A substância apreendida na última sexta-feira em uma operação realizada pela Delegacia de Repreensão a Entorpecentes (Depre) foi identificada pela perícia da Polícia Federal como sendo a 25C-NBOMe e não LSD. De acordo com o delegado Matheus Zanatta o princípio ativo é semelhante ao do ácido lisérgico, mas com poder alucinógeno quatro vezes superior.
A nova substância tinha sido incluída na lista da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como ilegal no dia 30 de julho deste ano. "Geralmente ela é traficada enviada pelos Correios e a pessoa que compra distribui para os amigos em busca de fama dentro do seu grupo. Mas isso também configura tráfico", declarou Zanatta.
O 25C-NBOMe tem efeito alucinógeno que dura cerca de 10 horas e costuma ser encontrado com frequentadores de raves. "Essa substância é relativamente nova no Piauí, mas há semelhantes na região sul, onde esse tipo de festa é mais comum. Por isso a portaria da Anvisa é atualizada semanalmente", acrescentou.
O delegado informou ainda que geralmente o entorpecente é fabricado na Europa e aplicado em uma folha de papel com auxílio de um pincel. Esse método facilita o envio por correspondência.
Na última sexta-feira (21), em operação deflagrada pela Depre, foram apreendidos 125 micropontos do que se acreditava ser LSD e a maior apreensão da droga já registrada no Piauí. Três pessoas foram presas e um adolescente, filho de um promotor, apreendido.
O jovem de 17 anos que havia sido apreendido teve registrado um auto de apreensão em flagrante, mas foi entregue aos pais por não responder por uma infração violenta. Um dos suspeitos foi preso em Fortaleza (CE) e acabou ficando na capital cearense, para onde o inquérito a seu respeito foi encaminhado. Os outros dois suspeitos presos em Teresina continuam detidos.
Carlos Lustosa Filho (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
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