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Ministério da Saúde vai ampliar oferta de cloroquina para gestantes e crianças

Fonte: Folhapress

Apesar da falta de evidências científicas em relação ao tratamento e à prevenção da Covid-19, o Ministério da Saúde vai ampliar a oferta de cloroquina e hidroxicloroquina para gestantes e crianças com suspeita da doença no país, informou a pasta nesta segunda-feira (15).

A decisão ocorre no mesmo dia em que a FDA (agência que regula medicamentos nos Estados Unidos) revogou a autorização de uso emergencial do medicamento para tratar Covid-19 naquele país.

Ao comunicar a decisão, a agência dos EUA alegou que, com base em novos dados, não é mais razoável acreditar que a cloroquina e a hidroxicloroquina poderiam ser eficazes no tratamento da doença.

A medida, porém, não muda as orientações para uso do medicamento já aplicadas no Brasil, as quais devem ser agora ampliadas, afirmou a secretária de gestão em trabalho em saúde, Mayra Pinheiro. Segundo ela, a pasta vai divulgar novas orientações para uso do medicamento como forma de tratamento precoce também em crianças e gestantes.

"Estamos reeditando a primeira nota informativa acrescentando agora o tratamento precoce para dois grupos considerados de risco: gestantes e crianças", afirmou. De acordo com Pinheiro, a medida ocorre por causa de dados que apontam as gestantes entre o grupo com maior risco de desenvolver doenças graves."Da mesma forma as crianças, que no início julgávamos que seriam menos afetadas", completou ela, citando a possibilidade de ocorrência de síndrome grave entre esse grupo. Ainda há poucos dados, contudo, sobre a frequência desses quadros.

A nova medida também contraria parecer divulgado em maio pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que recomendou a médicos que o uso da cloroquina e hidroxicloroquina em crianças ficasse restrito apenas a estudos clínicos controlados, e não como rotina de tratamento precoce, como prevê o Ministério da Saúde.

Questionada, Pinheiro disse que segue as orientações da entidade, mas não respondeu sobre a divergência de diretrizes. Segundo ela, o documento ainda deixará a decisão sobre a oferta a critério dos médicos. A medida, porém, pode aumentar mais uma vez a pressão para uso desses medicamentos na rede de saúde.

A previsão é que o documento com as novas orientações seja divulgado ainda nesta segunda (15). A diretriz anterior da pasta, que estendia a possibilidade de uso da cloroquina para casos leves, já abria espaço para o uso em crianças, mas não havia orientações específicas para esse grupo, o que ocorre agora.
O modelo recomendado pelo ministério prevê indicação conjunta com o antibiótico azitromicina e doses que variam por fase de tratamento e sintomas leves, moderados ou graves.

No caso das crianças com sintomas leves, o uso deve ser recomendado em caso de presença de fatores de risco, como diabetes, hipertensão, obesidade, asma e cardiopatias, entre outros. A mesma ressalva não consta para casos moderados ou graves, de acordo com apresentação prévia da pasta.
Questionada sobre a nova posição adotada pela FDA, cujas decisões têm sido referência nos últimos anos para outras agências reguladoras no mundo, Pinheiro disse que a pasta não deve mudar suas recomendações.

"Seguimos tranquilos, serenos e seguros sobre nossa orientação", disse ela, para quem os dados e estudos citados pela agência não podem ser usados como referência para análise por terem "péssima qualidade metodológica". Ela admite, contudo, que não há dados consolidados que apontem eficácia. "Vamos continuar que o mundo continue produzindo evidências, o que deve levar algum tempo", disse.


Fonte: Folhapress

Brasil soma 44 mil mortos e 890 mil casos de Covid-19

Foto: Jorge Hely/FramePhoto/Folhapress

 

Com 729 mortes registradas nas últimas 24 horas, o Brasil chegou ao total de 44.118 óbitos devido à pandemia do novo coronavírus. No total, 891.556 pessoas foram infectadas com a Covid-19 no país

Os dados do Brasil foram compilados pelo consórcio entre Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL, em balanço divulgado às 20h desta segunda-feira (15). O levantamento é feito com a coleta de dados das Secretarias de Saúde dos estados.

Na sua 16ª semana de pandemia, o Brasil tem uma taxa de 20 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos e está cinco semanas adiante na pandemia, e o Reino Unido, que está em sua décima nona semana, têm 35 e 62 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 1,7 morte por 100 mil habitantes.

