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Bio-Manguinhos e Butantan já preparam fábricas para vacina contra novo coronavírus

Foto: Instagram/butantanoficial

Os dois principais produtores de vacinas do Brasil, o Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, no Rio, e o Instituto Butantan, de São Paulo, entraram de vez na corrida pela produção da imunização contra o novo coronavírus com o avanço de acordos com empresas. As instituições também iniciaram o planejamento de adequação das fábricas para a manufatura do novo produto.

De acordo com Maurício Zuma, diretor do Bio-Manguinhos, a instituição busca um acordo para a produção de uma vacina no país em negociações com pelo menos quatro empresas. "Poderíamos começar a produção dessa vacina rapidamente, com capacidade para 40 milhões de doses por mês", diz. Esse número está dentro da capacidade instalada do instituto, uma vez que será possível adaptar linhas de produção atualmente usadas para outras vacinas.

"Planejamos a implementação de novos turnos de trabalho, juntamente com um rearranjo das atividades produtivas, de modo a garantir o aumento necessário da produtividade para atender a essa nova demanda", afirma o diretor.

Vacinas prioritárias, como as de febre amarela e tríplice viral, que imuniza contra o sarampo, não terão a fabricação afetada, segundo Zuma. No momento, a função do instituto, delegada pelo Ministério da Saúde, é fazer uma avaliação técnica das vacinas em desenvolvimento que estão em estágio mais avançado e também planejar como adequar a produção.

Atualmente, vacinas contra a Covid-19 em desenvolvimento no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Pelo menos 10 estão na fase de estudo clínico, quando o teste é feito em humanos.

As vacinas em estudo usam diferentes técnicas –algumas usam o vírus inativado e outras apenas o material genético do invasor para estimular resposta imunológica nas pessoas, por exemplo. Zuma diz que o instituto busca empresas que estão na frente nessa corrida e que a plataforma da vacina não vai ser um critério de exclusão na escolha.

"É importante não se precipitar no momento de escolher. Muitas dessas vacinas ainda precisam mostrar resultados e não podemos fazer uma escolha errada", afirma.

O governo de São Paulo anunciou na quinta-feira (11) uma parceria do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac Biotech para testar e produzir uma vacina contra o coronavírus . A estimativa é que ela esteja disponível até junho de 2021, se for aprovada nos testes.

"Essa é uma das vacinas com desenvolvimento mais avançado, e o Butantan já trabalha com vacinas do mesmo tipo contra raiva e dengue. Temos a fábrica, e a estrutura física pode ser rapidamente adaptada para sua produção", diz Dimas Covas, diretor-geral do Instituto Butantan.

A vacina da Sinovac usa pedaços inativados do novo coronavírus (que não podem causar a doença) para estimular a resposta imunológica e defender contra a Covid-19.
Segundo Covas, há negociações em andamento com outras empresas, entre elas a britânica AstraZeneca.

"Embora a vacina da Sinovac seja muito promissora, não dá para apostar 100% em uma só. O estudo clínico é decisivo. Muitas podem chegar a essa fase e apresentar problema", afirma.
A capacidade para a produção da vacina da Sinovac, caso ela seja aprovada, está perto de 30 milhões de doses por ciclo produtivo, de acordo com o diretor da instituição. Um ciclo produtivo dura pelo menos dois meses.

O avanço da pandemia no Brasil,, com a crescente circulação do vírus, também vai permitir resultados mais rápidos para a pesquisa com as possíveis vacinas, diz Covas. "A China não seria um bom lugar para fazer o estudo, com o número de casos diminuindo. O Brasil está em um momento propício para os estudos clínicos", afirma.

Um dos maiores desafios nessa produção deve ser a redução de pessoal devido ao distanciamento social imposto pela pandemia, aponta Zuma, do Bio-Manguinhos. "Temos baixa de funcionários, hoje trabalhamos com pouco mais de um terço do efetivo. Novas contratações podem ser necessárias", diz.

Em São Paulo, Covas não descarta cooperações com a USP (Universidade de São Paulo) e com alunos de pós-graduação do próprio instituto. "Temos corpo técnico de qualidade e pessoas com formação prática na fábrica. Além disso, somos uma escola que forma profissionais continuamente", afirma o cientista.

