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Piauienses já fizeram a mesma cirurgia de Angelina Jolie, diz médico

A atriz americana Angelina Jolie chamou a atenção do mundo ao revelar esta semana que foi submetida a uma cirurgia para a retirada de suas duas mamas. Com histórico de câncer na família e após perder a mãe para a doença, a artista descobriu após um exame que avaliou seu material genético que tinha 87% de desenvolver um tumor maligno nos seios. 

Evelin Santos/Cidadeverde.com

O procedimento, a mastectomia profilática, foi realizada quatro vezes no Piauí pelo oncologista Antônio de Pádua Filho, entrevistado desta quarta-feira (15), no Jornal do Piauí. O médico explica que o exame que traça o sequenciamento genético do paciente só é recomendado às mulheres que tenham duas parentes (irmã, mãe, filha) ou um homem (pai, filho, irmão) em primeiro grau que desenvolveram câncer de mama. “Não é exame de rotina para qualquer pessoa”, descreve. 

Antônio de Pádua Filho conta que todas as mulheres brasileiras tem pouco mais de 8% de chance de desenvolver o câncer de mama. Ele acrescenta que a mastectomia profilática só é recomendada em casos extremos nos quais a paciente já tenha histórico familiar e de lesões pré-malignas. 


“Esta não é uma cirurgia estética. Ela retira uma grande parte da mama, deixando apenas a pele, a auréola e o bico do seio. Quanto mais se retira, menores a chance de se desenvolver o câncer, mas pior será o resultado estético. Há também o risco de necrose. Ainda assim, mesmo com a cirurgia que ela (Jolie) fez, não podemos dizer que ela está sem risco. Ele apenas diminuiu”, alerta. 

O procedimento já foi realizado em Teresina. “Eu já fiz esta cirurgia em quatro casos aqui em Teresina. As pacientes eram a mãe de um médico, a mãe de uma enfermeira e duas mulheres de alto nível social. Elas já tinham desenvolvido lesões pré-malignas e biópsias de áreas suspeitas”, descreve.

Prevenção
Para prevenir o surgimento de câncer de mama, o oncologista Antonio de Paiva Filho recomenda que as mulheres façam atividades físicas regulares, não sejam obesas, não consumam álcool em demasia, não deixem de amamentar e usem hormônios com cuidado e por tempo limitado. “Todos esses fatores influenciam um pouco (no surgimento de tumores). Mas combinados, a chance de manifestar o câncer aumenta”, pontua. 


Em artigo, Angelina Jolie diz que a chance de desenvolver a doença que vitimou sua mãe caiu de 87% para 5%. 


Carlos Lustosa Filho

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