A comparação com os outros países e feita levando em consideração os dados consolidados pela Universidade Johns Hopkins, dos EUA. Até esta sexta, a instituição contabilizava mais de 7 milhões de casos do novo coronavírus em todo mundo e 423 mil mortes.

Na última sexta (12), o Brasil se tornou o segundo país com mais mortes por Covid-19. Dias antes, passou a marca de mais de 40 mil mortes, menos de três meses após o primeiro óbito por Covid-19, no dia 16 de março, em São Paulo. O primeiro caso de paciente com o diagnóstico da doença foi confirmado em 25 de fevereiro.

A iniciativa do consórcio de veículos de compilar e divulgar os dados sobre Covid-19 é uma resposta a atitudes recentes do governo Jair Bolsonaro, que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins, retirou informações do ar, deixou de divulgar totais de casos e mortes e divulgou informações conflitantes.

Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o portal do Ministério da Saúde que reúne dados sobre a epidemia voltou a informar no último dia 9 o total de mortes e casos acumulados até o momento. As informações haviam sido tiradas do ar no dia 5.

Nesta segunda, o governo federal divulgou o balanço, por volta das 19h, com o registro de 43.959 mortes e com 888.271 casos confirmados no país.

 

Fonte: FOLHAPRESS

 

Piauí tem mais de 500 casos e 19 mortes por covid em um dia; bebê de um ano está entre as vítimas

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Ampliada às 19h47

O Piauí registrou mais 19 mortes e 524 novos casos do novo coronavírus. Os dados foram atualizados na noite desta segunda-feira (15), pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Entre os óbitos, está um bebê de apenas um ano, de Parnaíba, litoral do estado.  

Com os números desta segunda-feira, são 393 óbitos e 10.881 testes positivos no total acumulado desde março. 

Dos novos óbitos, 10 são de pacientes de Teresina, que agora tem 217 mortes pelo coronavírus. Foram cinco homens (62, 68, 76, 88 e 90 anos) e cinco mulheres (46, 66, 70, 84 e 85 anos). 

Parnaíba é o segundo município em mortes por covid-19. Com mais dois registros nesta segunda-feira - uma menina de um ano e um homem de 61 anos - a cidade tem agora 33 óbitos. O bebê não tinha doenças que o colocasse em grupo de risco para o coronavírus. 

Barras chegou ao total de 10 óbitos com mais dois registros nesta segunda-feira: um homem de 90 anos e uma mulher de 72 anos. 

Também no Norte do estado, Cocal (mulher, 59 anos) e Buriti dos Lopes (homem, 60 anos), agora têm três mortes por covid-19 cada um. 

Palmeirais (mulher, 65 anos) e Manoel Emídio (mulher, 37 anos), tiveram novos registros. Cada município agora têm dois óbitos.  

Com a primeira vítima de Campo Grande do Piauí (homem, 58 anos), são 69 municípios que tiveram vidas perdidas na pandemia. 

A Sesapi contabiliza óbitos de pacientes ocorridos no dia e testes de falecidos em datas anteriores. Apesar da imprecisão, a estatística revela crescimento de óbitos quando analisado um cenário maior. Nos últimos sete dias, por exemplo, foram 128 mortes confirmadas, quase um terço do total. 

 

Casos confirmados
Alegrete, Assunção e Murici dos Portelas registraram seus primeiros casos. No Piauí, 184 dos 224 municípios têm ou tiveram pessoas infectadas pelo novo coronavírus. 

O total de 524 testes positivos em um único dia é a segunda maior marca desde o início da pandemia - o recorde é do dia 4 de junho, quando foram registrados 653. 

Entre os novos infectados estão um bebê de cinco meses e uma pessoa de 91 anos. 

Novos dados
A Sesapi fez alterações no painel de dados, que agora conta com a estimativa de recuperados e o total de testes realizados, entre os testes rápidos e os exames de contraprova feitos no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga (Lacen-PI). As informações foram inseridas no gráfico do Cidadeverde.com. 

Situação hospitalar
O número de internações estacionou em relação ao domingo - 668 leitos dedicados ao tratamento de covid-19 estão ocupados. As 13 altas médicas (709 no total acumulado) igualaram o número de novos pacientes. 

São 422 internados em leitos clínicos, 233 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 13 em estabilização. 

