O Ministério Público Estadual solicitou ao Conselho Regional de Medicina Veterinária um relatório sobre a real situação do Centro de Zoonoses de Teresina. A iniciativa partiu após a denúncia de que animais estariam em condições precárias.

O presidente do Conselho, Antonio Áureo, informou à TV Cidade Verde que três veterinários vão elaborar o documento e entregar aos promotores. “O Ministério Público vai fazer uma cobrança mais enérgica com relação às condições da Zoonoses. Há uma quantidade muito grande de animais e a estrutura física não atende às necessidades. Sempre falam de projeto para ser implementado, mas já se passaram três administrações municipais e nada foi feito”, reclama. 

Áureo acrescenta que uma lei de 2009 estabelece as condições para cuidar melhor dos animais do Centro além de outras iniciativas. 

A presidente do Núcleo de Defesa do Animal da OAB-PI, Juliana Castelo Branco, informa que a Ordem recebe várias denúncias de irregularidades no Centro de Zoonoses. “Sempre que a gerente foi chamada, veio aqui e nas conversas que tivemos, ficou claro que o que falta realmente é estrutura. Para evitar problemas, buscamos que o programa de proteção animal seja aplicado. A prioridade não é só pensar no bem estar dos animais, mas também no da população. Nos últimos anos, foram mortos quase 20 mil animais em Teresina, mesmo assim, os números de calazar não diminuem. Por que não se fazem campanhas?”, reclama. 

Juliana Castelo Branco afirma que a implementação da lei é necessária para melhorar este quadro. “A Comissão de Meio Ambiente da OAB já protocolou uma ação civil pública solicitando o cumprimento da lei de 2009 que prevê o atendimento à população carente, centro de esterilização e local para adoção. O projeto existe, mas falta dinheiro”, declarou. 

 

Carlos Lustosa Filho
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