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Diretor do Setut afirma: licitação não vai resolver o problema das linhas

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O diretor de Comunicação do Setut, Solfieri Silva, criticou a expectativa criada em torno da licitação das linhas de ônibus de Teresina. Apesar de garantir que o sindicato não é contra o concurso, o gestor declarou que a ação não resolverá os problemas da capital "num passe de mágica".


O empresário enfatizou que, ao contrário do que se pensa, a licitação não diminuirá o valor das passagens de ônibus. "A licitação não trará a melhoria da qualidade dos serviços, muito menos a redução da tarifa, que já é a mais barata do Brasil", argumenta. 


Solfieri Silva disse ainda que para garantir as melhorias no transporte deve haver uma reestruturação do sistema. “Sem corredores exclusivos, terminais de integração e estações de transbordo, de nada adiantará fazer uma nova licitação. Não poderá haver redução do tempo de espera nas paradas e do tempo consumido para percorrer os trajetos nesta situação em que se encontra o trânsito”, alertou.

Sistema em colapso

O empresário considera o atual sistema de transporte público da capital como “praticamente em colapso, sem os investimentos previstos no Plano Diretor”. 


Ele explicou porque acredita que a licitação não deverá trazer, a curto ou médio prazo, a melhoria da qualidade do sistema. “As empresas que vencerem a licitação não encontrarão, ao contrário do que a Prefeitura de Teresina sugere, um novo sistema. Essas promessas, conforme a própria Prefeitura admite, serão concretizadas apenas no prazo de dois anos”.

Concorrência na licitação

Solfieri Silva voltou a declarar que não é contra a licitação. “O Setut não é contra a licitação, e as perspectivas, por parte de suas 13 empresas associadas, são as melhores possíveis, no que se refere a participar e vencê-la”, disse o empresário. “São empresas que operam com o sistema há pelo menos duas décadas, e, portanto, adquiriram know-how suficiente para operar no novo sistema”, completou.



Ainda com relação ao resultado do novo processo licitatório, o dirigente do Setut foi realista. “Não temos como saber se venceremos a licitação ou não. Até porque a nova licitação deverá ser aberta para todo o País, provocando a concorrência de empresas de outros Estados, com os mais diversos portes e níveis de organização administrativa e operacional".

Da Redação
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