 

Fábio Lima
[email protected]

Óbitos por covid-19 aumentam 523% no Piauí em apenas um mês

Gráfico: Sesapi

O Piauí registrou um aumento de 523% no número de mortes por covid-19 em apenas um mês. No dia 14 de maio, segundo boletim da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), o estado contabilizou 60 óbitos. Exatos 30 dias depois, em 14 de junho, o número era cinco vezes maior, totalizando 374 mortes. A média é de 12,4 óbitos por dia.

Nesta segunda-feira (15), o governador Wellington Dias divulgou mais uma pesquisa onde ficou constatado o aumento da taxa de transmissibilidade da doença. O índice, que já foi de 0.9 subiu para 1. 3. A estimativa é de 134 mil pessoas infectadas. A pesquisa do Instituto Amostragem foi realizada de 10 a 13 de junho. Por conta disso, o governador decidiu não autorizar a retomada de novas atividades econômicas.

Casos confirmados

No dia 14 de maio, o Piauí tinha 1.905 pessoas contaminadas com o novo coronavírus, segundo os dados oficiais divulgados pela Sesapi. Um mês depois esse número saltou para 10.357 casos. O aumento é de 443% em 30 dias. A média nesse período foi de 345 testes positivos por dia para a covid-19.

“Tivemos um crescimento de infectados e índice de  transmissibilidade, adoecimento, agravamento e número de mortes. Temos uma situação em que havia uma meta de leitos de UTI, mas não foi alcançada. Isso nos coloca na posição de não avançar com as medidas”, destacou o governador ao apresentar os números da pesquisa.

O crescimento de casos se reflete diretamente na ocupação de leitos nos hospitais. O monitoramento da Sesapi mostra, por exemplo, que os leitos com respiradores já estão 61% ocupados. São 400 no total, sendo que só 156 estão livres.

Foto: Cidadeverde.com

Ainda de acordo com o monitoramento, nas UTIs do estado a ocupação é de 68,1%. São 342 leitos, sendo 223 com pacientes e 109 livres. A ocupação em Teresina dos leitos é 75,1%. Só restam 57 livres, de um total de 229.

Isolamento social

O governador mostrou ainda projeções feitas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O relatório apontou que o distanciamento social no estado caiu para 48% em relação aos últimos dados e a reprodutibilidade de infecção encontra-se em 1,3, ainda fora do ideal, implicando que a epidemia está em fase ascendente.

“No último final de semana, não obtivemos uma boa taxa de isolamento e isso é grave, pois estamos tendo um crescimento no número de óbitos, exigindo uma atenção maior, já que temos um problema nas condições para implantação de novos leitos e na contratação de novos profissionais. Isso nos impõe ainda a necessidade de um diálogo para encontrar uma solução e evitar o colapso”, ressaltou Wellington Dias.

 

 

 

Hérlon Moraes
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CRM propõe atendimento inicial de 30% das consultas para retomar serviços de saúde

Foto:Roberta Aline

O Conselho Regional de Medicina do Piauí estabeleceu diretrizes para o retorno gradual dos serviços médicos no Estado. Entre as principais mudanças propostas, está o agendamento de apenas 30% total  das consultas  que os médicos faziam antes da pandemia de Coronavírus.

Após os primeiros 15 dias de retomada, o CRM propõe que esse percentual  de agendamento pode ser de até 50%. Passado esse prazo, será realizada avaliação para verificar a possibilidade de aumentar ou manter esse percentual de atendimento.

Outra diretriz estabelecida pelo CRM para o reabertura dos serviços de saúde é o retorno gradual por especialidades em ambulatórios. Neste caso devem ser priorizadas  especialidades médicas com maior número de doentes crônicos e enfermidades tempo-sensíveis, onde um intervalo de tempo poderia representar um agravamento do quadro de saúde do paciente.

As diretrizes do CRM estabelecem uso de máscaras por todos, higienização frequente dos espaços, distanciamento em filas,  organização de elevadores e testagem de profissionais de saúde e colaboradores. Atendimentos em clínicas de imagem e laboratórios devem ser agendados e resultados de exames sejam liberados, quando possível,  via internet.

Sobre procedimento cirúrgicos eletivos, o CRM recomenda levar em consideração a indicação de cirurgias e procedimentos invasivos eletivos em pacientes portadores de risco para a forma grave da Covid-19.

Devem ser priorizadas cirurgias oncológicas, transplantes, traumas, pacientes em sofrimento intenso ou risco de infecção.  Os hospitais e clínicas devem informar aos pacientes sobre a progressão atual da pandemia e evidência de que pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos que desenvolveram Covid-19 no pós-operatório imediato evoluíram com maior gravidade da doença. Neste caso, a cirurgia será realizada apenas mediante assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido sobre Covid-19.