Butantan e Bio-Manguinhos também trabalham para desenvolver suas próprias vacinas. "Esse processo vai deixar um legado na agilização do estabelecimento de plataformas para a s vacinas; vai permitir a criação de um novo modelo", afirma Zuma.

"Fica a lição para não deixar de lado o investimento nas instituições públicas. Vacinas são estratégicas para o país e são questão de segurança nacional", completa.

Para Zuma, é haver união de esforços entre as instituições públicas e empresas. Segundo ele, há uma expectativa de que Bio-Manguinhos e Butantan sejam instituições chave para preencher a lacuna da vacina na América Latina.

"Temos de somar o máximo possível para aumentar a capacidade. Não é momento de concorrência agora; a disputa é com o vírus."



Fonte: Folhapress 

Teresina continua com baixo índice de isolamento; prefeito pede responsabilidade coletiva

Teresina continua a registrar índices bem abaixo do recomendado para conter a disseminação do novo coronavírus. Neste sábado (13), dia em que o Governo do Estado decretou lockdown parcial em todo o Piauí, a capital marcou apenas 42% de isolamento social. Na última semana os índices estiveram na mesma média de teresinenses descumprindo as medidas. Na sexta-feira, por exemplo, a cidade registrou o pior índice desde o início da quarentena, chegando a 39%.

O levantamento, feito pela Startup InLoco, apontou que a maior taxa de descumprimento foi no bairro Flor do Campo, que atingiu apenas 29,70% de isolamento. Já o maior índice foi registrado no bairro Bom Princípio, ficando em 50,10%.

Neste sábado, Teresina notificou 109 novos casos de COVID-19. Os dados são do Painel Epidemiológico da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que registrou também 10 novos óbitos nas últimas 24 horas. A capital agora tem 4.336 casos e 196 óbitos pela doença, sendo que 1.050 pessoas estão recuperadas.

Responsabilidade Coletiva

O prefeito de Teresina Firmino Filho reforça que o isolamento social é uma das principais formas de salvar mais vidas na luta contra o coronavírus. “É sempre tempo de relembrar que a nossa principal arma contra este inimigo invisível é o isolamento social. A população não pode ter a falsa sensação de segurança. É necessário que tenhamos cautela para a retomada das nossas atividades. Precisamos ver a diminuição do número de casos e também contar com a colaboração da população nesta responsabilidade coletiva que é ficar em casa”, pontua.


Da Redação
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Hospital de Campanha Estadual tem fluxo padronizado para evitar contaminações

Fotos: Governo do Piauí

O Hospital de Campanha Estadual (HCE) foi criado em caráter emergencial para tratar apenas pacientes com a Covid-19. Uma preocupação do hospital é evitar que os colaboradores se contaminem com a doença. Por isso, foi criado no hospital um sistema de fluxo de pacientes e colaboradores.

A estrutura hospitalar fica localizada na quadra do Ginásio Verdão, onde existem portas específicas para a entrada e a saída dos colaboradores. Já os túneis do verdão com várias salas e banheiros, que fica localizado abaixo da arquibancada, foi dividido em duas áreas.

“Durante a elaboração dos fluxos dos profissionais e dos pacientes, a gente tomou todo o cuidado devido, obedecendo as normas técnicas segundo a Anvisa, para evitar o cruzamento da área suja com a área limpa. Na área suja fica a rouparia, a central de lavagem, os banheiros dos pacientes e o necrotério. Na área limpa ficou o setor de nutrição, vestiários, refeitório dos colaboradores, sala de repouso e a parte administrativa do hospital”, explicou Herilane Cavalcante, enfermeira coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

Segundo a coordenadora, a rampa de acesso à estrutura hospitalar foi demarcada por faixas, onde cada uma indica a passagem específica de colaboradores paramentados e desparamentados, pacientes e resíduos. Na saída do hospital, há um local específico para a desparamentação e os profissionais devem sair pelo lado esquerdo. Já os resíduos saem pelo lado direito para evitar o cruzamento de profissionais com o lixo contaminado.

