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Promotor investiga responsabilidades por morte de menor dentro de ala do CEM

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O promotor da 2ª Vara da Infância e da Juventude, Maurício Verdejo, disse que solicitou uma investigação para apurar a morte do adolescente Gleison Vieira da Silva, 17 anos, no Centro Educacional Masculino (CEM) na última quinta-feira(16). Ele também abrirá um inquérito administrativo para saber quem tem a responsabilidade pela morte. 

“Vamos apurar na esfera administrativa e criminal. Não sei qual foi o motivo de colocarem todos juntos, sendo que ele estava separado dos três desde o primeiro dia. Foi falta de infraestrutura? Impossibilitado por causa da lotação? Condição sempre tem de separar, mas vamos ver o motivo”, explicou o promotor. 

Verdejo será o promotor responsável pela denúncia dos três suspeitos neste ato infracional, já que ocorreu em Teresina. “A delegacia já está apurando e estamos acompanhando”, afirmou. 

Sobre o destino dos três adolescentes suspeitos, o promotor disse que eles continuam em quartos separados no Complexo da Cidadania e que somente na próxima semana haverá uma reunião para saber para onde eles devem ser transferidos. Os internos do CEM rejeitam a presença deles no local.   

Promotor Maurício Verdejo

O juiz titular da 2ª Vara, Antônio Lopes, disse que vai conversar com o governador Wellington Dias para buscar ampliar o CEM e também para saber onde os adolescentes serão colocados. 

Entenda o caso

Gleison Vieira foi espancado até a morte por volta das 23 horas na ala D do CEM. Os suspeitos são os três adolescentes acusados do estupro coletivo de Castelo, juntamente com a vítima. Eles teriam confessado ao gerente de internação do CEM o crime no local, mas não informaram o motivo. No entanto, o promotor de Castelo, Cezário Cavalcante, afirmou que o jovem já havia sido ameaçado de morte pelos comparsas, por ter sido o delator do grupo sobre o crime, inclusive contando detalhes do que ocorreu. 

A morte de Gleison foi comemorada no município, o que fez com que a família o enterrasse em Teresina no final da tarde de ontem, com medo de represálias. Havia a informação de que queria queimar o caixão, caso fosse levado à cidade.  

O estupro coletivo de quatro garotas ocorreu no dia 27 de maio. Além de violentadas, elas foram agredidas, apedrejadas e arremessadas de uma altura de oito metros no morro do Garrote, onde tinham ido para tirar fotos. Uma delas, Danielle Rodrigues, não resistiu e morreu dez dias depois. Um adulto, Adão José da Silva, 40 anos, está preso acusado de ser o líder da barbárie que contou com a participação de quatro adolescentes, um deles de 14 anos. 

 

 

Caroline Oliveira
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