O deputado federal Júlio César (PSD) disparou críticas hoje (14) contra o superintendente da Infraero no Piauí, Wilson Estrela. Segundo o deputado, a reforma do aeroporto Petrônio Portela, em Teresina, não possui previsão orçamentária, como afirmou o gestor. As críticas foram em resposta às declarações prestadas pelo superintendente de que a classe política estaria atrapalhando o andamento do projeto da reforma.
Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
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Júlio César afirmou, em entrevista ao Jornal do Piauí, que solicitou informações acerca dos investimentos previstos no orçamento para a obra e nada foi informado. "O aeroporto é um caos e aí vem o superintendente da Infraero dizendo que tem políticos que atrapalham. Lá não tem dinheiro nem para terminar os aeroportos da copa. Não tem nenhum centavo no orçamento para o aeroporto daqui", declarou.
Ainda segundo o deputado, o valor proposto para reforma, R$ 600 milhões, daria para construir um novo aeroporto com folga. "Ele disse que precisa de R$ 600 milhões para reformar. Com muito menos se constrói um novo. Mesmo que seja com essas três alternativas propostas, está longe de gastar esse dinheiro todo", garantiu.
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Conhecedor do orçamento da União, o deputado piauiense declarou ainda que o ex-prefeito Elmano Férrer (PTB) voltou atrás na decisão de desapropriar mais de mil famílias que moram no entorno do aeroporto porque sabia que a obra não teria a verba.
"Eu não concordo com esse comportamento do superintende da Infraero aqui. Ele não pode dizer que tem dinheiro. A receita da Infraero não dá para terminar nem os 12 aeroportos da copa. Para Teresina não tem nada, nem para fazer a desapropriação, mesmo que sejam 100 casas. Temos que trabalhar é por um novo aeroporto. Dizer que o aeroporto vai saturar é justificativa de quem não quer fazer", finalizou.
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Seca
A situação dos agricultores do Estado devido a seca que perdura por todo o ano poderia ser amenizada se o governo federal tratasse o problema como faz com as tragédias que acontecem no sul do país. É o que acredita Júlio César.
Segundo ele, o auxílio dado aos produtores nordestinos tem sido "anêmico", correspondendo a apenas um terço do que foi enviado para Santa Catarina ano passado, quando o estado enfrentou fortes chuvas.
Leilane Nunes