“Ao entrar no hospital, o colaborador se direciona ao setor que faz a entrega do kit do profissional, esse material está diferenciado para cada setor em que o profissional irá atuar. No kit tem todo o equipamento de proteção individual (EPI) necessário para o profissional e a roupa privativa. Ele se direciona ao vestiário para fazer a troca de roupas e logo após ele se direciona à área de paramentação, onde ele vai seguir todo uma sequência correta de como vai colocar os EPIs, bem como na área de desparamentação, tem todo um passo a passo de como deve retirar”, relatou a Herilane Cavalcante.

De acordo com Joel Rodrigues, coordenador geral do Projeto de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), no HCE, um dos objetivos é garantir a segurança dos pacientes e dos colaboradores. Assim, tomando todas as medidas possíveis para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.

“Essa é uma grande preocupação e a gente parabeniza por ter tudo padronizado, tudo claramente definido e como tem sido feito por parte da CCIH. A gente sempre vai alertando os colaboradores para, nos momentos de descontração, não baixarem a guarda no que se diz a respeito à segurança deles próprios para evitar a contaminação”, afirmou o coordenador.

O Hospital de Campanha Estadual possui 103 leitos, sendo 90 clínicos e 13 de estabilização. No momento, a unidade hospitalar possui 22 pacientes internados e 13 pessoas já receberam alta.

 

Da Redação
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Ministro Paulo Guedes quer priorizar concessões no BNDES

Foto: Alan Santos/PR

O BNDES vai operar com restrições e privilegiar recursos para o programa de concessões, visto como pivô da retomada planejada pela equipe econômica. A orientação foi dada pelo ministro Paulo Guedes (Economia).

Assessores e técnicos afirmam que, embora não haja limites definidos, o banco prevê atravessar a crise do coronavírus com menos de 30% de seu funding -recursos próprios para empréstimos- comprometido com operações emergenciais. O restante será destinado às operações de financiamento a concessões.

Para Guedes, elas serão chave do crescimento. Esse é um dos motivos para que o socorro setorial (montadoras, companhias aéreas e elétricas, por exemplo) seja aprovado com valores inferiores ao que foi solicitado.

As companhias aéreas foram as primeiras a pedir ajuda. Inicialmente, o setor apresentou proposta para linhas de crédito de R$ 8 bilhões, mas o banco só aceitou liberar metade.

No setor elétrico, as empresas queriam R$ 25 bilhões, mas deverão receber entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões.

Cada uma das quatro principais montadoras de automóveis pediu R$ 7 bilhões. Isso consumiria todo o dinheiro disponibilizado para a ajuda emergencial do banco. Surgiram então rumores da fragilidade do caixa da instituição. O banco ainda terá de devolver R$ 270 bilhões ao Tesouro até 2022, conforme estabelecido pela equipe econômica no começo do governo Jair Bolsonaro.

Nos bastidores, executivos da instituição dizem que há "conforto de caixa" para garantir a ajuda emergencial porque, desta vez, o risco está compartilhado por um sindicato de bancos.
O socorro sairá de "vários bolsos". Essa medida permitirá dividir o risco das operações e queimar menos recursos próprios nas operações de socorro à economia.

Eles afirmam ainda que, quando as conversas com o banco tiveram início, muitas empresas incluíram no cálculo de suas necessidades valores destinados ao aumento de salário de executivos, dívidas da empresa com o acionista (controlador), distribuição de dividendos e outras obrigações, que, na avaliação do banco, não se relacionam com a sobrevivência da companhia. Esse foi outro motivo para a redução dos valores aprovados.

O rigor na concessão do crédito, para que o dinheiro não fosse destinado para finalidades diferentes do ajuste de caixa, tem como objetivo cumprir uma recomendação de Guedes dada ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, de salvar, ao máximo, os recursos do bancos para o que o ministro chama de "segunda onda da crise".

Para tentar reduzir o impacto causado pelo coronavírus, a prioridade do BNDES será garantir os empréstimos de longo prazo para o programa de concessões em infraestrutura.

A expectativa de investimentos gira em torno de R$ 250 bilhões, caso somente o cronograma dos leilões do Ministério da Infraestrutura dos próximos dois anos seja mantido. A infraestrutura já responde por 41,4% dos inanciamentos do banco.

