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Mãe acusada de "negociar" a filha passará 6 meses sem ver o bebê

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A juíza Maria Luíza Melo Freitas, da 1ª Vara da Infância e Adolescência, comentou hoje (09) o caso da mãe que está sendo acusada de receber uma cesta básica e R$ 70 em troca da filha, que foi entregue a um casal, que está preso. Maria Luíza explicou ainda como andam os processos de adoção de crianças no Piauí.


Para a juíza, a mãe deveria estar em uma situação de desespero ou doença. "No caso, acredito que essa mãe esteja em uma situação difícil porque quem vende uma criança ou teve doença após o partou ou um desespero muito grande porque não se concebe uma mãe vender uma criança por uma cesta básica e R$ 70", declarou.


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A ocorrências de mães que dão os filhos porque não têm condições de cuidar são mais comuns do que se imagina no Piauí. O que favorece é a situação econômica da população.


No caso de Mires Lima, mãe da menina que teria sido "negociada", segundo a polícia, ela irá passar por avaliação por equipe multidisciplinar e a criança passará seis meses no abrigo Lar Maria João de Deus. A delegada Andrea Magalhães, da Delegacia da Infância e Adolescência, afirmou em entrevista coletiva que a mãe teria confessado em depoimento. Porém, em entrevista à TV Cidade Verde, ela negou e disse que foi enganada.


"A mãe passará por avaliação. Será dado direito de ampla defesa para essa mãe para daqui a seis meses a justiça decidir o que será feito. Ela vai ficar sem ver a criança", explicou a juíza em entrevista ao Notícia da Manhã.


Na 1ª Vara da Infância do Piauí existem mais de 3 mil processos em andamento e apenas três servidores. Maria Luíza afirma que o pequeno número de servidores e a falta de estrutura são os motivos que levaram ao acúmulo de ações.


Leilane Nunes
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