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Piauiense reproduz looks de famosas; veja

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A piauiense Daphine Guimarães, de 28 anos, é advogada. Mas a fama da moça, que hoje mora em Timon, no Maranhão, é de uma mulher com mãos e ideias de fada.

                                        Fotos: Wilson Filho

Do tipo apaixonada por moda, Daphine viu, há cerca de cinco anos, a oportunidade de transformar essa paixão em trabalho. Um dia, ao assistir à série ''Gossip Girl'', ela cismou em ter um vestido branco igual ao que Blair Waldorf (personagem de Leighton Meester) estava usando no primeiro episódio da segunda temporada. Uma peça assinada por Marc Jacobs, mais tarde usada por famosas como Adriana Esteves, Taís Araújo, Grazi Massafera  e Paris Hilton, e que custava algo em torno dos R$ 1 mil, um preço bem salgado para os padrões de qualquer estudante .

''Aqui na minha cidade é comum levarmos um modelo para que a costureira reproduza para a gente usar. Há muitas mulheres que trabalham assim. Depois que vi a Blair usando aquele modelinho branco, procurei tecidos que tivessem um caimento legal, contei com a ajuda de uma profissional e tentei fazer um parecido. Ficou lindo''.


Foi assim que as amigas de Daphine conheceram sua habilidade para adaptar e recriar vestidos famosos. Um talento para fazer com que mulheres comuns e anônimas também pudessem se sentir estrelas por uma noite. O nome dessa ''arte'' ela descobriu mais tarde: moda inspired.

Hoje em dia, suas produções têm um pezinho nos estilos de Patrícia Bonaldi, Lethicia Bronstein, Elie Saab e até Versace. Ela pesquisa, desenha, arranja soluções para o caimento, coloca a mão na massa para confeccioná-los e, por fim, negocia a venda ou aluguel das peças.


''Meu ateliê começou muito timidamente, na verdade como uma loja de aluguéis. Em minha casa funciona somente o espaço onde as clientes olham e provam os vestidos que já temos prontos ou tiram medidas para a confecção de vestidos que vão comprar ou fazer o primeiro aluguel. O ateliê começou com apenas uma costureira, que até hoje é meu braço direito e se chama Eliane, mas hoje tenho uma equipe grande que me apoia, com costureiras e bordadeiras, e com profissionais supertalentosos que me ajudam na produção dos editoriais'', explica a agora empresária, que confessa: ''Os lucros já bateram à porta, mas ainda há muito trabalho a fazer. Queremos expandir para outros estados''.

É que aquilo que começou no interior do Nordeste do país já ganhou espaço e clientes em Brasília, Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil, tudo com a divulgação de um blog. Junto com o sucesso, veio a preocupação em deixar claro que seus trabalhos não se tratam de plágios.


''A verdade é que no mundo da moda há uma linha tênue entre plágio e inspiração. Muitos chamam de inconsciente coletivo, outros afirmam se tratar meramente de falta de criatividade. Há uma grande divergência de opiniões sobre a moda inspired: muitas pessoas a favor e outras tantas contra. Os que defendem, acreditam que os produtos inspireds são uma oportunidade de ter algo com um design bacana, sem pagar um preço que muitos consideram absurdo. Os que são contra, acreditam que deve ser respeitado o direito autoral da imagem do produto de quem cria, e que não é certo lucrar em cima de idéias de outras pessoas, alegando serem suas'', explica.

''Respeito os dois posicionamentos e, por isso, meu ateliê se preocupa em explicar para a cliente que o vestido escolhido jamais será igual à inspiração, pois usamos tecidos e texturas diferentes. Nossa preocupação é fazer uma releitura da peça-desejo. E a releitura de uma peça é justamente o que chamamos de inspired: inspirado, e não reproduzido. A releitura é totalmente diferente de uma cópia ou réplica. É uma espécie de licença poética da moda'', defende Daphine.


Sabrina Sato, Angelina Jolie e Marina Ruy Barbosa estão entre as maiores musas inspiradoras de suas clientes, que desembolsam algo entre R$ 150 e R$ 800, dependendo do modelo escolhido. Vestidos com transparências com tule, bordados com rendas trabalhadas e pérolas, saias de tule de seda e paetês com aplicações de rendas e pérolas são os modelos que ''bombam'' no momento. Mas não basta gostar da peça no corpo de outra pessoa e sair pedindo para fazer uma igual. É por isso que Daphine dá dicas valiosas para quem quer arrasar numa festa.

''Valorizar o que tem de mais bonito é importante. Adaptar a roupa a seu corpo e não esperar que o seu corpo se adapte à roupa. As gordinhas devem evitar, por exemplo, saias curtas, pregueadas, ou ainda saias rodadas com elástico na cintura. As mulheres altas e magras devem evitar looks monocromáticos, pois roupas da mesma cor deixam a silhueta ainda mais alongada. As madrinhas de casamento devem evitar superdecotes, a cor branca (a não ser que seja um pedido da noiva para que as madrinhas usem branco) e cores extravagantes'', enumera.



Fonte: Ego
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