O fim das coligações proporcionais, a lista fechada, a ampliação dos mandatos para seis anos e o finaciamento são os principais temas discutidos na audiência pública sobre a reforma política que acontece nesta sexta (10) na Câmara Municipal de Teresina.
O vereador R.Silva (PP), um dos proponentes da audiência, mostrou-se contra o item da lista fechada, que é a possibilidade de o eleitor votar no partido e não no candidato.
De acordo com o vereador, essa ideia não é aceita pela maioria dos cidadãos piauienses. Já sobre o fim das coligações proporcionais, R. Silva concorda. Assim como a maioria dos representantes do poder público que participam da audiência. "A bancada federal deve continuar atenta para aprovar a Reforma, assim como nós vamos estar buscando o debate, a fim de que nossa opinião e sugestões sejam ouvidas, de alguma forma, no Congresso", complementou.
Outro proponente da audiência, vereador Edvaldo Marques (PSB) afirma que a reforma política afeta toda a população, por isso é necessária a participação de todos. "A reforma não afeta apenas ao organismo eleitoral do país, ela gera impacto na vida de todos nós, agindo como uma reação em cadeira plural, e é pensando de modo plural que devemos nos dirigir ao debate, com a finalidade de diminuir distâncias e, naquilo que é mais saudável para todas as esferas, estabeler um diálogo democrático", destacou.
O senador Ciro Nogueira(PP) disse que parece ter um consenso no Congresso Nacional sobre a aprovação da medida que põe fim às coligações proporcionais, bem como para o final da reeleição em todo país.
“Contudo a questão mais urgente que acredito que tenha que ser discutida é o financiamento da campanha, que na minha opinião, não tem como ser aprovada para as próximas eleições, porque há muitos detalhes e critérios a serem definidos ainda. No caso de financiamento público, tem que ser especificado com clareza como ficaria e para quem seria destinado e isso não pode ser feito de uma hora para outra”, ressaltou Nogueira.
Na concepção do senador, também seria mais razoável a ampliação dos mandatos para cinco anos, embora ache que a vertente mais forte se encaminhe para a aprovação de um mandato de seis anos para todos os candidatos, inclusive o de Senador, o que iria fazer com que as eleições municipais e estaduais/federais coincidissem.
Segundo Ciro Nogueira, isso faria com que o período das campanhas coincidissem e faria como que os eleitos tivessem mais aproveitamento em seus mandatos, não perdendo tanto tempo com eleições a cada dois anos.
Sobre o item do voto distrital - que no caso de Teresina, implicaria na subdivisão da capital em 29 regiões em que cada vereador eleito legislaria somente na região destinada a ele - , para o deputado federal Rodrigo Martins (PSB) é uma proposta que não deve e nem gostaria que fosse adiante, porque pode dificultar se pensar Teresina como um todo.
Participam da audiência, além dos vereadores e do senador, o deputado federal Rodrigo Martins (PSB) e o deputado estadual Júlio Arcoverde (PP).
Flash de Lyza Freitas (Especial para Cidadeverde.com)
Redação Caroline Oliveira
[email protected]