Depois do presidente da CBF, José Maria Marin, acusar Romário de injúria e difamação e apresentar queixa contra o deputado no Supremo Tribunal Federal (STF), Romário ficou ainda mais revoltado com o dirigente.
Desde que Marin assumiu o comando da CBF, substituindo Ricardo Teixeira, o Baixinho mostrou-se um firme opositor. Recentemente, entregou um documento com mais de 50 mil assinaturas pedindo a saída dele da presidência da entidade máxima do futebol brasileiro, além de juntar-se a Ivo Herzog, filho do jornalista Wladimir Herzog, assassinado durante a ditadura, na luta para provar que Marin esteve envolvido em crimes políticos durante o período.
"A saída dele do COL (o comitê organizador da Copa) é o que todo o Brasil espera. Não sei como, mas vai acontecer. Ele está perdendo força e, no momento, o melhor nome para a presidência do COL é o Ronaldo, que já está lá," disse Romário em entrevista ao Jornal Extra.
"O que eu falei sobre ele é que ele é ladrão de medalha e de energia elétrica do vizinho. Disse e reafirmo. E quero ver alguém provar o contrário. Ele sentiu que a hora dele vai chegar. Então, está fazendo o showzinho dele."
Os advogados de Marin defendem que a imunidade parlamentar, que protege Romário, não pode ser levada em conta em questões que estão fora do âmbito do Congresso, mas o deputado garante que isto não será o suficiente para calá-lo.
"Vou continuar aqui em Brasília, ou no Rio, ou onde eu estiver, com esse meu posicionamento, que é o da maioria das pessoas. Vou dar cada vez mais porrada nele, para ele aprender."
Romário criticou Marin por ter prometido à família de Kevin Espada, jovem morto na Bolívia por um sinalizador atirado pela torcida do Corinthians, que a renda do amistoso contra o Brasil seria toda revertida para eles, sendo que a renda do jogo não pertencia ao Brasil.
"A cada dia aparece alguma coisa contra ele. Está completamente perdido. Como é que ele promete doar à família do menino morto uma renda que não era dele, mas da Bolívia? Lá atrás, esse cara participou do pior período da história do Brasil, a ditadura. Como esse cara vai sentar ao lado da presidente Dilma? O que as pessoas vão pensar do nosso país? Essa é uma das razões para eu não querer ele na CBF e no COL. Pessoalmente, nunca me fez nada."
"Daqui a pouco ele sai também da CBF. Saindo, automaticamente vai assumir o Marco Polo del Nero, que é pior ainda. O cartel está formado. Estou começando até a sentir saudade do Ricardo Teixeira, que foi um péssimo dirigente, mas sempre compreendeu a importância da Seleção," encerrou Romário.
Fonte: GOAL
