dia entre 30 a 40 corpos de pessoas que morreram com suspeita de estarem contaminadas pelo novo coronavírus.

Por causa do atraso nos resultados dos testes laboratoriais que confirmariam a infecção, a maior parte desses óbitos não entrou nas estatísticas oficiais do Ministério da Saúde.

No início de abril, alguns estados e municípios brasileiros relataram uma média de 1 caso de coronavírus para cada 30 suspeitos. A falta de kits e a inexistência de uma portaria que detalhasse quais casos deveriam ser contabilizados como confirmados ou suspeitos foi apontada como sendo a possível causa para a subnotificação.

Após uma resposta inicial turbulenta, com direito a censura em redes sociais e restrição de informações, a China zerou pela primeira vez, em 18 de março, a transmissão local do Sars-CoV-2. Com os resultados positivos oriundos do isolamentos social, o país começou a ensaiar ainda em março o relaxamento da quarentena. No dia 28 daquele mês, o metrô voltou a funcionar junto com outros serviços de trem em Hubei.

Enquanto isso, no Brasil, os primeiros casos confirmados de transmissão sustentada eram anunciados pelas autoridades sanitárias do estado de São Paulo, onde a quarentena que estava prevista para chegar ao fim em 22 de abril foi prorrogada para 10 de maio.

No dia 22 de abril, o governador João Doria anunciou que a "reabertura econômica" do estado começaria em 11 de maio.

Apenas um dia mais tarde, porém, Doria disse afirmou que poderia voltar atrás quanto a reabertura caso os índices de isolamento social não ficassem acima de 50%.

Pelo menos 24 cidades de São Paulo flexibilizaram a quarentena via decreto a revelia das determinações do governo estadual. O governador ameaçou, inclusive, entrar na Justiça contra as prefeituras. Não foi preciso.

O Ministério Público suspendeu a reabertura do comércio em pelos menos 11 cidades que chegaram a reabrir lojas ou apontar datas para retomada.

Enquanto na China, ao que se sabe, não houve interrupções ou grandes manifestações contrárias a quarentena, no Brasil, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro –que se manifestou diversas vezes contra o isolamento social– têm participado de carreatas pedindo o impeachment do governador paulista e a reabertura da cidade.

Bolsonaro tem visto sua popularidade cair devido à forma como está gerindo a pandemia no país. O presidente chegou a demitir o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por manter a orientação a favor da quarentena.

Para evitar novo desgaste e a exposição de desacordos no alto escalão do governo, o novo ministro, Nelson Teich, passou por treinamento sobre como lidar com a imprensa.

Teich não começou bem e conta com a reprovação de secretários de Saúde. Segundo eles, não houve mais diálogo com o ministério desde o dia 17 de abril, quando o novo ministro tomou posse. Com Mandetta, afirmam, as conversas eram diárias.

Após críticas, o ministro marcou a primeira reunião com presidentes de conselhos de secretários para esta quarta (29).

Até o momento, os EUA registram o maior impacto do coronavírus no mundo. O país atingiu nesta terça 1 milhão de casos confirmados de Covid-19, marca inédita entre os 185 países impactados pela pandemia. O patamar alarmante foi atingido 12 dias depois que o presidente Donald Trump anunciou um plano para a reabertura econômica dos estados americanos.

MATHEUS MOREIRA, NATÁLIA CANCIAN E RENATO MACHADO
SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Ferramenta da ONU vai reúnir riscos de alagamento e Covid em Teresina

Um programa disponibilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a rpefeitura de Teresina foi adaptado para gerir e monitorar informações de riscos relacionados à Covid-19 , coletando informações como áreas com maior número de pessoas apresentando sintomas, entre outras. A ferramenta também auxilia no monitoramento de outros riscos como alagamentos e outras doenças transmissíveis. 

A ideia é que, com o auxílio das informações e relatórios obtidos através da plataforma, a Prefeitura consiga ser mais eficiente nas ações de combate a esses problemas relacionados.

“Com a plataforma, teremos uma maior facilidade de monitoramento dos nossos riscos, coordenando nossas atividades, direcionando recursos e esforços de forma mais eficiente. A ferramenta gera automaticamente relatórios de análises de risco e dá agilidade na tomada de decisões, além de facilitar o acesso a financiamentos para garantir recursos”, explica Gabriela Uchôa, servidora da prefeitura de Teresina que trabalha em parceria com a ONU Habitat.