A médica conselheira do CRM, Aline Cerqueira, explica que as diretrizes foram elaboradas atendendo à solicitação do governo do Estado. 

“As diretrizes levam em consideração ,principalmente, a segurança da população tanto os pacientes quanto os acompanhantes quando buscarem novamente os atendimentos médicos. Será feita análise por parte do comitê gestor e só após publicação de decretos estaduais e municipais  é que realmente entrará em vigor. É uma proposta de restruturação dos serviços durante essa transição”, explica Aline.

O CRM afirma que entende que o distanciamento social é uma estratégia importante para o controle da disseminação do coronavírus, mas ressalta que pacientes portadores de doenças graves estão tendo agravamento no quadro de saúde durante a pandemia.

“Para esses pacientes que não podem ter tratamento interrompido nos vimos a necessidade  da retomada dos procedimento eletivos de maneira que essa população não  seja desfavorecida”, disse a conselheira Aline.

O CRM explica que durante a retomada gradual devem ser levadas em consideração as peculiaridades de cada estabelecimento de saúde. As mudanças serão acompanhadas por diretores técnicos. 

Veja aqui as diretrizes

Izabella Pimentel
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Cerimônia do Oscar é adiada para abril de 2021

Foto: Pixabay / download gratuito

 

 

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas e a Rede de Televisão ABC anunciaram nesta segunda-feira, 15, que a 93ª cerimônia do Oscar será no dia 25 de abril de 2021, como resultado da pandemia global causada pelo covid-19. A entrega, que será transmitida ao vivo, foi originalmente agendada para 28 de fevereiro de 2021. Coincidindo com a celebração do Oscar, o Museu da Academia de Cinema, inicialmente programado para ser aberto ao público em 14 de dezembro de 2020, será aberto em 30 de abril, também como resultado da crise da saúde.

"Há mais de um século, os filmes têm desempenhado um papel importante nos confortando, inspirando e entretendo nos momentos mais sombrios. Eles certamente têm feito isso este ano. Nossa esperança, ao estender o período de elegibilidade e a data de entrega, é fornecer a flexibilidade necessária para que os cineastas finalizem e lancem seus filmes sem serem penalizados por algo além do controle de qualquer pessoa", disseram o presidente da Academia David Rubin e o CEO da Academia, Dawn Hudson. "Este próximo Oscar e a abertura do nosso novo museu marcarão um momento histórico, reunindo fãs de cinema ao redor do mundo para se unirem através do cinema".

"Nós nos encontramos em território desconhecido neste ano e continuaremos a trabalhar com nossos parceiros na Academia para garantir que o show do próximo ano seja um evento seguro e comemorativo que também capture a emoção da abertura do Museu de Cinema da Academia", disse Karey Burke, presidente da ABC Entertainment.

O Museu da Academia de Cinema, projetado pelo arquiteto Renzo Piano, vencedor do prêmio Pritzker, e com seis andares de espaços para exposições, espaços educacionais e para eventos especiais, um estúdio de conservação, um restaurante, uma loja de museu, o David Geffen Theatre, com 1.000 lugares, e O Teatro Ted Mann, com 288 lugares, será inaugurado em 30 de abril de 2021.

Bill Kramer, diretor do Museu de Cinema da Academia, disse: "Falo por todos nós no Museu quando digo que estamos aguardando ansiosamente o momento em que podemos compartilhar o Museu da Academia com os amantes do cinema em todos os lugares. Com a pandemia sem precedentes ocorrendo em todo o mundo e nosso compromisso principalmente com a saúde e a segurança de nossos visitantes e funcionários, tomamos a difícil decisão de esperar mais alguns meses para abrir nossas portas. Felizmente, com os protocolos de segurança em vigor, as exposições continuam sendo instaladas. Estamos ansiosos para abril de 2021, quando Los Angeles e o mundo poderão se unir enquanto a Academia celebra o Oscar e a abertura de seu tão sonhado museu."