Esses projetos representam risco baixo com receita garantida porque se referem a negócios regulados, como estradas (pedágios) e aeroportos (tarifas). Há também projetos importantes em Minas e Energia.

A política de reserva de recursos do banco para os financiamentos das concessões foi revelada em uma videoconferência do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e de Montezano.
Mesmo sendo o grande beneficiado com a estratégia de Guedes, Tarcísio, que concentra a maior parte dos projetos de concessão, foi um dos que mais defenderam a ajuda do BNDES ao setor aéreo.

Para que a operação fosse viabilizada, o banco aceitou se tornar sócio das companhias, com até 20% de participação, caso não paguem o empréstimo. Sem a ajuda, na avaliação dos técnicos, haveria quebradeira no setor.

No setor elétrico, as garantias serão dadas pelos próprios consumidores por meio das contas de luz.
Ainda está em avaliação qual será o modelo para o setor automotivo.

Técnicos do banco afirmam que não existe um limite previamente estipulado para a ajuda emergencial. Eles, porém, confirmam que existe uma diretriz de equacionamento para preservar o plano de retomada.


Procurado, o BNDES não quis comentar.
 

SOCORRO DO BNDES A EMPRESAS

  • Setor aéreo

R$ 4 bilhões para cada empresa; pedido era de R$ 8 bilhões
BNDES pode ficar com até 20% de participação em caso de calote

  • Montadoras

Devem ganhar R$ 4 bilhões
matrizes das empresas precisam colocar parte do dinheiro na operação

  • Setor elétrico

Empresas devem receber entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões
Garantia deve ser a conta de luz do consumidor


Fonte: Folhapress 

Prioridade será garantir crédito às médias e pequenas empresas, diz Maia

Foto: Carolina Antunes/PR


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-SP), afirmou em entrevista à TV CNN Brasil que a Casa dará prioridade às medidas que garantam crédito às pequenas e médias empresas. Em sua avaliação, o setor, amplamente atingido pela crise da Covid-19, precisa ter acesso rápido ao crédito "para a economia poder avançar e haver garantia de empregos".

Maia comentou também a situação do funcionalismo público em meio à pandemia e elogiou a qualidade dos profissionais, principalmente das categoria de limpeza, educação, segurança e educação. Ainda assim, voltou a defender uma redução de "20% ou 30%" da cúpula do funcionalismo nos Três Poderes, mas lembrou que foi voto vencido nessa questão e que não teve apoio do governo, "nem do ministro Paulo Guedes".

"Em um momento como este, com queda tão brusca na arrecadação, poderia ter havido um gesto abrangendo os salários acima de R$ 10 mil, mas não houve. Isso não permite que desqualifiquemos os servidores públicos que têm sido tão importantes neste momento, como por exemplo, professores, garis, profissionais de saúde e segurança", disse.

O presidente da Câmara ressaltou a importância da medida que congelou promoções no funcionalismo nos próximos anos "que garantirá economia "de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões" e disse que será importante pactuar uma reforma administrativa. "Categorias da elite do serviço público precisarão ter carreiras mais longas e salários mais baixos", afirmou.

Sobre o sistema tributário do Brasil, o deputado defendeu uma melhora que permita reduzir a carga sobre os bens de consumo e um aperfeiçoamento na cobrança sobre a renda, principalmente "dos andares de cima". "Precisamos discutir isso rapidamente no segundo semestre", disse, referindo-se às reformas administrativa e tributária.

 

Fonte: Estadão Conteúdo 

Pandemia provoca redução de 50% de doação e Hemopi entra em estado de alerta

Fotos:Roberta Aline
Neste domingo (14) é celebrado o  Dia Mundial do Doador de Sangue. É nesta importante data que o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) faz um apelo que os doadores compareçam aos bancos de sangue do Estado. 
 
O diretor do Hemopi, Jurandir Martins, disse ao Cidadeverde.com que o Hemopi está em "estado de alerta" e que o número de doações de sangue durante a pandemia de Coronavírus reduziu 50%.  
 
