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Secretário de W. Dias diz que irá criar cinco polos de saúde no Piauí

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O secretário escolhido para assumir a Secretaria Estadual de Saúde no futuro governo de Wellington Dias, Francisco Costa, concedeu entrevista nesta quarta-feira (24) ao jornal Notícia da Manhã onde admitiu que enfrentará dificuldades em sua gestão e anunciou que pretende criar cinco polos regionais, sendo um em Teresina e quatro no interior do Piauí a fim de desafogar a demanda de pacientes na capital. 

 

 

“O grande entrave que se percebe é o direcionamento (de pacientes) para a grande Teresina. Pretendemos facilitar o acesso ao usuários do SUS com a descentralização e regionalização do atendimento que precisamos fazer de forma definitiva. Serão criadas cinco macrorregionais: Teresina, Parnaíba, Floriano, Picos e Bom Jesus”, descreve. 

Segundo o futuro gestor as macrorregionais serão dotadas de infraestrutura e postos como policlínica, unidades de pronto atendimento, centro de especialidade odontológica, centro psicossocial, de atendimento a deficientes físicos e rede materno infantil.  “Precisamos ir além da infraestrutura, com também equipamento e pessoal. Dessa forma, vamos diminuir o fluxo a Teresina e descongestionar o sistema. Claro, isso será feito a médio e longo prazo. Não adianta dizermos que vamos solucionar de forma rápida, mas vamos tomar as medidas mais emergenciais e definitivas”, afirmou.

Parcerias
Francisco Costa afirmou que as parcerias, com municípios são imprescindíveis também para manter uma boa rede de atendimento. “As prefeituras que são os parceiros que podem fazer uma gestão mais apropriada. Vamos levar em conta o porte dos hospitais e a hierarquia da rede. O Piauí, a exemplo de outros estados, tinha uma rede estadual muito grande. Não tem como a secretaria administrar um hospital de pequeno porte em uma cidade do interior”, admite. 

De acordo com o secretário indicado, o problema do não funcionamento de muitas destas unidades é a falta de recursos que não permitiu que os gestores executassem as ações necessárias. “Quando a rede estiver estabelecida, com a responsabilidade de cada gestor, o hospital regional terá sua função na rede com procedimentos de média e alta complexidade. Não podemos passar apenas responsabilidade (para os hospitais municipais), precisamos fazer as parcerias e manter um diálogo com prefeituras e servidores. Não adianta tentar implantar sem ter um bom diálogo com as categorias. Eles são o fórum de discussão com funcionários. 

Regionais 
O futuro gestor também comentou a situação do hospital de Parnaíba, onde os servidores ameaçam não trabalhar durante o final de ano por falta de pagamento de horas extras. “Temos conhecimento que situações como a de Parnaíba acontece em outras regionais. A solução é emergencial. Assim que assumirmos a pasta, vamos sanar as dificuldades, sobretudo em urgência e emergência. Sabemos também que o estado perde muito recurso por não implantar as redes de atenção priorizadas pelo ministério que são a grande fonte de renda”, acrescentou. 

 

Carlos Lustosa Filho
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