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Assembleia fará audiência sobre subdelegação da Agespisa

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A Assembleia Legislativa do Piauí aprovou na sessão desta quarta-feira (28) a realização de uma audiência pública sobre a proposta de subdelegação dos serviços da Agespisa em Teresina. O encontro foi marcado para 6 de dezembro, mas a data ainda será ratificada. A reunião irá discutir a viabilidade da entrada da iniciativa privada nos serviços de água e esgoto da capital. 

Antes mesmo da reunião, o deputado estadual Cícero Magalhães (PT) afirmou que é contrário à medida. "Já fui vereador dessa cidade e sei que lá na Grande Codipi houve a concessão para a Agespisa para gerenciamento do abastecimento. Será que a Câmara Municipal de Teresina vai ficar calada? Eu mesmo respondo: não pode ficar. Lá é uma concessão para que a Agespisa faça esse abastecimento da região. Quando estive na Câmara, votei contra a municipalização do abastecimento", disse. 

O deputado reclamou que outro encontro já foi marcado pela Assembleia para discutir os problemas de abastecimento da capital, mas não aconteceu. "Nós já havíamos aprovado requerimento convidando o presidente da Agespisa (Raimundo Neto) para explicar a situação da empresa e mais uma vez aprovamos requerimento de igual teor", recordou Cícero Magalhães. "Nesse momento, é mais do que necessário alguém da Agespisa dizer o que está acontecendo".

A proposta de audiência foi do deputado Evaldo Gomes (PTC). A deputada estadual Margarete Coelho pediu que o encontro seja realizado na Comissão de Constituição e Justiça. Ela ainda lembrou que o presidente Raimundo Neto pediu exoneração do cargo por problemas de saúde em sua família. 

"Não necessariamente o presidente terá que vir, até porque ele responde interinamente pelo cargo, já que ele apresentou o pedido de exoneração. Mas vale ressaltar que a proposta que está colocada é a realização de algumas obras relacionadas às atividades meio e não à atividade fim, mas é importante que a Agespisa faça esses esclarecimentos", afirmou.

Rejane Dias (PT) lembrou dos protestos de quem trabalha na Agespisa. "Os servidores estão apavorados com a situação e com a informação de que parte dos serviços da empresa será terceirizada. Se há a concessão pelo município dos serviços de abastecimento e esgotamento sanitário de áreas da capital, haverá muita polêmica em relação a proposta de terceirização".

Outro contrário ao projeto, Antônio Félix (PSD) usou um ditado popular: "não se pode matar o boi para acabar com o carrapato".

Já Antônio Uchôa lembrou da situação financeira ruim da empresa pública. "As receitas da Agespisa não cobrem suas despesas e a cada mês essa divida vai aumentando. É preciso adotar providência para resolver a crise na empresa. O governador vai buscar alternativas, como fizeram outros governadores, para solucionar o problema da empresa".

Da Redação
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