Antes dos registros dos casos de Covid-19, o Hemopi recebia uma média de 4 mil doações mensais. Agora, o número caiu para 2 mil.  Neste mês de Junho,o Junho Vermelho, o Hemopi realiza uma série de ações para atrair novos doadores e desmistificar a doação de sangue. 
 
"A gente aproveita para dizer que não temos evidência de contágio do coronavírus através da transfusão  de sangue e durante a doação de sangue estamos obedecendo as medidas sanitárias e o processo de doação de sangue está seguro", ressalta o diretor Jurandir. Inclusive, uma cabine de desinfecção foi instalada na frente do Hemopi. 
 
O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro. O Hemopi buscou reforçar parcerias com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Exército e associações já que, com a medidas de isolamento, torcidas organizadas, faculdades, escolas e empresas, que mantinham doações  constantes, estão fechadas com o funcionamento reduzido.
 
 
"Estamos em estado de alerta e precisamos de doações.  Devido às medidas de isolamento social,  como fechamento do comércio e as medidas de proteção da população, diminuiu muito as doações. Defendemos as medidas de isolamento social  e as pessoas só devem sair de  casa em extrema necessidade, como é o caso doação de sangue", esclarece o diretor. 
 
Homens gays
 
O diretor adiantou ao Cidadeverde que, a partir desta semana, homens gays doações de sangue de homens gays serã aceitas no Hemopi. A autorização acontece  após decisão histórica do Supremo Tribunal Federal.
 
"Nesta semana vamos no adequar e homens gays poderão se candidatar a doar sangue. O Ministério da Saúde já publicou portaria autorizando a adequação à legislação", disse o diretor. 

Neste mês também é promovida a campanha Junho Laranja, dedicado ao combate à Leucemia. Segundo a última pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020/2022 devem ser diagnosticados no Brasil 5.920 casos novos de leucemia em homens e 4.890 em mulheres. Esses números correspondem a um risco estimado de 5,67 casos novos a cada 100 mil homens e 4,56 casos novos para cada 100 mil mulheres.

Carmen Campelo, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC-PI), destaca que é fundamental que ações nesse formato aconteçam como forma de combater a doença e ajudar todos que precisam receber transfusões. "É um mês com ações voltadas tanto para o combate à leucemia quanto para o reforço da doação de sangue. Precisamos que cada vez mais pessoas se tornem doadoras para ajudar pessoas que estão em tratamento ou mesmo que são vítimas de acidentes. Boa parte da população está apta a doar. Então, antes de tudo, isso é um gesto de amor e cuidado com o próximo e até com nós mesmos", comenta a presidente.

Foto:ArquivoCidadeverde.com

O técnico em edificações, Erison dos Santos, doador há três anos, reforça que doar sangue ajuda a salvar muitas vidas e que o mundo precisa de mais empatia. "Sempre gostei de ajudar o próximo. Preciso me colocar mais no lugar do outro, já que amanhã pode ser eu que precise de sangue. Recentemente, também me tornei doador de medula e a sensação de saber que estou fazendo um bem enorme a uma pessoa, me alegra e me conforta. A doação representa um ato de amor, de solidariedade e humildade", compartilha.

 
Critérios

Os requisitos básico para doar sangue é estar com bom estado de saúde e:

  • Pesar mais de 50 Kg
  • Ter idade entre 18 a 69. Menores de idade precisam de termo de autorização
  • Apresentar documento com foto 
  •  Estar alimentado. Evite alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue.
  • Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas.
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
  • Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
  • A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulher.
  • O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
 
O diretor Jurandir Martins informou, ainda, que para incentivar a doação neste mês de Junho, o aplicativo 99 está fazendo corridas gratuitas para o Hemopi. As doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira. Na manhã o horário de funcionamento é de 8h às 12h e à tarde de 13h às 17h.

As doações acontecem sem agendamento. Mas, quem ainda assim quiser agendar, pode entrar em contato com os bancos de sangue dos Estado através dos telefones:

Teresina 86 98894-6614
Parnaíba 86 9 8894-7159
Picos 89 98801-1717
Floriano 89 98801-1984 

 
 
 
Izabella Pimentel

Propostas para adiar a eleição têm PEC e "divisão" de poderes


Foto: Nelson Jr./STF

Desde que assumiu a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no último dia 25, o ministro Luís Roberto Barroso decidiu transformar a corte em uma "caixinha de sugestões" sobre como será realizada a eleição municipal deste ano em meio à pandemia.

