Desde o confronto ocorrido no dia 12/10 na "arca" do "profeta" Luis Pereira dos Santos, dona Francisca da Conceição Pereira, 38 anos, não deixou de acreditar nos "ensinamentos" passados pelo homem. Apesar de não saber do seu paradeiros, a "seguidora" continua frequentando o local para visitar os "irmãos" que lá permanecem.
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img60/prof485.jpg)
Dona Francisca assegura que nunca teve medo e defende que Luis não é charlatão. "Eu o vi até antes dele ser levado pela polícia. Os visitantes de antes continuam indo lá. Todos nos tornamos irmãos e aprendemos a amar ao próximo. Sofri apedrejamento, naquele dia, mas não senti medo em momento algum. Ele [Luis] disse que Deus estava comigo e a gente não estava fazendo nada de errado", assegurou.
A mulher, que levou os filhos, genro e a mãe para frequentar as reuniões na "arca", comenta que a profecia só não se realizou no dia marcado. Porém, as consequências ocorrerão. "Agora, nós só vamos esperar o Cristo voltar. Ele não é charlatão. O que ele disse foi só o que Deus disse. Está tudo nas Escrituras. Eu achava que era aquele dia mesmo, que o mundo ia se acabar. Mas não acabou. Mas as coisas vão acontecer", relatou.
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img60/prof48558.jpg)
Francisca, assim como seus "irmãos", acreditam que melhoraram como pessoa depois que conheceram Luis. "Antes eu me zangava quando alguém chegava falando mal de mim. Hoje, eu aprendi a amar o meu próximo. Melhorei muito. Fui transformada. Quando eu conheci ele, morreu a Francisca velha e nasceu uma nova Francisca", explicou.
No 11º DP, ainda está em aberto o inquérito que acusa Luis de estelionato. A polícia investiga denúncia de que Luis tenha se beneficiado com dinheiro proveniente da venda de bens de pessoas que frequentam o local.
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img60/prof45693.jpg)
"Não vendi nada. Não sei. Nunca nem ouvi falar. Não tem prova de nada disso. Quem tem boca e é do mal diz para ofender quem é do bem. Quando eu ia para a igreja do mundo tinha que dar R$ 100 e se eu botasse uma moeda porque não tinha dinheiro não pudia. Ele vendeu foi moto, casa para dar de comer a todo mundo que morava lá", disse a mulher.
Leilane Nunes