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Campanha contra abandono incentiva entrega de crianças para adoção

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Até o fim de junho, o Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (CRIA) promove a campanha: "Abandonar é crime - Entregar para a adoção é um ato de amor". A intenção é evitar que mães abandonem recém-nascidos e fortalecer a adoção como alternativa. 

As assistentes sociais Francimélia Nogueira, presidente do CRIA, e Vilzamar Pinheiro, da Defensoria Pública, visitaram o Cidadeverde.com nesta quarta-feira (27) e ressaltaram a importância da campanha, lançada na última segunda-feira (25), Dia Nacional da Adoção. 

O CRIA, com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Piauí, promoverá reuniões até 25 de junho nos órgãos que compõem o sistema de adoção, para capacitar funcionários a lidar melhor com casos de abandono de crianças. 

"É preciso não discriminar a mãe que quer entregar a criança, acolher essa mãe, dar informações necessárias para que ela se sinta acolhida e informada em qualquer decisão que ela tome", explica Francimélia Nogueira. 

A campanha foi motivada pelo número crescente de notícias de mães que abandonaram bebês em sacos ou até mesmo no lixo. Os exemplos concretos de abandono também serão levados aos órgãos que lidam com adoção. A campanha alerta que existem casos de mães sem condições de criar os filhos por diversos fatores, como abandono do pai da criança, gravidez vinda de estupro, e questões sociais e psicológicas. 

Para a presidente do CRIA, é preciso eliminar o preconceito, fator motivador para que mães escondam a gestação e abandonem os filhos ao relento. "Eu acredito que a campanha tem trabalhar o preconceito. Não discriminar, não considerar a última das mulheres, uma mulher má. O preconceito é que a motiva a esconder a gravidez. Se a pessoa não discrimina e trata aquilo como uma opção de que ela quer ou não quer ser mãe, ela não vai esconder, não vai abandonar", acrescenta Francimélia Nogueira.  

Ao longo dessas semanas, será produzido um material com os procedimentos recomendados para mães que desejam deixar seus filhos para a adoção. A rede hospitalar da capital e interior receberá as orientações, bem como conselhos tutelares e outros órgãos e instituições.

Fábio Lima
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