Barroso tomou a iniciativa de marcar uma série de reuniões por videoconferência com cientistas, médicos, juízes e acadêmicos do direito eleitoral, com o objetivo de descobrir o cenário mais adequado para a votação.

Alguns desses médicos e cientistas voltarão a se reunir com Barroso, em encontro virtual previsto para a próxima terça-feira (16), do qual também participarão os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além de líderes partidários.

Alcolumbre e Maia serão responsáveis por colocar em votação no Congresso uma eventual PEC (proposta de emenda à Constituição) que trate do adiamento da eleição, que tem o primeiro turno marcado para 4 de outubro.

Até agora, a maioria dos especialistas ouvidos por Barroso defende que as eleições sejam postergadas para uma data ainda neste ano, sem a extensão dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. Eles sugerem também a possibilidade de mudanças de locais de votação e até reservar horários específicos para o voto de idosos.

Algumas propostas que demandariam alterações complexas, no entanto, têm sido descartadas. Um desses exemplos é a de uma eleição que aconteça em dois dias diferentes, um sábado e um domingo.
A postura atual de Barroso sobre o tema difere do que aconteceu nos últimos meses da gestão da ministra Rosa Weber à frente da presidência do TSE.

Ela delegou a tarefa da análise da viabilidade das eleições a um grupo de trabalho interno, que verificava as condições técnicas da Justiça Eleitoral. Esse colegiado vinha dizendo que há condições de fazer o pleito nas datas previstas, apesar da pandemia da Covid-19.

"O presidente Barroso está muito aberto à interlocução. É muito diferente a postura de uma presidência do TSE para a outra", afirma a advogada Maria Claudia Bucchianeri, fundadora da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), que se reuniu com Barroso na última quarta-feira (10).

A entidade é composta por advogados, juízes, membros do Ministério Público e acadêmicos. Em abril, já havia apresentado ao TSE um estudo com propostas sobre aspectos práticos e legais do adiamento da eleição para alguma data ainda deste ano.

Uma das questões legislativas que devem ser analisadas pelo Congresso, segundo Bucchianeri, é se a PEC que alteraria os dias da eleição poderia também dar poderes a Barroso para mudar, por meio de resolução, outras datas eleitorais fixas.

Alguns exemplos são o período das convenções (quando os partidos escolhem seus candidatos) e o prazo de registro das candidaturas. Caso esses poderes não sejam delegados à Justiça Eleitoral pela PEC, possíveis alterações dessas datas também teriam que ser votadas pelo Congresso, por meio de projetos de lei.

Em 1º de junho, Barroso participou de uma videoconferência com os presidentes dos 27 TREs (Tribunais Regionais Eleitorais), que unanimemente disseram que as eleições devem acontecer ainda em 2020. Eles propuseram, também, a dispensa da necessidade de identificação biométrica do eleitor e o alargamento do horário de votação.

"Em vez de terminar às 17h, pode terminar às 20h, por exemplo", diz Jatahy Junior, presidente do Coptrel (Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais) e do TRE da Bahia.

"Pensou-se também, mas esse não foi um posicionamento de todos, em dividir a votação por faixa etária. Por exemplo, os idosos votam pela manhã, e o restante da população, à tarde. Mas isso não seria impositivo, seria por meio de uma campanha educativa", afirma o magistrado.

Os presidentes descartaram eleições em dois dias, principalmente por causa da segurança das urnas eletrônicas durante a noite. Outro grupo que conversou com Barroso foi o de médicos e especialistas em áreas como estatística e biologia. Entre eles estavam os epidemiologistas Paulo Lotufo, professor da USP, e Ana Freitas Ribeiro, representante do Observatório da Covid-19.

