A segurança alimentar será tema de uma audiência pública hoje (5), às 15h, na Assembleia Legislativa. Um dos temas abordados será o projeto de autoria da deputada Rejane Dias (PT), propositora da audiência, que obriga as escolas públicas e particulares a fornecerem lanches saudáveis.
Foto: Evelin Santos
O projeto seria apresentado em 2012, mas foi retirado de pauta até a definição de parâmetros sobre a alimentação mais adequada para as escolas fornecerem aos alunos. Porém, uma lei no Congresso determina que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleça esses parâmetros. “Agora saberemos o que é considerado lanche saudável, de modo a poder cobrar seu fornecimento nas cantinas escolares”, comentou a parlamentar.
A presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), Norma Suely Alberto, destaca a importância da pactuação entre os profissionais que trabalham a segurança alimentar e as autoridades de Estado para a criação de políticas públicas que garantam a melhoria do padrão nutricional e acesso à alimentação a todos os cidadãos. Neste sentido, a entidade cobra a implantação de um fundo para custear as ações em Segurança Alimentar e a criação de uma Frente Parlamentar de Segurança Alimentar na Assembleia Legislativa.
Frituras e refrigerantes
Pelo projeto, que está em fase de conclusão, frituras, petiscos industrializados e bebidas calóricas deverão ser substituídas por produtos naturais, como frutas, ou até sanduíches com pão integral e verdura e recheio pouco gordurosos. Segundo Rejane Dias, as crianças precisam de uma certa taxa de gordura diária. “Mas o excesso, que é o que está acontecendo, é muito prejudicial”, completou.
Hoje cada vez mais jovens apresentam problemas de saúde, como doenças circulatórias e do coração, devido à mudança do hábito da alimentação. “As frutas e sucos que tomávamos no passado, foram substituídos por frituras e refrigerantes, que fazem um estrago cumulativo que só deveria aparecer na velhice. Agora, temos pessoas de até 20 anos apresentando diabetes e outras doenças por causa da má alimentação”, justificou a deputada.
Da Redação