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Idealizado há 60 anos, primeira fase do terminal pesqueiro do Porto de Luís Correia é entregue

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Atualizada às 8h15

Por Yala Sena (direto de Luís Correia) 

Obra sonhada desde o período imperial e idealizada na década de 1960, o Porto de Luís Correia ganha seu mais importante pontapé. Nesta quarta-feira (13), o governo do estado inaugura a primeira etapa do Terminal Pesqueiro e dragagem do canal de acesso ao Rio Igaraçu, marco para início das transações comerciais. Dois navios já atracaram no terminal. Bastante esperada, a inauguração contará com show de Teófilo Lima, Xand Avião e Dudu Nogueira. 

A primeira pedra fundamental do Porto de Luís Correia é datada de 1976 na gestão do presidente Ernesto Geisel. Após várias paralisações e brigas judiciais com empresas, o governo do estado anuncia a conclusão da primeira etapa do Porto. Foram investidos cerca de R$ 100 milhões, o maior volume de recursos já aplicados pelo governo do estado em obra pública.

Impacto da 1ª etapa

  • Pátio de Contêiner e de Mercadorias - 18 mil metros quadrado, adequado para diversas mercadorias. 
  • Canal de Acesso - 3,5km que foi realizada a dragagem. 
  • Profundidade - 7m maré baixa e 9m na maré alta;
  • Desde março foram retirados mais de 680 mil metros cúbicos de areia do fundo da água.
  • Urbanização - vias, iluminação, acesso à energia e água, guarita e centro administrativo.

Segundo o governo do estado, o principal impacto para o Piauí é permitir que empresas locais possam exportar e importar produtos pelo litoral do estado, gerando riqueza e trazendo impostos para o estado.

Hoje, a ida e vinda de produtos acontecem pelos portos de Itaqui, no Maranhão, e Pecém, no Ceará, deixando recursos nesses dois estados. De acordo com o governo, o Piauí perde em arrecadação cerca de R$ 300 milhões por ano só por chegar no Porto de Itaqui, em São Luís (MA).

O Porto Piauí contempla quatro terminais: Terminal de Pescado, Terminado de Grãos e Fertilizantes, Terminal de Cargas e Descargas e o Terminal de Hidrogênio Verde e Amônia. 

A diretora-presidente da Companhia Porto Piauí, Maria Cristina de Araújo, informou que a primeira fase do Terminal Pesqueiro tem capacidade de receber 120 toneladas/dia de pescado e que vai haver um chamamento público para as empresas se habilitarem para explorar o terminal. 

“Nosso trabalho é atrair empresas que queiram trabalhar com o pescado. A previsão é que o terminal vai gerar 600 empregos diretos”, destacou a diretora-presidente. 

Maria Cristina ressaltou ainda que está em construção o cais que terá 180 metros e está em licitação a infraestrutura da retroárea para receber as embarcações. A previsão de receber esses navios é até 2025. 

O governador Rafael Fonteles já destacou que a obra vai beneficiar todos os municípios do estado onde as mercadorias passarão a ser transportadas pelo porto, vindo de diversas regiões do estado. 

Terminal Pesqueiro

O Terminal Pesqueiro de Luís Correia, segundo o governo, vai impactar diretamente a vida de 30% da população do município. Existem atualmente 8.335 cadastrados na Secretaria de Pesca de Luís Correia. Os pescadores vendem seus produtos a atravessadores por um preço muito baixo, o que prejudica seu retorno financeiro. 

Outra vantagem do terminal é que vai gerar impostos para o Piauí.

Certidão de nascimento do Porto

O Ministério dos Portos e Aeroportos concedeu a autorização para o funcionamento do Porto de Luís Correia, uma espécie de “certidão de nascimento”. A autorização foi dada também pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). 

O ministro dos Portos, Sílvio Costa Filho, cancelou agenda da inauguração do Porto e a solenidade será toda a tarde. O governador Rafael Fonteles já se encontra em Parnaíba e recebe empresários. 

À tarde, a partir das 15h, inicia o grande momento,  um ato mais político e aberto ao público, com atrações culturais, descerramento de placa, menção honrosa a pescadores, e a chegada do navio Patrulha Macau (56 metros), pertencente à Marinha do Brasil, pelo canal do Rio Iguaraçu, que ficará em frente ao local do evento junto com o navio de apoio oceanográfico Iguatemi, que tem 66 metros, e chegou na tarde desta segunda-feira (11).

A chegada da embarcação só foi possível graças à obra de dragagem do canal com quase 3,5 km de extensão e profundidade de 7 metros na maré baixa e de 9 metros na maré alta.

Linha do tempo

Os primeiros estudos do Porto de Luis Correia iniciaram na década de 60, mas somente no governo do presidente Ernesto Geisel, em 1976 as obras da estrutura foram iniciadas. 

Em 1986, dez anos após o início da construção, aconteceu a primeira paralisação por falta de recursos. 

Em 2008 (22 anos depois), o governo de Wellington Dias, anunciou a retomada da obra com investimento de R$ 10 milhões  para recuperar a estrutura danificada ao longo do tempo.

Ao longo dos anos foram investidos cerca de R$ 390 milhões.

Em 2011, fiscalização do TCU constatou irregularidades e o governo rescindiu contrato com a empresa. De lá pra cá, a obra seguiu lenta e no governo Rafael Fonteles se buscou experiências do exterior para alavancar o Porto.

 

 

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