A cidade de Londres entra no mês dos Jogos Olímpicos pronta para receber os mais de dez mil atletas das 204 nações que serão representadas a partir do dia 27 em 26 modalidades esportivas. A capital inglesa recebe o maior evento do esporte de forma bem diferente que a das outras duas vezes, em que assumiu o papel de "salvadora" dos Jogos.

Apesar da crise que assola a Europa há quatro anos, os ingleses souberam se blindar e tiveram condições, com a ajuda de patrocinadores, para gastar R$ 29,3 bilhões em infraestrutura e instalações para recepcionar os seres humanos mais bem preparados fisicamente do planeta.

Os gastos foram com segurança, transporte, cerimônias de abertura e encerramento, a construção de vias e da Vila Olímpica dos atletas. Do orçamento inicial, os gastos superaram em 101% o planejamento. Ao contrário de 1908, quando teve apenas dois anos para substituir Roma, por causa da catástrofe que chocou a Itália devido ao vulcão Vesúvio. Exemplos de sua organização e estrutura, os britânicos construíram um estádio para 70 mil pessoas em dez meses e ainda tiveram o luxo de editar um guia com todos os regulamentos de todos os esportes em inglês, alemão e francês.

Quarenta anos depois, mais uma vez a situação não era nada boa. O mundo estava fragmentado após a Segunda Guerra Mundial e suas mais de 20 milhões de mortes, que acabara em 1945. Mesmo assim, Londres se esforçou para receber mais de 4 mil atletas, representantes de 59 países, ficando com a vaga de Tóquio, que não tinha condições de ser sede dos Jogos.

O panorama de Londres para daqui 26 dias é completamente diferente. As 34 instalações foram apresentadas quando restavam 100 dias para a cerimônia de abertura. A opinião geral é de que os britânicos conseguiram superar a grandiosa competição realizada há quatro anos em Pequim. O que para muitos críticos parecia impossível.

A delegação brasileira em Londres deverá ser menor do que em Pequim. Se foram 277 atletas na China há quatro anos, o último cálculo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) calcula que 253 estarão em terras britânicas. Com Caio Bonfim, classificado para a disputa da marcha de 20 quilômetros na sexta-feira, já são 246 competidores nacionais. Segundo Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo do (COB), o Brasil – que está representado em 31 modalidades – deverá superar as 41 finais dos Jogos da China em 2008. Já o planejamento de medalhas não é tão otimista. Para o dirigente, o País deverá brigar por 15 pódios, mesma quantidade de quatro anos atrás.

Fonte: MSN Esportes