"Foi uma reunião bastante objetiva. O ministro já tinha um rol de perguntas e o tempo inteiro ele batia na tecla da segurança", diz Lotufo. "Conversamos sobre as sugestões e fizemos a proposta mais conservadora possível, do primeiro turno em 29 de novembro e do segundo em 20 de dezembro."

A perspectiva atual, no entanto, é a de realização do primeiro turno antes dessa data, em 15 de novembro.

Ana Freitas Ribeiro afirma ter defendido que os eleitores usem álcool em gel logo após a votação, já que o produto não pode ser passado diretamente na urna eletrônica, sob o risco de danificá-la.

Na mesma ocasião, o presidente do TSE também conversou com o biólogo e youtuber Atila Iamarino, doutor em virologia.

Segundo ele, que também é colunista da Folha, a mudança de datas não é um fator decisivo para a segurança da eleição, até porque o Ministério da Saúde, diz Atila, não conseguiu fazer um controle seguro da epidemia no país que permita esse tipo de previsão.

"Eu entendo a mudança de datas para acomodar outras coisas, como preparar melhor os mesários ou ter mais tempo para fazer o recrutamento. Mas medidas são mais importantes do que os dias do ano", afirma o pesquisador.

Atila diz que outros fatores importantes devem ser levados em conta tanto pela Justiça Eleitoral quanto pelos municípios, como a possibilidade de aglomerações durante a campanha.

Também deve ser debatida previamente, na opinião dele, a forma como os eleitores se deslocarão até os locais de votação no dia da eleição.

Atila cita como mau exemplo as aglomerações causadas para o saque do auxílio emergencial. "Tudo o que dita a pandemia são ações humanas, e essas são as mais imprevisíveis no Brasil", afirma.

Na reunião da próxima semana com Maia e Alcolumbre, estarão presentes o biólogo e também médicos como o cancerologista Drauzio Varella e o infectologista David Uip, ex-coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

"Tenho estudado que nem um louco", diz Uip sobre a proposta que defenderá na videoconferência.

Procurado, o TSE disse que a partir das conversas Barroso relatou a Maia e Alcolumbre "um consenso médico sobre a necessidade do adiamento por algumas semanas -primeiro turno entre a segunda quinzena de novembro e o começo de dezembro- a fim de realizar o pleito com maior segurança e preparação para todos".

"Ficou ajustada uma conversa, mediada pelo ministro, entre esses especialistas e os líderes partidários, por videoconferência", afirmou em nota a corte eleitoral.

Fonte: Folhapress

Eduardo Costa faz teste rápido de Covid-19 durante live

Foto: Reprodução/Youtube

Depois de beijar o sertanejo Leonardo e dizer que iria beber e falar palavrão na próxima live, Eduardo Costa surpreendeu na apresentação desta sexta (12) por outro motivo. Passada quase uma hora do início da apresentação, o músico parou para fazer um teste rápido (IgM/IgG) de Covid-19, promovido por um patrocinador, que leva cerca de 15 minutos para ficar pronto.

"Eu quis muito fazer esse teste ao vivo para as pessoas não terem dúvida", disse o cantor, enquanto tinha seu sangue coletado por uma profissional da empresa. "Eu quero indicar para todos os empresários do Brasil esse produto, que é um negócio muito bacana e que você pode fazer esse teste na sua empresa. Os funcionários que derem positivo vão ficar em casa para se curar e a galera que está sem o vírus, ou já pegou e já sarou, essas pessoas podem voltar ao trabalho normalmente que vai ser uma beleza para todos nós. E o Brasil não para", disse Eduardo.

Depois de tocar mais algumas músicas, uma das apresentadoras da live apresentou o laudo com o resultado negativo, dizendo que Eduardo estava saudável. "Cachaça mata coronavírus", brincou o músico, citando outro patrocinador.

No entanto, de acordo com a Anvisa, o fato de o resultado do teste rápido ter dado negativo não é garantia de que a pessoa não tenha Covid-19, indicando apenas que não foram detectados anticorpos contra o vírus. "Considerando que esses anticorpos somente surgem em quantidades detectáveis alguns dias (pelo menos oito) depois da infecção, o teste somente tem alguma significância após esse período", diz o documento com perguntas e respostas sobre testes de Covid-19 publicado em 14 de maio. 

