Foi preso ontem (30) o metalúrgico Felipe Pinto da Rocha Neto, 34 anos, acusado de ter matado a própria esposa com oito facadas, na frente das filhas, no dia 16 de junho em Teresina (PI). Ele foi prestar depoimento aguardando responder em liberdade, mas já tinha mandado de prisão em aberto.

A vítima, Francisca Rutineia dos Santos Fontenele Rocha, 32 anos, chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu. O casal tinha três filhos. O primeiro, de 12 anos, havia sido deixado pela mãe no ponto de ônibus para ir até a escola. As duas meninas ficaram em casa.  

O acusado foi preso após se apresentar na Delegacia de Homicídios. A defesa do metalúrgico acreditou que dessa forma, fugindo do flagrante e se apresentando de livre vontade, Felipe responderia pelo crime em liberdade. Entretanto, a polícia havia solicitado mandado de prisão, expedido pela Justiça duas horas antes do depoimento. 

O caso foi investigado pelo delegado Robert Lavor. 

O delegado Francisco Baretta destacou que, em depoimento, o acusado afirmou que cometeu o crime porque a esposa havia o traído. "Ele disse que soube dessa traição em um bar e quando chegou em casa chamou ela para conversar. Quando questionou sobre a traição, ela teria pedido desculpas, o que ele entendeu como uma afirmativa. Nesse momento, ele disse que perdeu a cabeça e começou a esfaqueá-la", detalhou o delegado. 

Baretta, entretanto, acredita que a afirmação seja uma outra estratégia da defesa, já que na investigação não há indícios de que a estudante universitária tenha tido algum relacionamento extraconjugal. 

"Eles brigavam frequentemente há três anos. Nós acreditamos que tenha sido um crime premeditado e que a defesa queira colocar como homicídio privilegiado, cometido sob forte emoção, o que no final pode reduzir a pena do acusado. Mas, pelos autos do inquérito, ele matou de forma covarde e premeditada a esposa na frente das filhas", declarou Baretta.

Jordana Cury (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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