O fechamento do HGV (Hospital Getúlio Vargas), o incêndio na Secretaria de Saúde, o caos no setor elétrico e gestão de governo esquentaram o início do debate promovido pela TV Cidade Verde, na noite desta quinta-feira (25). O primeiro bloco iniciou com um embate sobre o incêndio no prédio da Secretaria de Saúde.
Em pergunta feita pelo candidato Wellington Dias (PT), que abriu o debate, o candidato do PSol, Maklandel Aquino, pediu explicações ao petista sobre o incêndio. Segundo ele, a investigação feita pela polícia não esclareceu as causas do incêndio. "Vamos ter que reverter tudo aquilo que você fez quando governador. Vamos ter que rever a municipalização, apoiar a atenção básica, o PSF, vamos ter que dotar os hospitais regionais de infraestrutura necessiária para média complexidade, rever o fechamento do pronto socorro do HGV, se necessário vamos abrir um estadual porque o que não pode é o governo ficar omisso ao direito à vida, coisa que o seu governo não foi muito responsável. Fora as denúncias de corrupção na pasta, como as operações Sanguessuga e Gangrena, inclusive ocorreu um incêndio na secretaria, até hoje sem explicação. Seria bom que você se posicionasse porque quem investigou não deixou claro para a população", disse Maklandel.
Wellington Dias lembrou que o incêndio ocorreu em um mandato posterior ao seu e comentou quais serão suas ações na área de saúde. "Para clarear, primeiro tivemos um incêndio em um outro mandato. Também quero que seja investigado. Vamos trabalhar para que o Piauí tenha redes em cinco macro regiões, descentralizando serviços da capital para chegar a outras regiões. O que são as antigas unidades mistas permanecem com os municípios, mas as cidades polos poderão garantir que elas voltem ao governo do Estado para atender a contento", afirmou.
Maklandel finalizou dizendo que se o incêndio não foi criminoso foi acidental por conta das más condições de conservação do prédio.
Em seguida, o governador Zé Filho (PMDB), candidato a reeleição, perguntou a Neto Sambaíba (PPL) sobre ações de segurança. O candidato do PPL afirmou que o principal problema é a defasagem de homens na Polícia Militar. "Nossa PM, que deveria ter 12 mil homens e mulheres, tem a penas 3 mil. Temos 25% do quadro de necessidade. Os nossos policiais devem não só ganhar melhor, mas ter aparelhamento para enfrentar o crime. O Estado é que tem que ser organizado e não o crime. É degradante a segurança no Estado. Não vale dizer que um quadro vale mais que mil palavras. A polícia tem o mapeamento do crime, não tem é condição de enfrentar", argumentou.
Segundo Zé Filho, em cinco meses de seu mandato chamou 200 homens para a PM e adquiriu um helicóptero, que tem capacidade para fazer resgate.
A próxima pergunta foi feita por Daniel Solon (PSTU) a Zé Filho sobre educação. O governador admitiu que enfrenta dificuldades, mas assegurou que vem tomando medidas para ampliar as escolas de tempo integral e a estrutura da Uespi. "Realmente temos enfrentado várias dificuldades, mas isso devido a muitos governos passados que não levavam a sério. Estamos enfrentando coisas viciadas desses governos todos. São dificuldades que reconhecemos. Mas isso é questão de gestão. Só tivemos cinco meses de governo. Mas vamos ampliar as escolas de tempo integral e ensino profissionalizante porque temos que dar profissão para os jovens. Entregamos o prédio totalmente novo em Picos, senti orgulho por essa grande obra que entregamos na nossa gestão e foi iniciada no governo Wilson", declarou.
Daniel Solon negou que o campus da Uespi de Picos esteja funcionando. Segundo o candidato, não há energia para que alunos e professores possam ocupar o prédio. E Zé Filho aproveitou para alfinetar a Eletrobras e a atuação dos senadores piauienses, que, segundo ele, não batem de frente com o governo federal para resolver o problema do mau serviço prestado pela concessionária de energia.
O candidato Maklandel perguntou, na sequência, ao candidato petista Wellington Dias sobre a contratação de pessoal terceirizado. Wellington explicou que foi no seu governo que aconteceram os primeiros concursos públicos para contratação de pessoal e a organização dos planos de carreiras de algumas categorias.
"Somos contrários à prática de terceirização que contribui para a precarização e privatização dos serviços públicos. Essa forma de efetivar o serviço público por empresas é uma forma de gratificar empresas que contribuiram para as campanhas milionárias. Essas empresas investem em campanhas e retornarm prestando serviço para o Estado", retrucou Maklandel.
Leilane Nunes
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