As datas também mudaram para o período de elegibilidade do Oscar, prazos de inscrição e eventos relacionados à temporada de prêmios. O período de elegibilidade para a consideração do Oscar foi estendido além do prazo padrão de 31 de dezembro: um filme agora deve ter uma data de estreia qualificada entre 1 de janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. O prazo de inscrição para categorias especiais (Animação, Documentário O longa-metragem, curta-metragem documental, longa-metragem internacional, curta-metragem de animação e curta-metragem de ação ao vivo) é 1º de dezembro de 2020. O prazo de inscrição para categorias gerais de inscrições, incluindo Melhor Filme, Trilha Original e Canção Original, é 15 de janeiro de 2021. Visite oscars.org/rules para obter as regras completas do 93º Oscar, revisadas com essas datas e prazos.

Fonte: Estadão Conteúdo

Paróquia cancela procissão terrestre e fluvial a São Pedro Apóstolo e Pescador

Créditos: Pascom/PNSPS

A Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro comunicou na tarde desta segunda (15) o cancelamento das atividades religiosas com participação do grande público do Novenário de São Pedro Apóstolo e Pescador 2020, que seria realizado pela Comunidade Nossa Senhora do Amparo, no bairro Poti Velho, na zona Norte de Teresina. Essa é a primeira vez em que a procissão fluvial é cancelado em mais de 69 anos de festejo. 

Em comunicado, a paróquia diz que obedece os decretos estadual e municipal "acerca das medidas preventivas públicas contra a pandemia da Covid-19", bem como as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e da Arquidiocese de Teresina. 

Com a suspensão da atividade presencial ao grande pública, o comunidade reforça que "o novenário em honra a São Pedro Apóstolo e Pescador (atividade exclusivamente religiosa e de responsabilidade de Igreja) será transmitido pelas mídias sociais da paróquia durante o período de praxe que celebramos (20  a 29 de junho)". A equipe para a realização do novenário será composta por oito participantes, ressalta. 

"Vale ressaltar que não realizaremos procissão terrestre e fluvial e não compactuaremos com quaisquer atos que promovam aglomerações", diz a nota. 

O pároco Francisco das Chagas Santos Martins acrescenta que "realizar o 66º Novenário em honra a São Pedro Apóstolo e Pescador é reconhecer que o bairro Poti Velho preserva a identidade para as gerações futuras, mantendo viva a fé dos devotos e, neste ano incomum, oportunizar às famílias estarem em casa acompanhando nossa celebração diária". 

 

Carlienne Carpaso
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Técnica de enfermagem dança, vídeo viraliza e ganha até dublagem

Em meio a pandemia da Covid-19, fica difícil encontrar alegrias dentro de uma unidade hospitalar voltada para atender casos grave da doença. Mesmo sem atuar diretamente na "Ala Covid-19", a técnica de enfermagem Keity Soraia Monteirro conseguiu arrancar alguns sorrisos das pacientes e amigas de trabalho que presenciaram uma "dança" inesperada em um dos postos de enfermagem da Maternidade Dona Evangelina Rosa. 

A dança contagiou quem viu na hora e muitos internautas, após divulgação do vídeo nas redes sociais. O vídeo começou a ser compartilhado e até ganhou uma montagem de um humorista piauiense. A dublagem publicada em um perfil de humor já possui mais de 7 mil visualizações.

O vídeo foi gravado ao final da tarde de um plantão de 12 horas na semana passada. Nele, a técnica de enfermagem recorda da época em que era dançarina em quadrilhas de festa junina.  Com mais de dez anos de profissão, sendo quatro atuando na Evangelina Rosa,  keity diz que apesar das dificuldades ama o que faz, incluindo o local de trabalho.

"Eu sou muito brincalhona. Esse vídeo a gente tinha terminado de fazer todas as medicações e conferir todas as pacientes. Estávamos no posto aguardando algum chamado. Estávamos conversando e uma colega colocou um 'forró antigo' . Eu comecei a dançar porque queria imitar um vídeo engraçado que vi, de uma pessoa dançando. No começo, pensei que ela estava filmando apenas os meus pés, mas depois vi que me aparecia toda. Fiquei assustada com a repercussão, e depois com uma parodia que fizeram do vídeo. Achei a maior graça"

A técnica diz que algumas pessoas a repreenderam sobre dançar no local de trabalho. "Vieram me falar que era crime.  Já estamos vivendo tanta coisa triste, essa pandemia, eu só estava levando alegria para o meu local de trabalho, para as minhas amigas. Temos uma equipe muito boa. Não é crime levar alegria. Eu amo o meu trabalho e precisamos ser mais alegres, principalmente agora com tantas dificuldades e tristezas com a pandemia". 