A ferramenta permite que tanto técnicos como cidadãos enviem informações sobre riscos e problemas na cidade. 

Da redação
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Clubes da Espanha retomam 'treinos individuais' na próxima segunda-feira

O governo da Espanha decidiu iniciar um projeto que irá desacelerar o confinamento de forma gradual. Segundo o presidente Pedro Sanchez, o processo iniciará na próxima semana. Com isso, os clubes de futebol planejam retomar atividades.

O primeiro momento da reabertura dos clubes de futebol prevê "a abertura de sessões de treinamento individuais para atletas profissionais e federados". Em seguida, no dia 11 de maio, os centros de alto rendimento poderão ser abertos de forma definitiva.

Desta forma, os clubes poderão iniciar a retomada de atividades, se preparando para a volta dos jogos. O presidente da LaLiga (Campeonato Espanhol) já disse mais de uma vez que o torneio não corre risco de encerramento precoce.

O temor, porém, aumentou a partir do que houve com Holanda e França. Ambas as temporadas foram encerradas pela impossibilidade de realização de eventos esportivos até setembro.

Até o momento, encerramento da temporada na Espanha segue descartada. O Campeonato Espanhol foi paralisado em março, na 27ª rodada. O Barcelona lidera a competição com 58 pontos. O Real Madrid está em segundo com 56. O terceiro é o Sevilla, com 47.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS

 

Seguro-desemprego tem 200 mil pessoas em fila de espera após coronavírus

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A pandemia do novo coronavírus levou ao represamento de 200 mil benefícios de seguro-desemprego porque trabalhadores demitidos não conseguiram pedir o auxílio, informou o Ministério da Economia nesta terça-feira (28). O problema distorceu os dados do governo.

A pasta afirma que o fechamento de postos do Sine (Sistema Nacional de Emprego) durante a crise de saúde dificultou o acesso de trabalhadores. Muitos estão aptos a receber o benefício, mas não conseguiram fazer a solicitação.

Segundo o Ministério da Economia, foram registrados em março 537 mil pedidos por seguro-desemprego, uma queda de 3,5% em comparação com o mesmo período de 2019.

Na primeira quinzena de abril, por sua vez, foram 267 mil pedidos, retração de 13,8%.

"Por enquanto, neste primeiro instante de crise, passado mais de um mês, não verificamos nenhuma explosão [nas demissões]", disse o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys.

No acumulado de janeiro a abril, houve o registro de 1,8 milhão de pedidos, uma retração de 8,7% em relação ao mesmo período de 2019.

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, afirmou, no entanto, que houve um represamento de 200 mil pedidos após o início da pandemia.

"Temos uma pequena fila, de que estamos dando conta rapidamente. Essa demanda reprimida não passa de 200 mil em março e abril", disse.

Se esse contingente fosse contabilizado, porém, haveria um adicional de 150 mil pedidos, relativos aos 45 dias do mês de março e da primeira quinzena de abril deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019. Pela estimativa, a alta dos requerimentos no período poderia ser superior a 15% se não houvesse o represamento.

Segundo o Ministério da Economia, a contabilização foi prejudicada pelo fechamento das unidades do Sine, administradas pelos estados e municípios, levando a um represamento de requerimentos.

A pasta estima que há 200 mil trabalhadores demitidos e aptos ao benefício que não conseguiram fazer o pedido. O governo ressalta que é possível solicitar o auxílio pela internet.

Técnicos do governo trataram os dados como positivos.

Na avaliação do Ministério da Economia, a alta nos pedidos, considerando o represamento, não é expressiva. Seria, principalmente, um sinal de que o programa de preservação de empregos funciona: cortes de jornadas e salários, propostos pelo governo por meio de MP (medida provisória), estariam preservando postos de trabalho.

Desde o início do mês, já são mais de 4 milhões de trabalhadores com contrato suspenso ou salário e jornada reduzidos. A medida foi autorizada após a pandemia.

