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Menina de 11 anos grávida por abuso deve ir para casa de apoio

Foto: Paulo Barros/CCom

Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, onde menina e bebê estão internados.

Deverá ser encaminhada a uma casa de acolhimento a menina de 11 anos grávida por abuso. O pai é o principal suspeito do crime e a menina já tem histórico de abandono, segundo o Conselho Tutelar de Luís Correia, onde o caso foi registrado.

De acordo com a coordenadora do Conselho Tutelar de Luís Correia, Vanessa Damasceno, como a menina morava com o pai e a madrasta, ela poderá ser amparada por algum centro de apoio. “Ela pode ir para uma casa de acolhimento”, explicou. 

A conselheira relatou ainda que a mãe biológica da menina, que reside em Ilha Grande de Santa Isabel, acompanhou a filha na internação no hospital e também está gestante de seis meses. Segundo a conselheira, a mãe se diz impossibilitada de cuidar da menina.

“A criança tanto em sala de aula como nas atividades extraclasse sempre mostrou-se recatada e tímida. Por ser novata, não tínhamos conhecimento e nem convívio com a família da mesma. Nesse período quem a trazia e pegava era o pai. Com o passar dos dias, os professores e funcionários foram percebendo que a atenção era fora do comum.  No início de agosto, ao retornarmos, foi percebido a mudança corporal”, informou a diretora da escola em um vídeo enviado à TV Cidade Verde.

Estado de saúde

A criança e o bebê continuam internados em estado estável no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba. O bebê é prematuro e está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). 

A coordenadora do Conselho Tutelar de Luís Correia  informou que a criança recém-nascida está estável ganhando peso. “Estamos acompanhando de perto desde que recebemos a denúncia, por parte da escola. Primeiramente conversamos com o pai da criança, que até então ainda era o responsável por ela, que iríamos levá-la para alguns exames no Heda. Fizemos com que ele não desconfiasse. Lá foi confirmada a gravidez de seis meses”, relatou Vanessa.

Os exames na menina detectaram que a gestação era de risco e ela estava com pouco líquido. Ela foi submetida a uma cesariana para dar a luz ao bebê prematuro.

O acompanhamento da menina por parte do conselho iniciou há duas semanas. “Quando entramos em contato com ela, o que ficou aparente é que a barriga dela estava um pouco grande, mas nada que tivéssemos certeza da gravidez, por isso a necessidade dos exames”, explicou Vanessa. 

Prisão preventiva

Até o momento, o pai da menina - suspeito do abuso sexual e principal alvo das denúncias - ainda não foi preso preventivamente. O caso é investigado pela Delegacia de Luís Correia e aguarda um parecer do Judiciário para encaminhar as medidas cautelares.

Visita do pai

O Conselho Tutelar solicitou ao Heda que reforce o monitoramento das visitas à menina. Denúncias alertaram que o pai, principal suspeito do abuso, teria ido visitar a filha na enfermaria. 

Furto no conselho

Cinco conselheiros tutelares acompanham o caso em regime de plantão. A coordenadora lamentou que durante o processo de acompanhamento da menina o Conselho chegou a ser roubado, de onde foi levado um dos veículos. “Invadiram a sede e roubaram nossa moto”, lamentou a coordenadora.

 

Valmir Macêdo
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