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Delegada denuncia agressão de motorista após acidente de trânsito

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A delegada Anamelka Cadena, titular do Núcleo de Feminicídio da Polícia Civil do Piauí, denunciou que foi vítima de agressão física e verbal após um acidente de trânsito no início da tarde desta sexta-feira (18), na avenida Maranhão, zona Sul de Teresina (PI).

Fotos: Lucas Marreiros/Especial para o Cidadeverde.com
O agressor teria arranhado a mão da delegada enquanto tentava arrancar pegar sua bolsa, que estava no banco do passageiro.

De acordo com Anamelka Cadena, após a colisão do seu veículo com o de outro condutor, o motorista desceu do carro de maneira agressiva e chegou inclusive a machucar a mão da delegada.

"Ele se aproximou, eu baixei o vidro e ele perguntou como é que iríamos resolver. Como ele bateu no meu carro, eu disse: 'O senhor vai pagar o prejuízo?' E ele disse: 'Ah, você não vai pagar, não?', e começou a se alterar", afirmou a delegada, informando que sua intenção era de chamar a perícia.

Anamelka Cadena informou ainda que o motorista chegou a arrancar a placa do seu carro e esmurrar o vidro do lado do passageiro. Nesse momento, a delegada disse que baixou o vidro para evitar que o condutor o quebrasse. "Quando baixei o vidro, ele tentou pegar minha bolsa, que estava no banco. Eu segurei a bolsa e ele continuou puxando com força e acabou machucando a minha mão", acrescentou. 

No momento da ocorrência, a delegada recebeu um telefonema de um agente da Polícia Civil que foi informado da situação e se dirigiu até o local. De acordo com Anamelka Cadena, o policial testemunhou o estado do suposto agressor e resolveu dar voz de prisão. O motorista foi conduzido até a Central de Flagrantes. 

A delegada prestou depoimento na Central de Flagrantes e em seguida foi até o Instituto Médico Legal para fazer exame de corpo de delito.


Alterado, o condutor teria arrancado a placa do carro da delegada. O veículo será perciciado.

Anamelka Cadena disse que preferiu não informar sua profissão ao motorista, para evitar comentários de que ela estivesse usando a profissão para se favorecer no acidente de trânsito. A delegada afirmou que ainda tentou acalmar o suspeito. "Eu dizia: 'O senhor não pode me agredir, se acalme'." 

"Acredito que foi uma questão dele ver que sou uma mulher que estava só e pensar: 'Ela é vulnerável'. Só porque eu estava sozinha. Senti na pele o que eu combato todos os dias. (...) É importante que eu denuncie porque é justamente o que eu digo para todas as mulheres, que é preciso denunciar esse tipo de agressão. Só o fato dele ter se alterado já configura uma agressão", completou. 

Lucas Marreiros (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (Da Redação)
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