No programa, o governo entra com uma compensação em dinheiro para esses trabalhadores atingidos. A pasta estima que as pessoas tiveram, em média, uma redução de 15% da remuneração, já considerando a compensação do governo.

"Claro que temos, sim, um aumento do desemprego, vamos ter aumento, mas o Brasil está conseguindo preservar muitos empregos", afirmou Bianco.

O dado do seguro-desemprego é o primeiro indicador oficial sobre o mercado de trabalho divulgado após o agravamento da crise com o coronavírus.

Até então, o país vivia uma espécie de apagão estatístico nessa área.

Ainda não há, portanto, um dado preciso sobre a situação do emprego no país.

O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apresentava mensalmente o número de trabalhadores com carteira assinada, foi suspenso pelo governo e ainda não há nenhum dado deste ano.

A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) -pesquisa conduzida pelo IBGE por amostragem para medir informalidade e taxa de desemprego do país- traz dados até fevereiro, antes da crise. A pesquisa ainda terá de mudar por conta da pandemia e passará a ser feita pelo telefone, modelo sujeito a distorções.

Em outros países, como nos Estados Unidos, os dados do seguro-desemprego são liberados semanalmente pelo Departamento de Trabalho. Em cinco semanas, por exemplo, 26 milhões de americanos solicitaram o auxílio, indicado que foram fechados no mercado de trabalho local praticamente todos os postos criados nos últimos dez anos.

Até dezembro de 2018, o então Ministério do Trabalho (hoje incorporado à Economia) mantinha ativo o Painel do Seguro-Desemprego. Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, o painel foi desativado porque a quantidade de acessos não justificava a manutenção do sistema, "que exigia emprego de recursos e servidores."

O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensado sem justa causa. O valor do benefício varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.

A secretaria também informou neste mês que o Caged continuará suspenso até que haja a completa atualização das informações por parte das empresas.

No início deste ano, o governo já tinha mudado a divulgação dos dados, devido à migração do sistema usado pelas empresas para declarar dados como admissões, demissões, férias e reajustes salariais.

Enquanto usavam o Caged, os empresários tinham até o dia 7 de cada mês para lançar as informais. Com a mudança para o eSocial (sistema de escrituração que promete simplificar a prestação de informações), a data limite mudou para o dia 15.

Segundo o ministério, 17 mil empresas deixaram de lançar corretamente as informações de demissões realizadas em janeiro no sistema.

Com a pandemia, o ministério também afirma que as empresas passaram a ter dificuldade de enviar os dados, já que muitas estão fechadas e com dificuldade de fazer contado com escritórios de contabilidade.

BERNARDO CARAM E RICARDO DELLA COLETTA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Médico da Fifa defende o uso do cartão amarelo para jogador que cuspir em campo

Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press

 

Michel D’Hooghe, presidente do Comitê Médico da Fifa, defende a aplicação do cartão amarelo para os jogadores que cuspirem em campo quando a bola voltar a rolar pelos gramados. Segundo o belga, além de protocolos de segurança, esta é uma medida necessária diante deste período de pandemia do coronavírus.

"Cuspir em campo durante os jogos é uma prática comum no futebol e pouco higiênica. Por isso, quando o futebol voltar, penso que deveríamos evitá-la ao máximo. A questão é se isso será possível Talvez com um cartão amarelo", afirmou D’Hooghe, em entrevista ao jornal inglês Daily Telegraph.

"(Cuspir) É uma boa maneira de espalhar o vírus. E essa é uma das razões pelas quais temos de ter muito cuidado antes de a bola voltar a rolar. Não sou pessimista, mas neste momento sou muito cético relativamente a isso", completou o dirigente.

D’Hooghe tem demonstrado muito cuidado para a retomada das atividades no futebol. Há poucos dias, ele se mostrou contrário ao retorno de treinamentos e jogos. "É impossível que os jogadores respeitem uma distância de 1,5 m entre si."

Na Inglaterra, times como Arsenal, West Ham, Brighton e Tottenham já reiniciaram as atividades, sempre com trabalhos individuais e com os atletas chegando ao CT já trocados e sem usar os vestiários. Sexta-feira, os clubes ingleses terão uma reunião para discutir um provável retorno aos jogos, provavelmente em junho.

Fonte: Estadão Conteúdo

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