O professor Daniel Solon denunciou uma suposta agressão ocorrida na quarta-feira (13), dia de eleições da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Piauí (ADCESP). Candidato único, o sindicalista acusou o diretor do campus Clóvis Moura (bairro Itararé, Teresina), Renê Aquino, de tentar quebrar sua mão durante um cumprimento. O gestor pretende acionar os meios jurídicos para que a denúncia seja comprovada.

O caso foi denunciado no 8º Distrito Policial. Solon informou que foi abordado pelo diretor do campus "de forma agressiva e violenta" ao visitar os locais de votação. O candidato da ADCESP afirma que estendeu a mão para um cumprimento, sendo atingido fortemente com uma pancada na mão. 

Em seguida, ao perceber que o professor apertava com força, Daniel Solon questionou se a intenção do diretor era quebrar sua mão. De acordo com o denunciante, a resposta foi positiva: "É sim! Quero quebrar sua mão", teria dito. 

"A agressão e ameaça ao professor Daniel Solon não são “simples ações” a ficarem impunes. Elas devem ser entendidas dentro de um histórico de ações anti-sindicais e de intolerância frente às divergências políticas por parte do diretor daquele campus. Em outros momentos, o mesmo diretor já havia tentado impedir a entrada de carro de som contratado pela ADCESP que mobilizava a comunidade em torno da campanha SOS UESPI ou para convocar a categoria para assembleias gerais docentes", diz a nota divulgada pela ADCEPS nesta quinta-feira. 

Renê Aquino demonstrou surpresa e negou as acusações. "Fiquei sabendo disso há cinco minutos quando os portais começaram a me ligar por aqui. Nos cumprimentamos e foi somente isso", declarou, com tom de surpresa. O diretor do campus classificou a denúncia como "lamentável" e "irresponsável", e afirmou que pretende acionar os meios jurídicos. "Nos cumprimentamos, mas nada que pudesse sugerir agressão física. Isso muito me estranha. Ele vai ter que provar."

Para o diretor do campus, a denúncia pode ser interpretada como uma resposta a críticas anteriores feitas por ele ao trabalho do sindicato, "que precisa crescer enquanto organização e capacidade de mobilização". 

Aquino informou ao Cidadeverde.com que foi procurado para indicar pessoas para acompanhar a votação da ADCESP, o que recusou a fazer alegando que isso não seria de sua competência e poderia ser considerada uma interferência da direção do campus no pleito. Ele ainda negou que tenha vetado a entrada de carros de som para mobilizações do sindicato no campus.