Se sua quantidade de anticorpos for baixa, o teste pode ter um falso negativo. Em abril, o Ministério da Saúde sob a gestão Mandetta já havia alertado que o teste rápido tem chance de acerto em apenas 25% dos casos.

"Assim sendo, esse teste isolado não serve para diagnosticar (confirmar ou descartar) infecção por Covid-19. O diagnóstico da doença deve ser feito por testes de RT-PCR", explica o órgão, advertindo que tais testes não possuem função de diagnóstico de infecção pela doença, tendo utilização relevante apenas no mapeamento do status imunológico de uma população que já teve o vírus ou foi exposta a ele. Segundo o documento, "o diagnóstico de Covid-19 deve ser feito por testes de RT-PCR", aqueles em que o material é coletado da nasofaringe com uma espécie de cotonete.

 

Fonte: Folhapress

Teresina registra 10 mortes por Covid-19 em 24 horas

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Teresina notificou, neste sábado (13), um total de 109 novos casos de Covid-19. De acordo com os dados do Painel Epidemiológico da Fundação Municipal de Saúde (FMS), foram registrados também 10 novos óbitos nas últimas 24 horas. Agora, a capital registra 4.336 casos e 196 óbitos pela doença, sendo que 1.050 pessoas estão recuperadas.

Dentre os 10 óbitos registrados, sete ocorreram neste sábado, um na sexta-feira (12), outro na quinta-feira (11) e um no mês de maio. Todos os pacientes tinham acima dos 50 anos e apresentavam comorbidades como hipertensão, diabetes, obesidade, asma, além de doenças cardiovasculares, pulmonares e renais. As zonas com maior ocorrência foram Sul (quatro casos), Norte (três casos), seguido das zonas Leste, Sudeste e Centro (um caso em cada).

Os índices de isolamento social em Teresina continuam abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde para diminuir a disseminação do novo coronavírus, que é de 73%. Na última sexta-feira (12), a capital registrou o pior índice de isolamento social, apenas 39,3%. A marca é a pior desde o início do levantamento feito pela Prefeitura de Teresina, a partir de março, para avaliar o cumprimento das medidas que pretendem diminuir a disseminação dos casos de Covid-19 na cidade.

“O mundo está enfrentando um momento muito difícil. Além de lamentar os óbitos e estender nossa solidariedade às famílias, informamos que a Prefeitura está seguindo o plano de contingência, mas reiteramos à população que devem ser mantidos os cuidados com a higiene. Pedimos também que só saiam de casa se for estritamente necessário”, afirma o presidente da FMS, Manoel de Moura.

 

Da redação
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Piauí tem lockdown parcial neste domingo; veja o que é permitido

Foto: Roberta Aline

Como medida mais rígida para reduzir o contágio do coronavírus e tentar aumentar o índice de isolamento, o goverandor Wellington Dias decretou "lockdown" parcial neste domingo (14) no Piauí.

Hoje podem funcionar apenas farmácias, drogarias,  serviços de saúde; serviços de segurança e vigilância; imprensa; delivery, exclusivamente para alimentação, e serviços de autoatendimento bancário.

Borracharias, postos de combustíveis e pontos de alimentação localizados às margens de rodovias, serviços de transporte de cargas e atividades agrícolas e agroindustriais também estão permitidos.

O Governo do Estado também reforça neste domingo  fiscalização para o monitoramento de aglomerações e consumo de bebidas em locais públicos.

Quanto ao transporte rodoviário intermunicipal de passageiros, o serviço está suspenso - exceto pelo transporte fretado de pacientes para  de saúde. O veículo que for usado para violar a medida será apreendido.

A imagem pode conter: texto que diz "SERVICOS AUTORIZADOS NO DOMINGO (14): Farmácias, drogarias e serviços de saúde Imprensa Serviços de segurança e vigilância Serviços de delivery, exclusivamente para alimentação, e serviços de autoatendimento bancário Borracharias, postos de combustíveis pontos de alimentação localizados às margens de rodovias, serviços de transporte de e atividades agrícolas e agroindustriais. Piauí GOVERNO DOESTADO"

 

Izabella Pimentel 
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