Cidadeverde.com

Governo vai entrar 2015 com déficit de R$ 457 milhões

Imprimir
  • _MG_1656.jpg
  • _MG_1647.jpg
  • _MG_1628.jpg
  • _MG_1618.jpg
  • _MG_1615.jpg
  • _MG_1614.jpg
  • _MG_1606.jpg
  • _MG_1605.jpg

O deputado estadual Merlong Solano (PT) revelou nesta quarta-feira (03) durante entrevista ao Jornal do Piauí, que o Piauí vai entrar 2015 com um déficit de R$ 457 milhões. Por causa da situação, seria inviável dar o aumento que os poderes estão reivindicando no Orçamento Geral do Estado. O dado a que o deputado se refere é baseado na proposta orçamentária que tramita na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). 

“Estive hoje reunido com a área técnica da equipe de transição e quando a gente pega os dados que estão na proposta orçamentária, sem aumento dos poderes, estamos com desequilíbrio de R$ 457 milhões. Apuramos isso com gente do gabarito do ex-secretário de Fazenda, Franzé, e de servidores da Controladoria Geral do Estado. Isso considerando o aumento de 8% aos poderes”, explicou o parlamentar.

De acordo com Merlong, não há espaço financeiro para fazer os reajustes que os poderes reivindicam. Só para a própria Alepi, o aumento no repasse chega a 11%. “Precisamos de um orçamento que permita as finanças funcionarem. Se houver algo extraordinário lá na frente, o governador deve procurar compensar. “ A hora é de tomar o máximo de cuidado”, frisou o parlamentar. Só com Saúde, Educação e os poderes, o orçamento de 2015 já estaria comprometido em 71%. “Como o Piauí vai administrar os outros 29%? E o dinheiro dos outros órgãos? O estado é maior do que as finanças podem suportar”, alerta o petista.

Merlong comentou ainda que, pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governador Zé Filho não pode dar mais nenhum aumento a servidores. “O gestor só deve prover contratações em função da morte de alguém ou aposentadoria. Aqueles 60 agentes de polícia que o governador nomeou era a única exceção por que se tratava de substituições. Quando o estado ultrapassa a LRF, deve procurar o ajuste mais rápido nos dois quadrimestres seguintes. Já se passaram esses quadrimestres”, afirmou o deputado ao se referir a possibilidade de o governador dar a segunda parcela do aumento escalonado a várias categorias. 

O parlamentar não acredita que Zé Filho vá entregar um governo melhor, como afirmou em entrevista coletiva ontem. “Eu espero que ele entregue melhor, afinal teremos menos problemas para executar na casa. Mas não acredito muito nisso. Ele (o governador) recebeu o estado numa situação difícil. No ano de 2013, o governo terminou com um déficit de R$ 420 milhões, dinheiro que deveria ter sobrado para o pagamento das obrigações”, disse o petista. “No Hospital Infantil, as cirurgias estão suspensas há seis meses por uma conta de R$ 75 mil por mês”, acrescentou.

O deputado falou ainda sobre os recursos retidos no Banco do Brasil. Para ele, o Piauí precisa sair da situação de inadimplência para voltar a receber dinheiro. “Quem governa tem que resolver problemas. As leis brasileiras determinam uma série de normas para transferir recursos. Não pode estar inadimplente em nada. Tem que resolver os problemas que estão impedindo as transferências”, declarou.

Delegado geral

Merlong Solano se manifestou sobre a possível eleição para escolha de delegado geral que o Sinpolpi está encampando. “Se for uma sugestão é válida, a primeira vista parece democrática, mas servidor público não foi eleito para gerir, quem tem essa responsabilidade é o prefeito, governador e presidente. Eles é quem gerem e indicam. Essa história de categorias querer estabelecer limites, se for em caráter de imposição, o deputado Merlong Solano  não concorda”, disse.

Cargos

O petista não confirmou qual o cargo que irá ocupar no governo Wellington Dias. A lista de secretários sairá na próxima semana. “Estou aberto a participar”, finalizou.

Hérlon Moraes
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais