Eike Batista, que tinha uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões há 18 meses, perdeu seu status de bilionário em dólares. O empreendedor brasileiro tem, segundo a FORBES, US$ 900 milhões, graças à dívida de US$ 2,7 bilhões com o BNDES e com a Mubadala.

Se for considerado o valor em reais, Eike ainda se mantém na lista com R$ 2,12 bilhões. Desde a publicação do ranking dos bilionários brasileiros, em agosto, o empresário caiu 20 posições e hoje ocupa o 72º lugar no ranking do Brasil.

O último baque do empreendedor aconteceu na última sexta-feira, com a queda de 40% no valor de mercado da petrolífera OGX, sua quarta maior empresa Nas últimas semanas, o declínio das suas companhias lhe custou US$ 430 milhões.

O valor de mercado da OGX estaria sendo inflado por sua presença no índice de referência do Brasil. Mas um analista do Deutsche Bank escreveu que as ações da empresa são tecnicamente inúteis devido ao crescente desequilíbrio entre ativos e passivos, a diminuição de dinheiro e as opções de captação de recursos limitadas.

A OGX é também a mais observada das empresas de Batista, com uma dívida total de US$ 4,6 bilhões em seu último relatório, em junho, com cerca de US$ 975 milhões em obrigações de curto prazo.

Adam Cohen, fundador da Covenant Review, concluiu em um relatório a partir de maio que a dívida OGX "é muito maior do que o que está sendo relatado" já que as garantias de suas "empresas-irmãs" do Grupo EBX são considerados.

O dinheiro de caixa da empresa, no entanto, caiu 72% no segundo trimestre para US$ 326 milhões, depois de uma perda líquida de US$ 2,03 bilhões, apontando para uma possível falência, que seria a maior na história da América Latina até o momento.