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FBI usou dirigente corrupto para investigar presidente da FIFA

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Uma reportagem extensa divulgada nesta terça-feira pelo jornal americano New York Daily News promete sacudir os bastidores do esporte mais praticado do planeta. Através de um gravador acoplado a uma chave de carro, o FBI investigou secretamente dirigentes da Fifa, dentre eles o presidente Joseph Blatter.

E o FBI teve um informante influente na entidade: Chuck Blazer. Comissário da ASL, liga de futebol dos Estados Unidos, vice-presidente executivo da Federação Americana de Futebol (US Soccer), secretário-geral da Concacaf (Confederação do futebol da América do Norte e Caribe) e membro do Comitê Executivo da Fifa, foi Blazer o responsável por gravar diversas conversas secretas com os dirigentes da entidade máxima do futebol.

Os encontros foram realizados entre 2011 e 2013, e foram iniciados após o FBI colocar o dirigente na parede: "Você pode ser preso agora ou cooperar", teria dito um dos agentes para convencer o americano, que também foi apresentado a provas do desvio de milhões de dólares em impostos não pagos durante sua gestão na US Soccer. Agendadas por Blazer, que não informava aos companheiros que registrava todos os diálogos, grande parte das conversas foi compilada em meio aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. O objetivo da investigação é provar elos entre fraudes, lavagens de dinheiro com a cúpula do futebol Mundial.

O diretor de mídia da Fifa, Delia Fischer, negou que a Fifa ou seus dirigentes tenham sido chamados para depôr: "Nós nunca tivemos qualquer pedido da aplicação da lei americana no que diz respeito à cooperação de Blazer com o governo dos Estados Unidos", disse o dirigente em entrevista ao jornal. O New York Daily News também afirma ter acessado uma lista secreta com 44 nomes de pessoas ligadas à Fifa, e essa lista mostraria o poder de cada um - inclusive Joseph Blatter - na entidade.

Blazer também foi investigado por outras irregularidades financeiras na Concacaf, da qual era secretário-geral. O americano foi expulso quando o então presidente da Federação e vice-presidente da Fifa, Jack Warner, se viu exposto no escândalo da suposta compra de votos de Mohammed Bin Hammam, então presidente da Federação Asiática de Futebol, para a escolha da Copa do Mundo de 2022, no Qatar. O dirigente teria entregue envelopes com 40 mil dólares (hoje, em torno de 100 mil reais) para integrantes da Concacaf em uma reunião na Federação Caribenha de Futebol.

As investigações não foram finalizadas ainda, portanto, não há previsão de prisões ou explicações por parte do FBI.

 

Fonte: Yahoo

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