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Na Câmara, Jesus Rodrigues defende regulação da mídia

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“Esse assunto precisa deixar de ser tabu", afirmou o deputado federal Jesus Rodrigues em pronunciamento na Câmara dos Deputados sobre a proposta de regulação da mídia. O parlamentar defendeu que a pauta seja tratada pelo Congresso Nacional na próxima legislatura de forma técnica e sem ideologia.

 “Cada vez que se fala em regulação da imprensa passa-se aquela ideia de que há um cerceamento da liberdade, um ataque à democracia. Sabemos que essa é uma versão ou um discurso feito pela própria imprensa que, da forma como está, não quer, na verdade, que a nossa comunicação possa realmente ser democrática, transparente e participativa", ressaltou.
 
Jesus Rodrigues criticou o fato de apenas seis famílias serem responsáveis pelo controle de 70% da imprensa brasileira. “Avançamos no que diz respeito à liberdade de expressão, mas precisamos urgentemente garantir o direito ao contraditório, cravado na Constituição Federal. Precisamos urgentemente ouvir a diversidade de opiniões que existem pelo Brasil afora e não apenas de poucas famílias que monopolizam os veículos de comunicação mais usuais", enfatizou.
 
O deputado citou experiências nos Estados Unidos e na Europa, onde a regulação da mídia já existe há décadas. "O Brasil precisa, sim, tratar de uma regulação mínima. Imaginem que alguns órgãos de comunicação também possam ter um conselho editorial que oriente e fiscalize o que é divulgado para que aquele órgão não seja apenas um instrumento do seu proprietário, ou do grupo empresarial”, frisou.
 
O parlamentar havia abordado o assunto publicamente em novembro deste ano em artigo intitulado “A grande imprensa e a democracia”. “Enquanto nada disso vai adiante, ficamos com a liberdade de expressão, que mais parece liberdade de opressão porque, no entender dos setores monopolistas da comunicação, a democracia se faz pelo direito deles falarem o que quiserem e quantas vezes quiserem e do outro lado o direito do cidadão de ouvir ou desligar a tv. Até quando nossa sociedade estará submetida a essa falácia, a esse conto do vigário?”, questionava o texto.

Da Redação
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