O paciente de Timon (MA) com suspeita de ter contraído a doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD), semelhante à encefalopatia espongiforme bovina (BSE), a doença da "vaca louca", passa bem. A família aguarda o resultado de exames que estão sendo feitos em Belém, no Pará.

Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Timon, Itelmaria Escórcio, a situação é estável e não foi necessário isolar o paciente da família.

"Vai ser feito um exame na proteina para se chegar ao diagnóstico. É um caso isolado. Precisamos de exames neurológicos mais especificos, já que ela pode se confundir com várias outras, doenças", declarou, ressaltando que a doença não é transmissível.

A doença da vaca louca, também denominada encefalopatia espongiforme transmissível (BSE) é neurológica que acomete bovinos e, tem sido relacionada com a doença de Creutzfeldt-Jacob (CJD) em humanos. 

Segundo pesquisas, a carne contaminada com o mal da “vaca louca” transmite também a rara doença neurológica que pode levar à morte.

O termo da “Vaca louca” é popular e seu uso deve ser restrito ao gado bovino. Em seres humanos, a doença é chamada de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ou variante da DCJ. Pode-se ainda usar doenças priônicas. Ela é  degenerativa é causada por príons, uma proteína anormal que se acumula no cérebro. A doença também provoca uma incoordenação motora e mioclonias (pequenos espasmos musculares).

Os sintomas são de ordem psiquiátrica, mais tarde se desenvolvem problemas de coordenação muscular (equilíbrio, fala), espasmos musculares, problemas nos sentidos (audição, visão), perda de memória, coma e pode chegar a morte.

Esta enfermidade foi diagnosticada pela primeira vez, no ano de 1986, quando houve a morte de diversos bovinos em consequência de uma doença neurológica desconhecida. Desde então, foram descritos 160.000 casos da BSE. No ano de 1990, esta doença virou uma epidemia entre no rebanho bovino, passando a afetar os seres humanos.

 Carlos Lustosa (Flash)
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