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Polícia é acionada para conter conflitos no #OcupaPraça do Parque Piauí

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Confusão e presença da polícia na praça das ações comunitárias do Parque Piauí, zona Sul de Teresina, na manhã desta quinta-feira (15). Grupos contra e a favor da construção do terminal de integração do transporte público entraram em conflito nesta manhã e a polícia militar foi acionada para conter os grupos, que reuniram cerca de 50 pessoas.


Foto: divulgação/Luciene Rego

De acordo com o capitão Flávio Soares, comandante do policiamento de área do 6º Batalhão da PM, os grupos levaram carros de som para a praça e uma discussão teve início. Para evitar violência, os policiais foram ao local.

"Teve um princípio de problema no local, um início de conflito. Começou mais ou menos às 8h30, grupos prós e contras discutindo. Não houve maiores problemas porque a gente logo chegou ao local e conversou com as lideranças comunitárias", informou.

Luciene Rego, professora e uma das manifestantes que é contra a construção do terminal na Praça, informou que o grupo chegou com carros de som se dizendo a favor da obra.

"Eles dizem que querem o terminal, que querem ter acesso ao projeto, mas que são a favor. Mas nós não somos contra, só não queremos que destruam a praça para que a obra seja feita. Pedimos que seja em outro local do bairro", declarou.

De acordo com ela, o grupo contrário é formado por lideranças comunitárias e foram ofensivos durante o protesto. "Eles estão nos desrespeitando, usaram palavras chulas contra a gente", afirmou.

Os grupos deixaram a praça por volta das 10h20 e os manifestantes que querem a mudança do local da obra seguiram pelas ruas do bairro. O objetivo é informar à população sobre o projeto da construção. 

Impasse

Desde o último dia 4, um grupo de cerca de 10 pessoas formou o #OcupaPraça e passou a acampar no local, pedindo a suspensão da obra. O motivo é a necessidade da derrubada de 96 das 177 árvores presentes no local. A população afirma que as espécimes existem há décadas no local e foram plantadas pelos próprios moradores.

Estudos ambientais afirmam que a retirada das árvores vai causar impactos ambientais gravíssimos, dentre eles o aumento médio de 3°C na temperatura da região.

A prefeitura afirmou que a mudança de local não é possível porque irá aumentar consideravelmente o custo da obra. Por conta disso, o Ministério Público está mediando a situação e realiza uma perícia técnica ambiental na região para encontrar uma solução. No momento, a obra está embargada pela Justiça do Piauí.

Amanhã (16), às 16h, uma audiência pública com representantes da comunidade e da Câmara Municipal de Teresina (CMT) discutirá o problema. O encontro acontecerá na praça. 

 

Maria Romero
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