A Defesa Civil de Teresina mapeou 36 áreas de risco, em 25 bairros na capital, em decorrência das chuvas. Com o temporal dos últimos dois dias, apenas uma família ficou desabrigada, na Vila da Paz, mas dados apontam que no último trimestre, 21 casas apresentaram problemas na estrutura física, sendo 13 na Zona Norte, área de maior risco na capital.
"As áreas de risco em Teresina estão pulverizadas, mas há a incidência de mais casos na Zona Norte. Todas as pessoas que ficaram sem abrigo estão sendo acolhidas pelo programa Cidade Solidária que possui duas linhas de atuação: O Família Solidária e Residência Solidária. Nossa intenção é evitar que as vítimas vão para abrigos, até mesmo pela questão humana", explica o major João Amorim Neto, chefe da Defesa Civil do município.
Em casos de risco, a recomendação é que os moradores abandonem as residências e se preocupem, prioritariamente, com crianças e idosos.
"Se a família perceber que a estrutura física da casa está comprometida, a recomendação é que saiam o mais rapidamente para evitar uma possível trágédia. O cuidado deve ser redobrado com crianças e idosos. Em relação ao bens materiais, devem pegar apenas coisas menores e de maior valor, como documentos pessoais", recomenda o major.
Moradores em situação de risco serão encaminhados para a Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social (Semtcas), responsável por avaliar a questão socioecononômico e realizar o devido encaminhamento das famílias.
"As pessoas podem procurar o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (3215 7531) que enviaremos o caso para a Semtcas. Se a família se encaixar no perfil do Família Acolhedora, ela indica um familiar ou amigo que pode lhe receber enquanto a situação de risco dura e a prefeitura repassa uma ajuda de custo no valor de R$ 180. Já no Residência Solidária, a pessoa identifica um imóvel do mesmo valor para alugar e a prefeitura banca a despesa por seis meses. Nas duas situações, a família recebe cesta básica, kit limpeza e kit acolhimento", reteira.
Nos dois casos recentes, apenas a família que residia na Vila da Paz foi acolhida pelo Cidade Solidária. No caso do Satélite, os moradores saíram de casa, mas já retornaram pois não havia risco de desmoronamento e as águas baixaram após a chuva cessar.
Graciane Sousa
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