 

 

Carlienne Carpaso
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HGV abre mais 10 leitos de UTI e amplia vagas em 100% durante pandemia

Fotos: Divulgação CCOM

A meta é que, até o fim deste mês, o hospital tenha 50 leitos de terapia intensiva para atendimento a pacientes em estado mais grave da doença.

Com o objetivo de ampliar e fortalecer a capacidade de atendimento a pacientes com Covid-19, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) abriu 10 novos leitos de UTI a partir desta segunda-feira (15), totalizando 40 unidades de terapia intensiva exclusivas para o tratamento do novo coronavírus, além de 40 leitos clínicos. O hospital conta também com 16 leitos para outras patologias.

Logo no início da pandemia, o HGV instalou 20 leitos de UTI para atender pessoas com Covid, e agora com mais 20, expande em 100% o número de vagas. A aquisição se deve graças ao Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde e Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh), órgão que gerencia o Getúlio Vargas.

A expectativa da direção do HGV é de que, até o fim do mês, mais 10 leitos equipados com respiradores sejam preparados para atuar no atendimento dos casos mais graves da Covid-19. Um andar inteiro do hospital foi isolado e preparado para servir como área covid.

"Estamos com áreas isoladas e aptas para o recebimento de casos suspeitos da Covid-19 e estruturas exclusivas para outras especialidades. Também temos capacidade modular para abrir novas unidades de suporte aos pacientes com a doença, o que será avaliado de acordo com a evolução do número de casos em nossa região, podemos chegar a 50 leitos de UTI", avalia o diretor-geral do HGV, Gilberto Albuquerque.

Os primeiros dias de junho, mesmo com a ampliação dos leitos de UTIs para a Covid-19, a ocupação chegou a 87,5% nesta segunda-feira (15).

Para o presidente da FEPISERH, Pablo Santos, é preciso reforçar a estruturação do hospital neste período que culmina com o pico da pandemia. “Estamos ampliando os leitos de UTI e clínicos para tratamento da Covid desde o início da pandemia, que devem chegar a 50 até o mês de julho, assim como, reforçando as medidas de proteção e segurança, assegurando um atendimento de qualidade à população que venha a ser acolhida no HGV. Vale ressaltar que o isolamento social continua e deve ser obedecido por todos para evitarmos um colapso no sistema de saúde do Estado”, destaca o gestor.

Da Redação
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FGV avisa ao governo que pico da covid no Piauí só deve ocorrer em setembro

Foto: Ccom

Um relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentado nesta segunda-feira (15) ao governador Wellington Dias (PT), mostra que o pico da covid-19 no Piauí só deve ocorrer em setembro. Segundo as projeções, a epidemia está ampla fase de crescimento no estado.

“O inquérito sorológico mostra que a tendência ainda é crescente. A média móvel da incidência de casos, ou seja, casos novos, continua crescendo. O mesmo é observado na média de incidência de óbitos. A projeção da curva epidêmica mostra que o pico será só em setembro”, disse Eduardo Massad, da FGV.

A conclusão do relatório da FGV aponta que o distanciamento caiu para 48% em relação aos últimos relatórios. A reprodutibilidade de infecção encontra-se em 1,3, ainda longe do ideal, implicando que a epidemia se encontra em fase ascendente. 

De acordo com a FGV, haverá um aumento exponencial dos casos nas próximas semanas. A média móvel da taxa diária de casos quanto de óbitos apresenta crescimento ascendente, sem sinais de estabilização. 

Segundo Massad, apesar do quadro preocupante de epidemia ascendente, a fração de ocupação dos leitos de UTI, atualmente em torno de 62%, permite um planejamento racional para aumentar o distanciamento social. 

“Dá para começar a discutir o relaxamento das medidas, mas com muita cautela, uma vez que o estado está numa situação confortável por ter se precavido. No entanto, a pandemia ainda poderá durar diversos meses. A incidência calculada a partir do inquérito sorológico é uma função linear crescente”, pontuou.

O governador fez um alerta sobre os dados e orientou sobre a importância do isolamento social, o uso de máscaras e do aplicativo monitora Covid-19. 

“Temos trabalhado de uma forma preventiva em todo estado, com a ampliação de leitos, por exemplo, mas nesse momento precisamos alertar às pessoas que ainda é necessário continuarmos com as medidas de prevenção. Estamos nos aproximando do esgotamento de profissionais e de medicamentos. Esperamos melhorar os índices para que possamos dar novos passos para a flexibilização”, disse o chefe do executivo estadual.

Hérlon Moraes (Com informações da Ccom)
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