Representantes das famílias que ocuparam os imóveis de residenciais na região do Portal da Alegria estiveram reunidos, com representantes da Caixa Econômica, Ministério Público e Prefeitura de Teresina, na manhã desta segunda-feira (2), na agência da Caixa da rua Areolino de Abreu, no centro da capital. Na pauta da discussão estava a situação dos ocupantes, que se recusam a sair dos apartamentos. 

Erico Luis, que representou as famílias, informou que foi proposto um Termo de Ajuste de Conduta e a inclusão dos ocupantes em um cadastro para o programa Minha Casa, Minha Vida. “Vamos levar esta proposta em assembleia geral, mas o problema é saber para onde vão as famílias que não tem condição de desocupar o imóvel. Há pessoas que tem deficiência física, idosos, gestantes, crianças. A situação (ocupação) só está acontecendo porque a construtora termina e passam-se anos para os imóveis serem entregues. Os que estão lá estavam há um ano e meio (concluídos). Assim fica difícil entender; se há um cadastro de 22 mil pessoas selecionadas e ninguém é beneficiado. A verdade é que os imóveis estavam abandonados e as pessoas ocuparam”, avalia. 

Outro representante, afirma que questionou o problema da demora da entrega de imóveis na reunião. “Vale ressaltar que não tem só os imóveis (desocupados) de lá, mas em outros locais. São mais de 1.500 imóveis. Eles dizem que não tem, mas eu trouxe fotos, provei. É uma coisa contraditória o que a Caixa diz. Precisamos de uma solução. A prefeitura está simplesmente querendo virar as costas para a gente”, descreveu. 

Tanto a Caixa quanto a Prefeitura não quiseram se pronunciar sobre o caso. O Ministério Público informou que só se posicionará após o término das negociações. 

Foi estabelecido um período para a realização de um cadastro das famílias e na próxima sexta-feira (5), haverá novamente uma nova reunião entre as partes. 

 

Carlos Lustosa Filho
Com informações de Gorete Santos (TV Cidade Verde)
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