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Cota de TV 25 vezes maior do Palmeiras irrita rivais

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“É melhor falar que o Palmeiras já voltou para a Série A e deixar os demais brigarem pelas outras vagas”.

A declaração do diretor de futebol do Atlético-GO, Adson Batista é forte e tem como alvo o abismo financeiro gerado pelas cotas de TV entre o clube paulista e seus adversários da segunda divisão.

Na terça-feira, em reunião na sede da CBF, o presidente da entidade, José Maria Marin, comunicou aos representantes das equipes um aumento nos valores pagos pela televisão.

A mudança, ainda assim, não foi suficiente para diminuir a distância em relação ao Palmeiras, rebaixado no ano passado e que receberá quase 25 vezes mais que os outros participantes da Série B.

De acordo com o contrato assinado com a Rede Globo, em possível queda para a Segundona, os times faturam no primeiro ano o mesmo valor que teriam direito na primeira divisão. No caso do Palmeiras, aproximadamente R$ 70 milhões por temporada. A cota despenca para 75% no segundo ano na categoria (R$ 52,5 milhões).

Na terça-feira, o presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou que o dinheiro da TV teria um incremento de quase 70%, soltando de R$ 1,8 milhão para R$ 2,7 milhões (R$ 3 milhões bruto, sem os impostos). O pagamento seria feito em oito parcelas de R$ 337.500 mensais a partir de maio.

A proposta foi saudada pela maioria. No entanto, o dirigente do Atlético-GO, Adson Batista, não foi o único a contestá-la. O América-MG deixou o encontro sem assinar o novo contrato.

“R$ 3 milhões para a Série B não paga nem o início da conta. Diferentemente da Série A, precisamos ser bastante criativos para nos virarmos na Série B”, argumenta o diretor executivo do time mineiro, Alexandre Faria.

Em termos proporcionais, de acordo com seus cálculos, a verba da televisão no Campeonato Mineiro chega a ser mais interessante. “É uma discrepância muito grande. Acho que o futebol brasileiro precisa pensar mais de uma forma coletiva. Entendo que os pagamentos sejam feitos segundo a audiência, mas estamos criando uma divisão perigosa. Podemos virar uma Espanha”, alertou.

Adson Batista resume o sentimento dos demais clubes. “É uma brincadeira”.


Fonte: ESPN

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