Durante entrevista coletiva na Academia de Polícia Civil, os delegados Wildson Rodrigues, de Picos, e Leandro Ferraz, de Oeiras, revelaram que dois italianos foram presos na operação Inhaúma, realizada nesta quinta (14) nos municípios de Inhuma, Valença e Picos. Ao todo, 18 mandados de prisões temporárias foram expedidos e 16 pessoas estão presas. Outra pessoa foi presa em flagrante. Dois continuam foragidos.

Fabrizio Saldi e Max foram presos pelos policiais em Inhuma, este último em flagrante com uma pistola 765. Além deles, outras 14 pessoas estão presas.

Segundo a investigação, Fabrizio e Lucas Rodrigues Pinheiro recebiam e distribuíam a droga na região de Inhuma, Valença, Novo Oriente, Santa Cruz do Piauí, São José do Piauí, Aroazes e Picos. "Ainda não sabemos se essa droga vinha da Europa, da Bolívia ou de outro lugar. As investigações continuam. O fato é que Fabrizio utilizava sua pizzaria e Lucas uma oficina de motos e venda de peças como estabelecimentos de fachada", explicou o delegado Leandro Ferraz.

Um fato que chamou a atenção da polícia é a participação de mulheres: Francisca Deusimar de Araújo, a Deusa, e Maria Adália dos Santos Silva, que também foram presas. "Elas entraram no negócio independentes. Não estão herdando o negócio do marido. Elas comercializam o entorpecente de forma independente. Deusa, em Valença, e Adália, na sua churrascaria, localizada na BR 316, na região de Inhuma", disse.

Também foi presa Katiane Braz de Assis, em Valença. Estão foragidos Nivaldo da Silva Sousa, um dos líderes da organização, e Francione.

Francisco José Ferreira, o Chico Zé, e o Chiquitita, Aldenício Domingos de Sousa, já estavam presos desde agosto. Com eles, a polícia encontrou 40 papelotes de cocaína. Contra eles, os delegados solicitaram agora a prisão preventiva.

Também foram presos Sisinho, flagrado com duas espingardas, Luis Carlos dos Santos e os irmãos Rodrigo Barbosa dos Santos e Robson Barbosa dos Santos. Todas essas prisões ocorreram em Inhuma.

Em Picos, a operação conseguiu prender o irmão de Chiquitita, identificado como Aldonir Domingos de Sousa.

Segundo o delegado Leandro Ferraz, as investigações continuarão. As principais drogas vendidas eram cocaína e crack por que davam maior lucratividade ao bando.

“Os cabeças do crime eram o italiano Fabrizio e o brasileiro Lucas. É algo realmente diferente e inusitado pessoas de fora do país irem para um município pequeno do interior do Piauí. Isso nos faz perceber que eles estão vendo um mercado ali e não têm pudor de destruir estas comunidades. Era uma estrutura grande e eles praticavam também ameaças e coibiam a comunidade de denunciar”, disse o delegado.

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